A CLAR faz 10 opções para “abrir horizontes de nova relacionalidade”

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17 Agosto 2021

 

No final do Congresso Continental virtual da Vida Religiosa, realizado de 13 a 15 de agosto, que contou com a presença de 9.000 pessoas, não só da América Latina, mas de todos os cantos do planeta, a Conferência Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), emitiu sua Mensagem de Encerramento.

A reportagem é de Luis Miguel Modino

Em suas palavras, que começaram referindo-se à imagem do pão amassado e cozido, relataram o que haviam experimentado em um Congresso no qual "reunimos ingredientes, purificamos, peneiramos e amassamos juntos. Experimentamos o bom cheiro do sinodal, o fraterno e o sororal, do que se consegue quando damos as mãos e saboreamos a inegável vitalidade da vida religiosa do continente".

Não querendo que o Congresso termine com seu encerramento, procurando "atualizá-lo na vida cotidiana", buscando "abrir horizontes de nova relacionalidade: Intercongregacionalidade, Interculturalidade e Itinerância", a CLAR propõe um decálogo de opções.

 

 

A primeira opção é a presença, que leva a ser "uma manifestação de Deus", a descobrir que "sair, a itinerância é a condição para a fecundidade"; ser uma bondosa proximidade, do chamado ao encontro e em busca de "decisões éticas, responsáveis e respeitosas da dignidade humana"; escutar, "um sussurro que traz conversão", como atitude vital, que "liberta do protagonismo, da ação midiática, populista e messiânica, da suficiência daqueles que acreditam ter as respostas"; optar pela palavra, que "torna possível a expressão da experiência", procurando ser "uma terapia que cura, que reconcilia, que restaura o sentido".

Uma quinta opção é o discernimento, que é visto como "a etapa do Espírito", que leva a "buscar na vontade de Deus"; optar por processos, como "a possibilidade de desdobrar o potencial da vida", que evita a esterilidade de "ações isoladas e não articuladas". Há também um chamado para optar pela comunidade, para "gerar laços de hospitalidade e ternura" e "construir redes interinstitucionais e intercongregacionais, para gerar pactos comunitários e sociais realistas, contextualizados e inclusivos".

A CLAR chama a optar pela misericórdia, a entender que "a saída missionária é o caminho", partindo dos "ecos da realidade..."; a optar pela interioridade, procurando "ir ao fundo"; a optar pela Casa Comum, por seu cuidado, descobrindo "a sacralidade de toda a criação". Embora afirmando que poderia haver muitas outras opções, a mensagem deixa claro que "este é um momento propício para fazer opções".

Foi um congresso construído durante um longo período de tempo e por muitas mãos, em sua preparação e realização, algo pelo qual a presidência da CLAR é grata. Tudo isso foi colocado nas mãos de Maria, que a festa da Assunção lembrou no dia do encerramento do Congresso. Como diz a oração final, referindo-se a Maria: "Você subiu porque desceu, porque sua pequenez era a morada de Deus". Nela a CLAR quer ter um modelo, porque "Você não está acima, você está todo próximo e está dentro, você acontece onde há ousadia e parrésia, onde os caminhos se abrem, e o amor se renova".

 

Leia a mensagem na íntegra: 

 

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