Bispos da Austrália pressionam unidade da Igreja depois de encontros no Vaticano

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25 Outubro 2011

A delegação de bispos católicos australianos em Roma emitiu um comunicado sobre a resposta do Vaticano ao bispo dissidente da diocese de Toowoomba. Eles descreveram seus múltiplos encontros "francos" com as autoridades vaticanas sobre o assunto e pediram a cura das divisões.

A reportagem é de David Kerr, publicada no sítio Catholic News Agency, 22-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"O que estava em jogo era a unidade da Igreja na fé e na comunhão eclesial entre o papa e os outros bispos do Colégio dos Bispos", disseram os bispos australianos em seu comunicado.

Como Dom Bill Morris, de Toowoomba, foi "incapaz de concordar com o que essa comunhão exige", disseram, o Papa Bento XVI "agiu como Sucessor de Pedro, que tem a tarefa de decidir o que constitui a unidade e a comunhão na Igreja."

Os bispos australianos disseram que seus recentes encontros com autoridades vaticanas lhes deram uma compreensão mais adequada das ações tomadas para tentar resolver "as dificuldades com Dom Morris".

Essas dificuldades referiam-se "não só a questões da disciplina da Igreja, mas também da doutrina da Igreja ensinada definitivamente, assim como sobre o sacerdócio ministerial".

Em uma carta pastoral de 2006, Dom Morris propôs considerar a ordenação de mulheres e de homens casados. Ele também propôs que se permitisse que líderes anglicanos, luteranos e de outras religiões presidissem a missa.

Ao longo de cinco anos, ele rejeitou pedidos do Vaticano para discussões imediatas e depois recusou-se repetidamente a renunciar, mesmo quando o Papa Bento XVI pediu-lhe isso pessoalmente.

Em maio de 2011, o Papa Bento XVI demitiu Dom Morris por causa de seu longo histórico de discordância da doutrina e prática católicas.

Os bispos australianos emitiram a sua declaração conjunta depois da conclusão da sua visita ad limina a Roma, na qual discutiram a saúde da Igreja em seu país com o papa e outros líderes do Vaticano.

Nos últimos 12 dias, eles tiveram encontros individuais com o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, e com o cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assim como uma reunião conjunta posterior com ambos. Os bispos também se reuniram como grupo em várias ocasiões.

Eles descreveram suas discussões como "substanciais, sérias e francas" e agradeceram a ambos os cardeais por sua "preocupação pessoal e pastoral".

Os bispos australianos concluíram sua carta expressando sua aceitação do "exercício do Santo Padre de seu ministério petrino". Eles reafirmaram sua "comunhão com e sob Pedro".

Eles agora regressam à Austrália "para curar quaisquer feridas da divisão, para estender o nosso cuidado fraternal a Dom Morris e para fortalecer os laços da caridade na Igreja da Austrália".

A diocese de Toowoomba está atualmente sem bispo.