12 Mai 2021
Esqueça tudo o que você ouviu os economistas brasileiros dizerem na imprensa nas últimas décadas. Eles são o atraso do atraso do atraso do atraso. Defendem que sejamos muito bons na produção de soja, bois e bananas, onde a nossa "vantagem comparativa" é maior. Olhe para Taiwan.
"A nova planta da TSMC de Taiwan, líder mundial na fabricação de chips, deverá ser o 3º prédio mais caro do mundo. Terá salas ultra limpas no tamanho de 22 campos de futebol. A empresa estratégica coloca Taiwan no centro da competição geopolítica mundial. Em 2019, as plantas da TSMC consumiram 1/3 de toda a energia elétrica adicional do país, e seus empregados contribuíram com mais de 1% de todos os bebês nascidos na ilha. Empresários, políticos e magistrados se juntam para defender a empresa na luta global. Originada de um Instituto de Pesquisa do governo, a empresa recebeu + de US$ 4 bi em subsídios entre 2014 e 2018 e tem como grande acionista o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Taiwan, que deve “aprimorar a estrutura industrial em consonância com a estratégia de desenvolvimento nacional”. A TSMC, durante 25 anos, produziu chips muito aquém da fronteira tecnológica. O governo de Taiwan incentiva todos seus fabricantes de chips a manter sua produção de ponta na ilha, 97% dos ativos de longo prazo da TSMC ficam em Taiwan." Leia aqui.
Infelizmente, a devastadora maioria dos analistas econômicos tupiniquins que conheço ignora, por completo, o fato de que o sucesso, ou insucesso, de qualquer Política Indistrial comporta uma dependência crítica daquilo que chamamos de "capacidades estatais".
O estado brasileiro, há muito, deixou de ser um agente catalisador do desenvolvimento industrial. Ao meu ver, principalmente porque a máquina estatal passou a ser dominada por interesses rentistas que trocam rendas econômicas por "sustentação politica" no Congresso Nacional.
Os policymakers, ficamos, assim, completamente impedidos de expandir a PPF, gerando inovação, como bem público de altíssima alavancagem econômica.
via Osvaldo Pavanelli
gente linda
via Mano Feu
Tenho um imenso respeito e carinho pelo professor Roberto Romano. Gentil, solícito, generoso, sempre. Ou, como costumo elogiar um camarada-mestre: o cidadão é ponta-firme, pro que der e vier. Toda vez que vou amolar pedindo artigo, responde em 5 minutos topando. Manda sempre semanas antes do prazo. E é sempre uma aula. Esta aqui é do dossiê de maio da ComCiência, com o tema Pandemia: Política e Economia. Aos poucos vou divulgando mais artigos a quem interessar possa (quem não se interessa não me interessa, sem ofensa). Tem Luis Felipe Miguel, Artur Araújo, David Deccache, Douglas Donin e José Luis Fevereiro. Estamos atrasados mas até 4a-f tudo estará no ar.
O Estado como peste | Por Roberto Romano
"Durante bom tempo ocorreu um debate nos meios acadêmicos sobre o enunciado de Karl Marx ao se referir no Manifesto Comunista à burguesia. Sob o capitalismo e suas classes dominantes 'tudo o que é sólido se dissolve'. Além das conotações químicas em voga na sua época lembremos que Marx era pensador político. Ele conhecia os textos de Platão, Aristóteles, Hobbes e muitos outros.
Não é por acaso que, ao identificar a atividade capitalista como dissolvente de todos os laços coletivos, ele capta a essência da política movida por empresários e seus sócios do poder, os militares e juristas. Se tomarmos a sequência que vai de Platão e segue para Aristóteles caminhando para a filosofia moderna e contemporânea, vemos que a cautela dos pensadores é com a dissolução dos elos entre humanos. Tal doença é auto imune mas suas consequências se espraiam por toda a natureza, como evidencia o que convenciona-se chamar 'questão ambiental'.
