14 Julho 2021
"O Brasil tem um presidente motoqueiro que, em vez de ir aos estados e municípios, de ir aos hospitais, de visitar famílias que perderam ente querido, vai assacar contra seus adversários. Uma pessoa que não tem sensibilidade, agressor de mulheres, que gosta de gritar com as mulheres. Grande motoqueiro o Brasil tem, péssimo presidente" – Omar Aziz, senador – PSD-AM, presidente da CPI da Covid – Portal Uol, 13-07-2021.
“Em entrevista à Rádio Eldorado, Omar Aziz (PSD-AM) recorreu à fauna amazônica para explicar os arroubos e ataques de Bolsonaro. Segundo o senador, o presidente “age feito o macaco guariba”. Para se defender, o símio, explica Aziz, atira seus excrementos de cima das árvores nas onças que, do solo, tentam capturá-lo. “Somos as onças, e o macaco guariba vai reagir dessa forma”, diz o presidente da CPI” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 14-07-2021.
"Agradeço a Deus pela vida e por essa possibilidade de servir meu país; à minha família, pelo amor recíproco; ao presidente Jair Bolsonaro, pela confiança; aos líderes evangélicos, parlamentares, amigos e todos que têm me apoiado" – André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o STF (Supremo Tribunal Federal). em suas redes sociais nesta terça (13), após a publicação da indicação no Diário Oficial da União – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
"Quem agradece a líderes religiosos por sua indicação não merece ser nomeado. Tudo que o Brasil não precisa é de uma guerra religiosa. [O ministro Luiz] Fux é o primeiro presidente judeu do STF sem que ninguém fale disso. É uma vergonha a exploração da religião para ser ministro do STF" – Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“Eu pergunto aos bolsonaristas ou aos oposicionistas o que as autoridades sanitárias falaram em relação a aglomeração, distanciamento, evitar esse tipo de coisas. Mudou alguma coisa? Mudou a situação da pandemia? Estamos com patamar de mortos muito alto ainda. Qual é a autoridade sanitária que indica que podem ser feitas aglomerações desse tipo, seja pelos apoiadores do Bolsonaro ou por nós, que somos contra ele? É falta de coerência, nesse momento” – Eduardo Jorge, médico, foi deputado federal pelo PT (1987-2005), secretário municipal de Saúde (1989-90 e 2001-02) e Meio Ambiente (2005-12); candidato a presidente em 2014 e a vice em 2018, ambos pelo PV – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“Eu defendo Tasso Jereissati, porque a terceira via tem que ter uma capacidade de agregação muito além do normal. Tem que ser um sujeito com experiência administrativa, capacidade de diálogo com setores conservadores, liberais e socialistas. E nesse rol que a gente tem hoje disponível, quem tem mais essa característica é o Tasso. Ele tem credibilidade para dizer que vai fazer apenas um mandato, e depois em 2026 a diversidade e a riqueza da democracia podem se expressar. Mas agora não, não é uma eleição normal. Esse é o plano A, tem o plano B também. Ganhar do Bolsonaro no primeiro turno. Isso envolveria um moderado na cabeça de chapa e a esquerda, o Lula, o PT, indicar um vice, pode ser um governador deles bem avaliado. E compor uma chapa para ganhar no primeiro turno. Se eu acredito que é estratégico para o país não repetir o segundo turno de 2018, vou lutar até o último minuto por isso” – Eduardo Jorge, médico, foi deputado federal pelo PT (1987-2005), secretário municipal de Saúde (1989-90 e 2001-02) e Meio Ambiente (2005-12); candidato a presidente em 2014 e a vice em 2018, ambos pelo PV – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“(Votei nulo em 2018 e não me arrependo) Naquela ocasião, no começo, o PT desejava que o Bolsonaro chegasse no segundo turno, torcia ardentemente. No meio da eleição, o Lula viu que tinha se enganado, porque o nível de rejeição da população a ele era muito maior do que se imaginava. Havia uma solução heroica, que era o PT apoiar um dos candidatos mais moderados, porque esse venceria o Bolsonaro. E se recusaram, sabendo que iam perder, mas manteriam