10 Mai 2021
O relatório da ONU “O Estado do Clima Global 2020” revela que a temperatura média global alcançou cerca de 1,2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e que 2020 foi um dos três anos mais quentes da história, mesmo ocorrendo o resfriamento devido ao fenômeno do La Niña.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A análise considerou indicadores do sistema climático, como concentração de gases de efeitos estufa, aumento da temperatura terrestre e do oceano, nível do mar, derretimento do gelo, recuo das geleiras e condições climáticas extremas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, frisou que “o clima está mudando e os impactos têm alto custo para as pessoas e para o planeta”, assim que não há tempo a perder. Guterres reiterou que os países precisam se comprometer com emissões líquidas zero até 2050 e apresentar planos climáticos mais ambiciosos antes da COP26 em Glasgow, agendada para novembro próximo.
A desaceleração econômica resultante da pandemia do covid-19 reduziu temporariamente as novas emissões de gases de efeito estufa, mas não teve um impacto perceptível nas concentrações atmosféricas. As concentrações do dióxido de carbono (CO2) aumentaram de 2019 para 2020, ultrapassando 410 partes por milhão (ppm) e podem ultrapassar 414 ppm em 2021.
O primeiro relatório registrado em O Estado do Clima é de 1993 e já manifestava preocupações sobre mudanças climáticas. Nesse período, lembrou o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, o mundo tem dado mostras do aumento significativo da temperatura na terra e no mar, alterações como o aumento do nível do mar, derretimento do gelo marinho, de geleiras e dos padrões de precipitação pluviométrica.
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Relatório sobre clima mostra que não há tempo a perder - Instituto Humanitas Unisinos - IHU