03 Julho 2020
Com o templo fechado em função das medidas restritivas decorrentes do coronavírus, e diante da insistência da fiel em receber o batismo na Semana Santa, o pastor Vinicius Armele, da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Tatuí (SP), levou uma caixa de água na carroceria de caminhonete até a casa de Walkiria Aparecida Silva Costa para que ela fosse batizada.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
“Nesse momento de pandemia, nossas igrejas estão fechadas, mas os corações continuam abertos. Preferimos não fazer o batismo na igreja para evitarmos problemas e para não dar a entender que estávamos indo contra o governo”, disse o pastor ao repórter Christian Rafael, do G1.
Na Igreja Adventista do Sétimo Dia o batismo é por imersão. Walkiria frequentava a igreja há dois anos e resolveu pelo batismo este ano. Ela estava apreensiva depois que a pandemia começou porque não sabia quando seria batizada. “Decidi que tinha que ser na Semana Santa em uma conversa com Deus”, contou.
Na cerimônia caseira, que teve a presença apenas de familiares, tanto o pastor quanto a batizada usavam máscaras e luvas. “Não era o que eu imaginava. Afinal, eu imaginava batizar na igreja, com meus amigos todos juntos. Mas sei que todos estão juntos em comunhão, em oração, e isso é o que me deixa mais feliz”, comentou a batizada.
Depois da experiência de Walkiria, o método de batismo domiciliar se popularizou, informou o pastor. “Trazer o tanque batismal foi a melhor solução que encontramos”. Com a “Caminhonete da Esperança”, como o povo passou a denominá-la, “você não precisa sair de casa para encontrar Jesus. Ele vai até você”, frisou Amele.
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Pastor adventista inova com batismo de imersão a domicílio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU