Ministro irlandês pressiona ordens religiosas a pagar pelos abusos sexuais

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13 Julho 2011

O ministro da Educação da Irlanda, Ruairí Quinn, afirmou que não está "tentando falir" as instituições religiosas ao buscar uma maior contribuição delas para o ressarcimento de 1,3 bilhão de euros previstos no projeto de lei para as vítimas de abuso clerical.

A reportagem é de Carl O`Brien, publicada no sítio do jornal The Irish Times, 11-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O governo está pedindo que as congregações religiosas citadas no relatório Ryan transfiram a propriedade das escolas para o Estado para ajudar a compensar o seu déficit. Os imóveis alugados ao Estado podem ser confiscados no lugar do dinheiro ou de outros pagamentos.

"Não é minha intenção, nem a do governo, tentar falir qualquer congregação religiosa que tenha uma comunidade idosa que não têm filhos próprios para pagar pelos cuidados domiciliares e oferecer todos os demais cuidados... Elas prestaram enormes cuidados a todos nós enquanto crescíamos, e eu sou um deles. O que eu estou buscando, com justiça, é uma forma de como elas podem alcançar o valor estabelecido", disse ele ao programa This Week da rádio RTÉ.

Até hoje, as congregações religiosas ofereceram quase 350 milhões de euros, ou aproximadamente um quarto do ressarcimento previsto no projeto de lei para compensar as vítimas de abuso e cobrir os custos legais.

Essa oferta é "muito inferior, em diversas centenas de milhões" do que as ordens teriam que aguentar com relação ao custo dos abusos infantis residenciais institucionais, disse Quinn. Ele espera que o problema possa ser resolvido através de novas conversações.

"Estou entrando nessas discussões com base na confiança e nas relações abertas e honestas. Eu não tenho nenhuma agenda adicional participar, apesar do que algumas pessoas possam estar dizendo. Estou pedindo a elas uma contribuição de 50%. O contribuinte já pagou a maior parte dela. Sua participação deveria ser de cerca de 680 milhões de euros, e elas só tem a metade dessa quantia. Elas fizeram ofertas de dinheiro e de propriedades, mas precisam fazer muito mais".

Sobre a questão da transferência de escolas para a posse do Estado, Quinn disse que essas escolas continuariam sendo escolas católicas nos termos atuais e nas condições do seu patrocínio. Eles só seriam modificadas, acrescentou, se seus benfeitores decidissem fazer isso.