Há quem olhe com um pé atrás as ações do
Greenpeace. Exagerados, radicais, apelativos… Não foram poucos os adjetivos atribuídos aos ativistas da ONG. O caso é que, muitas vezes, funciona. Em 23 de julho deste ano, cerca de 600 pessoas fizeram um striptease em frente a lojas de grandes marcas de roupas, em 29 cidades de dez países, para protestar contra o uso de
Etoxilato de Nonilfenol (NPE) na fabricação das peças de vestuário. Poucos meses depois, elas conseguiram o que queriam.
A informação é do sítio da revista
Época, 06-09-2011.
A primeira marca a se retratar afirmando que vai deixar de usar o componente foi a
Puma. Depois, a
Nike. Agora, foi a vez da
Adidas anunciar que, em sete semanas, publicará um plano para reduzir progressivamente o uso de NPE até, em 2020, abolir por completo o emprego do produto químico.
Se na rua o que vale para o
Greenpeace é chamar a atenção da massa, nos seus escritórios a equipe da organização não deixou de reunir argumentos para justificar a briga. Em agosto, eles divulgaram o relatório
Dirty Laundry 2. No documento, a organização relata a análise feita com 78 artigos esportivos de 15 grandes marcas, entre elas Lacoste,
H&M,
Abercrombie & Fitch,
Converse,
Ralph Lauren,
Calvin Klein etc. O
NPE foi dectado em dois terços das amostras.
O componente vem sendo despejado em grandes rios da China, onde é fabricada a maior parte das peças. O problema é que o
NPE pode ser acumulado pelo organismo humano, causando alterações hormonais. Além disso, durante a lavagem das roupas a substância também é liberada, ou seja, o risco à saúde humana é exportado para as centenas de países onde estes artigos são consumidos.
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Protestar dá resultado: a decisão da Adidas comprova isso - Instituto Humanitas Unisinos - IHU