A dor no joelho que afeta o Papa Francisco poderia ser sintoma de uma situação clínica mais complicada, talvez com inevitável resultado cirúrgico

Fonte: Unsplash

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03 Mai 2022

 

O Papa Francisco, com simpatia, mas com evidente desagrado, há algumas semanas fala brevemente sobre sua dor na perna direita, sobre a dor no joelho que faz seu esforço para andar ou ficar em pé um sofrimento intenso que se reflete, às vezes, no rosto do Santo Padre e na necessidade de se apoiar em pontos fixos seguros (como na foto, ontem durante o Regina Caeli).

 

A reportagem é publicada por Il sismografo, 02-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

No sábado, 30 de abril, diante de um grande grupo de peregrinos eslovacos, admitiu, muito contrariado, que deveria obedecer aos médicos e aceitar um severo período de repouso que consiste basicamente em caminhar pouco ou nada, para resolver a inflamação do joelho da perna direita e assim aumentar a eficácia dos medicamentos e da fisioterapia [1].  Este caminho, no entanto, está cheio de problemas que não são fáceis de resolver e os tempos não parecem curtos.

 

A outra forma, a ser evitada ao máximo, segundo os médicos, é cirúrgica e poderia envolver meses de reabilitação para o Papa. Por enquanto, faltam muitas respostas para propor algum esclarecimento, mesmo em nível jornalístico. A gonalgia do Santo Padre (crises dolorosas cíclicas que afetam o joelho, mas também toda a perna até o quadril) é quase certamente causada por uma gonartrose, dano grave aos ossos e ligamentos da estrutura. Hoje em dia, porém, muitos se perguntam: essa gonartrose é em si mesma ou deriva de uma coxartrose, ou seja, de um dano coxofemoral?

 

Em outras palavras, no caso do Pontífice, existe uma artrose bilateral (joelho e quadril)?

 

A utilização do método cirúrgico, dependendo da resposta à pergunta anterior, pode significar ter que implantar uma ou duas próteses: uma no caso do joelho e outra na articulação coxofemoral.

 

E se fosse necessário implantar duas próteses, seria possível fazer as duas em uma única sessão cirúrgica (próteses simultâneas) ou se deve proceder por etapas?

 

Deve-se ter em mente que no caso de eventual prótese de joelho, esta comporta, dependendo do diagnóstico definitivo e global, ter que escolher se parcial ou total (rótula).

 

O aprofundamento do quadro clínico, que também deve ser feito com diagnóstico por imagem, é intrincado, pois os tempos para tomar as decisões necessárias são muito curtos. Da tomada de decisão depende em parte a duração e modalidade da reabilitação, não curto, e de ser iniciada com o paciente ainda hospitalizado.

 

Nota

 

[1] Papa Francisco: "Agora vou dar-vos-ei a bênção e vamos rezar juntos para que o Senhor abençoe a todos. E depois vou cumprimentá-los, mas há um problema: esta perna não está boa, não funciona, e o médico me disse para não andar. Eu gosto de caminhar... mas dessa vez eu tenho que obedecer ao médico!"

 

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