Por: André | 08 Fevereiro 2013
“Meu trabalho está em absoluta continuidade com os esforços de meus superiores e predecessores” na “linha traçada pelo Papa”, com (e não é casual que seja prioritário) a “assistência e o cuidado das vítimas” dos abusos sexuais do clero, expressou o padre Robert Oliver, novo promotor de justiça da Congregação para a Doutrina da Fé, que tomou posse na sexta-feira passada no lugar de dom Charles Scicluna, que há 10 anos começou a dirigir a ação contra a pederastia empreendida por Joseph Ratzinger.
A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 05-02-2013. A tradução é do Cepat.
Durante a entrevista coletiva na Universidade Gregoriana para a apresentação das atas do Simpósio Internacional do ano passado “Rumo à cura e à renovação”, Oliver refletiu sobre alguns aspectos desta luta. A “obrigatoriedade” da solicitação vaticana de dirigir-se às autoridades civis nos casos de abusos sexuais do clero contra menores é universal, embora cada país tenha sua legislação. A obrigação, disse o novo promotor de justiça, “vale para todos”.
No encontro com os jornalistas, o sucessor de dom Charles J. Scicluna, recordou que a Congregação é competente pelos crimes mais graves e que em 2011 enviou uma carta com os critérios para redigir o “guia” que deve orientar a ação das Conferências Episcopais do mundo inteiro, “no espírito de serviço próprio da Cúria Romana, segundo o que estabelece a Pastor Bonus”. E isto, indicou, “seguindo a visão do Papa Bento XVI, que nos indicou as prioridades com uma clara indicação sobre as urgências: a assistência às vítimas, a proteção dos menores, a formação nos seminários e a colaboração com as autoridades civis”.
Ao final, Oliver deu a conhecer dados sobre este triste fenômeno. Nos últimos três anos, a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano recebeu 600 denúncias ao ano por abusos sexuais cometidos por religiosos ou sacerdotes contra menores. A maior parte dos crimes foi cometida entre 1965 e 1985. Um pico no número de denúncias foi registrado em 2004, com 800 casos indicados. As denúncias – explicou Oliver – provêm “de todas as partes do mundo sem grandes diferenças”.
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“Para combater a pederastia, continuaremos na linha do rigor” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU