27 Novembro 2020
Após protestos de ativistas pelos direitos homossexuais, o Banco Barclays, da Irlanda do Norte, fechou as contas bancárias da Core Issues Trust, um ministério cristão sem fins lucrativos que oferece terapias para “reduzir ou eliminar sentimentos sexuais indesejados”.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Ativistas reclamaram que o Barclays, sendo o principal patrocinador da parada do Orgulho Gay de Londres, aceita transações bancárias do grupo que tenta “deixar as pessoas envergonhadas de sua sexualidade”. O líder da Core Issues, Mike Davidson, entende que a homossexualidade é “maleável” e pode ser alterada por meio de tratamento psicológico.
A Core Issues pretende ingressar judicialmente contra o banco, alegando que a instituição violou direitos humanos ao fechar as contas. “O Barclays não está sendo solicitado a propagar uma mensagem com a qual discorda, mas a fornecer uma conta bancária. É agir como um árbitro moral de quais pontos de vista na sociedade são aceitáveis ou não aceitáveis”, analisou Michael Phelps, do grupo jurídicos religioso Christian Concern, para o Financial Mail on Sunday.
Ao The Mail on Sunday, o Barclays argumentou que seus termos e condições , como outros bancos, “nos permitem encerrar um relacionamento com qualquer cliente, desde que o avisemos com dois meses de antecedência”.
Ao se apresentar no seu portal, a Core Issues Trust afirma que “respeita os direitos individuais que se identificam como ‘gays’, que não buscam mudanças, e apoia a dignidade das pessoas LGBT. Não apoia o ‘casamento’ gay – geralmente considerado uma questão de ‘igualdade’ com base na crença de que ser gay é ‘biológico’ e, portanto, imutável”. O organismo assinala que “oferece apoio individual para indivíduos que buscam voluntariamente abandonar seus comportamentos homossexuais”, uma vez que são pessoas que “querem mudar suas vidas e encontrar maneiras diferentes de viver”.
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Por pressão de ativistas, banco fecha contas de organismo que oferece “cura gay” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU