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A globalização da indiferença, um significativo desafio para os tempos atuais

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03 Agosto 2021

 

"O Papa Francisco constantemente nos convida a sermos uma Igreja em saída e como tal assumirmos o combate a Globalização da Indiferença. Devemos assim, assumir a nossa missão de construtores e anunciadores do Reino e da Boa Nova, desta forma é preciso imitarmos o exemplo de Cristo, que por meio do Mistério da Encarnação se fez homem e habitou entre nós, vivendo em uma realidade concreta, com todos os seus desafios, dissabores e alegrias", escreve Ir. Fábio Pereira Feitosa, Religioso de São Vicente de Paulo, formado em história e atualmente desenvolve pesquisas sobre história da Igreja e sobre história da Vida Religiosa Consagrada.

 

Eis o artigo.

 

Ao direcionarmos o nosso olhar para a história da humanidade, iremos perceber que cada época produz desafios específicos. Atualmente, vivemos tempos nos quais a Globalização da Indiferença suscita inúmeras provocações aos homens contemporâneos. Este perigoso fenômeno acaba sendo o resultado direto da imersão da nossa sociedade em uma cultura imediatista, na qual não temos mais “tempo a perder”, cada segundo vale uma cifra, que nem sempre conseguimos utiliza-la de maneira que justifique todo o esforço empreendido para a sua obtenção.

Constantemente somos bombardeados pelas mais diferentes e criativas estratégias de marketing que visam alimentar e incentivar uma sociedade de consumo, na qual o imediatismo e a obsolescência programada se tornaram realidades cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia. Tais fenômenos prejudicam profundamente as relações humanas, considerando que a Globalização da Indiferença acaba por transpor tais conceitos para as nossas relações afetivas. Diante deste quadro tão inquietante, O Papa Francisco, vem desempenhando um papel profético na denúncia e no combate a este terrível fenômeno que rouba a humanidade de inúmeros filhos de Deus e os transformam em meros números estatísticos.

O Papa Francisco assumiu a Cátedra de São Pedro no ano de 2013, após a renúncia de Bento XVI. O contexto pós renúncia foi caracterizado pelo suspense e pela formulação das mais variadas hipóteses acerca dos novos rumos da Igreja Católica.

Francisco assumiu o seu pontificado já entrando para a História, considerando ser ele o primeiro Papa de origem latino-americana. Todavia, esta não foi a única novidade trazida por ele. A escolha de seu nome, constituiu-se em uma inovação no léxico papal. Diante desta última novidade, uma pergunta veio à mente dos que acompanhavam o emocionante anúncio e apresentação do novo Pontífice: “O que a escolha deste nome representaria de forma efetiva para os rumos da Igreja naquele momento tão conturbado?”. Seria o retorno efetivo à uma Igreja pobre para os pobres? Significaria uma Igreja mais engajada nas questões ambientais? Poderia ser ainda um retorno ao aggiornamento iniciado por João XXIII ou quem sabe representaria todas estas questões e tantas outras que poderiam ser resumidas em uma frase dita a um outro Francisco: “Francisco, reconstrói a minha Igreja!”.

A eleição do Cardeal Jorge Mário Bergoglio, introduziu a Igreja em uma nova fase de sua evangelização, sendo esta caracterizada pela reafirmação de suas origens evangélicas e das diretrizes do Concílio Ecumênico Vaticano II (1963-1965).

Por meio de sua simplicidade, sobriedade e de sua capacidade de diálogo com o outro, o Papa Francisco, nos ensina por meio de gestos concretos que é preciso nos comprometer e cuidar dos mais frágeis e vulneráveis de nossa sociedade e assim combatermos a proliferação da Globalização da Indiferença.

Desde os primeiros momentos de seu pontificado o Papa Francisco demonstrou de forma efetiva a sua preocupação com os mais pobres, percebemos isso claramente em sua primeira Exortação Apostólica, a Evangelii Gaudium, nela ao analisar o cenário mundial, Francisco percebe uma relação desproporcional entre o nível de desenvolvimento tecnológico, as novas formas de poder e o desenvolvimento humano, assim ele afirma:

Hoje devemos dizer “não a uma economia da exclusão e da desigualdade social”. Essa economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento de um idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, em que o poderoso engole o mais fraco. Em consequência dessa situação, grandes massas da população veem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do “descartável’, que aliás, chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas de uma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados”, mas resíduos, “sobras”.

Percebemos na fala do Papa Francisco, contundentes denúncias ao atual sistema que exclui aqueles que não podem pagar pelos benefícios da globalização e como tal entram em uma nova categoria social, estes já não são mais os explorados pelo mercado, mas sim sobrantes; descartados pelo sistema.

Infelizmente o número destes homens e mulheres só tem aumentado com o passar do tempo, o que evidencia uma total desproporcionalidade entre o desenvolvimento econômico/tecnológico e o desenvolvimento social/humano.

Ainda na Evangelii Gaudium, Francisco teceu outras críticas a esta terrível conjuntura geradora sofrimento:

A humanidade vive, neste momento, uma viragem histórica, que podemos constatar nos progressos que se verificam em vários campos. São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia, não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia precariamente, com funestas consequências[1].

Nesta mesma direção, o Papa Francisco na Encíclica Fratelli Tutti, segue denunciando de forma profética a desproporcionalidade entre o desenvolvimento técnico-científico e o desenvolvimento humano:

A tecnologia avança, mas “como seria bom se, ao aumento das inovações científicas e tecnológicas, correspondessem também uma equidade e uma inclusão social cada vez maiores! Como seria bom se, enquanto descobrimos novos planetas longínquos, também descobríssemos as necessidades do irmão e da irmã que orbitam ao nosso redor”[2].

Atento aos clamores do tempo e aberto à inspiração do Espírito, o Papa Francisco, constantemente denuncia à Globalização da Indiferença, como fez em Lampedusa, palco de uma tragédia na qual mais de 130 imigrantes ilegais morreram e um significativo número foi dado como desaparecido. Logo após o naufrágio, o Papa Francisco foi para Lampedusa e em sua homília, ele fez uma contundente critica a este fenômeno: Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa (...) Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de chorar, de "padecer com": a globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar!

A Globalização possuí uma terrível face e é um significativo desafio que todos os dias somos impelidos a responde-lo, referindo-se a ela, Francisco na Fratelli Tutti afirma:

No mundo atual, esmorecem os sentimentos de pertença à mesma humanidade; e o sonho de construirmos juntos a justiça e a paz parece ser uma utopia de outros tempos. Vemos como reina uma indiferença acomodada, fria e globalizada. Vemos como reina uma indiferença acomodada, fria e globalizada, filha de uma profunda desilusão que se esconde por trás dessa ilusão enganadora: considerar que podemos ser onipotentes e esquecer que nos encontramos todos no mesmo barco.

O Papa Francisco, constantemente nos convida a sermos uma Igreja em saída e como tal assumirmos o combate a Globalização da Indiferença. Devemos assim, assumir a nossa missão de construtores e anunciadores do Reino e da Boa Nova, desta forma é preciso imitarmos o exemplo de Cristo, que por meio do Mistério da Encarnação se fez homem e habitou entre nós, vivendo em uma realidade concreta, com todos os seus desafios, dissabores e alegrias.

Assim como Cristo, devemos nos comprometer com os mais frágeis de nossa sociedade, com homens e mulheres que não são notícias, que não são vistos e nem lembrados e assim acabam tendo a sua primazia de seres humanos bruscamente roubada por um sistema excludente, desta forma é preciso criarmos estratégias e meios para restituir a humanidade destes homens e mulheres.

 

Notas:

[1] Francisco. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Edições Loyola: São Paulo, 2013, p.38.

[2] Francisco. Carta Encíclica Frantelli Tutti. Paulus: São Paulo: 2020, p.26.

 

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