Renan pede quebra de sigilo bancário da Jovem Pan

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu a quebra do sigilo bancário da Rádio Panamericana S.A., conhecida como Jovem Pan, por criar ou divulgar conteúdo falso na internet, espalhando fake news.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Renan pede a quebra do sigilo bancário “desde o início de 2018 até o presente, de todas as contas de depósitos, contas de poupança, contas de investimento e outros bens, direitos e valores mantidos em Instituições Financeiras”.

No requerimento, o senador argumenta que a Jovem Pan “é protagonista na criação e/ou divulgação de conteúdos falsos na internet, como verdadeira ‘militante digital’, por sua intensa atuação na escalada da radicalização das redes sociais por meio de fake news.”

“Em nome da liberdade de imprensa, a Jovem Pan foi a maior propagadora de fake news sobre a pandemia. Ela nunca sugeriu nada, sempre afirmou, num exercício massivo e diuturno, todas as barbaridades que Bolsonaro disseminou”, analisa o jornalista Carlos Henrique Machado, do site Antropofagista.

Comentaristas da Jovem Pan afirmaram, primeiro, que o vírus não existia, depois admitiram sua presença, mas passaram a chamá-lo de vírus chinês, que teria sido criado em laboratório para beneficiar a China financeiramente.

A Jovem Pan fez uma campanha “covarde contra a população para que esta não tivesse consciência da necessidade urgente do isolamento social, do uso de máscara e de todos os protocolos de asseio como forma de evitar o contágio perigoso do coronavírus”, escreve Machado.

Ele conclui: “Tudo isso foi feito a serviço do Palácio do Planalto, num modelo de propaganda nazista que seguiu passo a passo todas as orientações da famosa frase, uma mentira contada mil vezes torna-se verdade”.

Com a quebra do sigilo bancário será possível a CPI verificar se a Secretaria de Comunicação do governo bancou a emissora, e em quanto, para disseminar mentiras.

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