a hegemonia da esquerda. E voltariam nos braços do povo na eleição de 2022. Era uma farsa. E eu não quis participar de uma farsa dessas” – Eduardo Jorge, médico, foi deputado federal pelo PT (1987-2005), secretário municipal de Saúde (1989-90 e 2001-02) e Meio Ambiente (2005-12); candidato a presidente em 2014 e a vice em 2018, ambos pelo PV – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“A reforma do Imposto de Renda tinha se tornado um atoleiro para Paulo Guedes. Agora, transformou-se um buraco, pois vai reduzir a receita do governo geral em pelo menos R$ 30 bilhões, além de tirar mais dinheiro de estados e municípios, o que pode dar em algum problema político. Mas o governo não está nem aí, e Jair Bolsonaro, menos ainda. A satisfação se deve ao fato de que tiraram um bode político da sala superpovoada de bovídeos e de vacas no brejo. A revolta dos empresários deve amainar, até porque a reforma perde o caráter progressivo que tinha, apesar de toda torta. A mudança era quase em geral criticada ou detestada por aumentar a carga de impostos de muita empresa (nem todas), manter privilégios tributários de certas firmas (da pejotização), por ser tecnicamente ruim e por nada mudar a vida de 85% da população, pelo menos, indiferente à mudança do IR por mal ter renda” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“Não podemos esquecer que, independente da data de fim da pandemia, somos um dos piores países do mundo no enfrentamento da Covid-19. A mortalidade acumulada por Covid-19 no mundo é de 516 mortes para cada 1 milhão de pessoas, ou seja, de cada 1.938 humanos que habitam o planeta Terra, 1 perdeu a vida para a Covid-19. No Brasil, a mortalidade acumulada é de 2507 mortes para cada 1 milhão de pessoas, ou seja, de cada 399 brasileiros, 1 perdeu a vida para a Covid-19. Quatro de cada cinco brasileiros que perderam a vida para a Covid-19 poderiam estar aqui entre nós, seja para ler a essa coluna, seja para fazer suas próprias previsões sobre a data de fim da pandemia. Essas vidas são insubstituíveis. E todos sabem quem são os culpados” – Pedro Hallal, epidemiologista, professor da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“Com mais vacinas, poderíamos evitar até 80% das mortes ocorridas neste ano, mais de 250 mil até aqui, de acordo com um estudo que já citei por aqui. O Brasil teria menos hospitalizações e menos contágio. Vacinados que pegassem o coronavírus transmitiriam menos para seus contatos e eles não transmitiriam para outros —um efeito cascata que evitaria parte dos mais de 11,4 milhões de casos de Covid registrados só em 2021. Eles eles, há mais de 1 milhão de pessoas que devem carregar sequelas na forma de Covid longa, com fadiga incapacitante, problemas neurológicos, complicações cardíacas ou pulmonares, dores musculares e nas articulações e outros sintomas que afetam indefinidamente mesmo quem não foi internado. São pessoas que não perderam a vida, mas perderam a vida saudável pela falta de vacinas” – Atila Iamarino, doutor em ciências pela USP, fez pesquisa na Universidade de Yale. É divulgador científico no YouTube em seu canal pessoal e no Nerdologia – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
“O estudo de vacinados no Reino Unido viu que vacinados que pegaram o coronavírus tiveram sintomas mais leves e mais curtos, com bem menos chances de terem Covid longa. O único sintoma mais comum entre imunizados foi o espirro. Ou seja, enquanto o governo federal ignorava ofertas de vacinas legítimas do Instituto Butantan, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Pfizer, para favorecer cambistas de vacinas incertas, também sabotava a única saída segura que poderia transformar a Covid em uma gripe” – Atila Iamarino, doutor em ciências pela USP, fez pesquisa na Universidade de Yale. É divulgador científico no YouTube em seu canal pessoal e no Nerdologia – Folha de S. Paulo, 14-07-2021.
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Bolsonaro ‘age feito macaco guariba’ – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU