Suíça: muda o rosto da Igreja, dos 3 milhões de católicos, 40% são “migrantes”. Bispos iniciam o fortalecimento de uma pastoral “multicultural”

Foto: Pixy

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16 Dezembro 2020

O "rosto" da Igreja Católica na Suíça é cada vez mais multicultural. Os números falam por si: no país vivem 3 milhões de católicos e, destes, cerca de 40% provêm de um contexto de migração. Por isso, a Conferência dos Bispos suíços decidiu fortalecer "a orientação, a organização e o financiamento da pastoral migratória na Igreja Católica".

A informação é publicada por SIR, 14-12-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Em uma nota divulgada esta manhã, os bispos suíços explicam: "Se originalmente a Igreja na Suíça era solicitada para a assistência espiritual dos migrantes trabalhadores de países europeus, que se presumia retornariam aos seus países depois de alguns anos ('assistência pastoral de trabalhadores estrangeiros'), um quadro muito diferente está surgindo hoje.

Os imigrantes vêm de todo o mundo e chegam não só por motivos profissionais, mas também como refugiados, como famílias ou para completar uma formação. Enquanto alguns vivem na Suíça há gerações, mas continuam inseridos na cultura religiosa de seu país de origem, outros chegaram poucos anos atrás e ainda outros não têm uma situação de residência regulamentada. Os migrantes católicos não são apenas multilíngues, mas também variam sob todos os pontos de vista. Isso requer um maior desenvolvimento da assistência espiritual orientada para uma pastoral intercultural”.

Existem 110 missões "aloglotas" da Igreja Católica na Suíça. São assim chamadas as comunidades linguísticas que oferecem assistência espiritual local a pessoas de origem estrangeira. Ao longo dos anos, tais comunidades ofereceram "um importante contributo para a integração eclesial e social dos migrantes e viajantes", por isso a Conferência Episcopal decidiu "ampliar no futuro" a pastoral migratória e sobretudo "a concepção da Igreja como comunidade na diversidade". Segundo os bispos, “a migração está evoluindo de forma dinâmica e colocará a Igreja e também a sociedade diante de novos desafios”. “Mobilidade, migração e diferenças culturais ampliam a concepção da Igreja como comunidade na diversidade”.

Trata-se, portanto, de iniciar "sinergias interculturais" para favorecer "uma maior convivência e uma abordagem consciente e respeitosa tanto nas missas como na vida eclesial". “Afirmamos que a Igreja não tem fronteiras”, observa Mons. Jean-Marie Lovey, bispo de Sion, responsável pela pastoral dos migrantes na Conferência Episcopal Suíça. “O fenômeno da migração expressa esse pensamento com ainda mais força. Mas é a nossa relação concreta com os migrantes que revela a autenticidade do que anunciamos”. E Karl-Anton Wohlwend, diretor nacional da Migratio, conclui: “Estou ansioso para a implementação deste conceito e os impulsos que dele derivarão. A maior convivência da Igreja local e das comunidades aloglotas inspirará e enriquecerá a Igreja, tornando-a mais variada e colorida”.

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