Com o capitalismo e sua tirania tudo se dissolve. A morte, a guerra de todos contra todos, a violência bruta e a escravidão surgem como vampiros do sangue humano.
A tirania Bolsonaro não é exceção, mas regra."
A ilustração eu expropriei do camarada Quinho
A seletividade desses "jornalistas-ativistas" da direita chega a ter graça.
Viva Padre Julio Lancellotti!
Mais um militar protagonizando uma notícia que compromete a imagem das Forças Armadas. Luciano Dias Azevedo, tenente-médico e anestesista, é apontado como o autor da sugestão de mudança da bula da cloroquina por decreto.
Ele foi citado em delação espontânea da médica bolsonarista Nise Yamaguchi, sempre apontada como dona da ideia de mudar a bula para que o remédio fosse usado contra a Covid.
Azevedo é tenente, assim como Bolsonaro, e amigo do sujeito. Agiu a mando dele, dentro do Palácio do Planalto?
Será que saberemos? Mas sabemos pelo menos que um militar tentou mudar a bula de um remédio envolvido numa controvérsia.
Eles se metem em tudo, da pintura de meios-fios à prescrição e produção de cloroquina.
A Harpia, a maior águia do mundo, orgulhosamente amazônica , precisa da simbiose de insetos para sobreviver:
Um criador diz que recebeu há alguns anos uma harpia repatriada da Alemanha. O animal foi trazido de volta ao Brasil porque estava doente e poderia morrer. Assim que chegou ao criatório,
Azeredo notou que havia em torno do bico na altura do nariz da ave uma grande quantidade de abelhas. Algumas delas entravam nas narinas. Ao mesmo tempo, ele observou que a harpia passou a respirar cada vez melhor até sarar e que as abelhas retiravam das narinas da ave o material para usar no ninho.
Após identificar as abelhas, Azeredo ajeitou uma caixa para abrigar um enxame perto da ave. Agora, essa relação está até mais facilitada. O inseto faz a limpeza das vias aéreas da harpia e em troca leva o material de que precisa. Tudo parece indicar que harpia estava com falta de ar na Alemanha por ausência das abelhas.
Outra simbiose foi notada no momento de reprodução das harpias. O criador descobriu uma casa de formigas carnívoras dentro do ninho. São formigas vorazes que atacam em grupo. Ele temeu que elas atacassem o filhote ou roubassem a carne trazida pelos pais.
Eu não tirei as formigas. Então, quando os pais levavam a carne para o ninho, percebi que as formigas não atacam a carne do ninho. Elas esperam os pais jogarem o resto da carne no chão para comer o que está no chão”, diz Azeredo.
As formigas usam um ninho como abrigo e fazem a limpeza do entorno. Com o criatório sem fins materiais, Roberto Azeredo, que criou e devolveu para a natureza cerca de 600 aves nativas em vários estados, prevê fazer no próximo ano a primeira soltura da harpia.
Publicação original: Rogerio Marcos Peres Lins (incluindo a foto principal). O texto foi extraído da matéria no link.
Fotos dos detalhes das narinas de um Gavião Cinzento: Julia Santoucy Barros
• 11/05/1974 – Carlos Mugica, mártir do povo das villas miséria, Argentina, viva memória e testemunho de uma igreja de Jesus.
Amanhã é último dia do Ramadan de 2021 seguido fielmente pelos irmãs e irmãs muçulmanos. Rezemos em comunhão.
O estudante Lucas Villa cantava, dançava e discursava nas manifestações em Bogotá contra o governo de Iván Duque. Levou oito tiros no corpo e na cabeça, ficou seis dias em coma e morreu hoje.
Villa era a alegria que ajudava a puxar os protestos. Já é o símbolo da resistência ao fascismo na Colômbia. Os jovens continuam nas ruas, apesar de mais de 30 já terem sido assassinados e pelo menos 70 estarem desaparecidos.
Na área de comentários, um vídeo do jornal El Tiempo em homenagem a Lucas Villa, com o momento em que ele é assassinado por policiais e milicianos.
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