Revisitando os pontos-chave da Amoris laetitia

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11 Junho 2021

 

A exortação apostólica do Papa Francisco de 2016 é um incentivo para as famílias serem um modelo de amor, esperança e fraternidade.

A opinião é de Oranne de Mautort, professora de Teologia Moral no Institut Catholique de Paris. Atuou como diretora adjunta do escritório dos bispos franceses para a vida familiar de 2013 a 2020.

O artigo foi publicado em La Croix International, 10-06-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

A exortação apostólica do Papa Francisco sobre o matrimônio e a vida familiar, Amoris laetitia, é um recurso para todas as famílias.

O Papa Francisco até alimentou esse texto com a sua experiência familiar, recordando a ternura da sua avó, mas também as dificuldades dos seus familiares que se encontravam em situação de ruptura. O amor de que ele fala não é idealizado, mas encarnado, impregnado de uma experiência cotidiana.

No segundo Sínodo dos Bispos sobre a família em 2015, o clima dos trabalhos realmente mudou depois que os bispos compartilharam suas próprias experiências familiares.

A primeira palavra que caracteriza o amor, segundo a Amoris laetitia, é a alegria. O papa convida a esperar na força do amor.

Para viver o amor no cotidiano das famílias, o papa também aconselha a adotar um olhar benevolente, assim como Jesus, que “olhou para as mulheres e os homens que encontrou com amor e ternura, acompanhando os seus passos com verdade, paciência e misericórdia” (AL 60).

O terceiro marco, depois da alegria e do olhar benevolente, é a paciência, que é citada 20 vezes. Isso não significa que devemos suportar o insuportável; seria um contrassenso ser paciente diante da violência conjugal.

A quarta pista: a gratidão é o combustível do relacionamento familiar. São palavras simples que Francisco encoraja a dizer com frequência: “Obrigado, desculpa, com licença” (AL 133).

A exortação também convida a cuidar uns dos outros de forma muito concreta: “A espiritualidade do amor familiar é feita de milhares de gestos reais e concretos” (AL 315).

 

A família como um hospital de campanha

 

Em seguida, o papa convida paradoxalmente a um estilo fraterno. A família é uma primeira experiência de fraternidade no cotidiano, que ele retoma na encíclica Fratelli tutti.

E essa fraternidade se estende ao “grande coração” de uma família hospitaleira, à qual ele chama a acolher os isolados, os separados, os viúvos, os solitários.

Por fim, no capítulo oitavo, o apelo lançado à Igreja se dirige também às famílias, para que possam acompanhar umas às outras, discernir juntas, integrar os diferentes, os deficientes ou as situações matrimoniais e conjugais diferentes.

Segundo a fórmula do papa, a família, assim como a Igreja, é chamada a ser um hospital de campanha: “A Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa” (AL 310).

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