Arquidiocese de Porto Alegre. Portugal promete uma apuração rápida do sumiço de RS 2,5 milhões

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06 Abril 2011

O governo de Portugal garante se empenhar para esclarecer a participação do vice-cônsul português Adelino Vera Cruz Pinto, em um suposto desvio de R$ 2,5 milhões da Arquidiocese de Porto Alegre da Igreja Católica. A inspeção consular – como é chamada a investigação – é conduzida em sigilo pelo diplomata Vitor Sereno, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, e não tem prazo definido para conclusão.

A reportagem é de José Luís Costa e publicada pelo jornal Zero Hora, 07-04-2011.

O trabalho começou na capital gaúcha, onde Adelino atuava no o consulado, e deve se estender até a Bélgica, país de origem de uma ONG que intermediaria repasses de dinheiro do governo português para restauração de paróquias no Rio Grande do Sul. O caso também vem sendo acompanhado pela imprensa portuguesa.

– A intenção é encerrar a investigação o mais breve possível. Será um inquérito muito rigoroso – limitou-se a dizer ontem Paula Mascarenhas, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, organismo ao qual Adelino está vinculado.

Na Bélgica, os investigadores portugueses devem esclarecer se, de fato, existe a ONG que se chamaria Patrimônio de Restauração. Nenhum site com esse nome foi localizado. Além disso, será preciso descobrir quem é Teresa Falcão e Cunha, a mulher que se apresentou como diretora da ONG e teria recebido pessoalmente em Lisboa os R$ 2,5 milhão da Igreja.

O dinheiro foi depositado na conta corrente do vice-cônsul, como contrapartida da Igreja no projeto de restauração e não poderia ser movimentado. Mesmo assim, Adelino sacou o recurso e entregou a Teresa, supostamente para agilizar a liberação de R$ 12 milhões para a reforma das paróquias. Zero Hora já tentou diversas vezes falar com Teresa por telefone e por e-mail, mas não obteve retorno.

Vice-cônsul prometeu devolver dinheiro até dia 11

Segundo o advogado Amadeu Weinmann, o vice-cônsul está em Lisboa, onde teria prestado depoimento, cujo teor é mantido em segredo, e recebido ordem para evitar entrevistas. Dias antes de viajar, quando o caso se tornou público, Adelino ligou para a Cúria, prometendo a devolução dos R$ 2,5 milhões até 11 de abril.

De acordo com a Arquidiocese, Adelino se empenhou nas negociações para a doação, sempre falando em nome de autoridades de Portugal, que seriam as responsáveis pelo repasse dos R$ 12 milhões. Conforme Weinmann, Adelino só intermediou a doação de uma verba, que seria de uma ONG, porque era amigo do padre Luís Inácio Ledur, administrador da Arquidiocese.

Antes disso, acompanhado de um ex-procurador Comunidade Evangélica Luterana São Paulo, Tirone Lemos Michelin, Adelino visitou 11 cidades do Interior propondo negócios em parcerias com prefeituras e universidades, mas nenhum dos contatos teria resultado em convênios com Portugal.