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A compaixão perdida

Foto: Don Hankins | Flickr CC

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17 Julho 2019

"O ser humano está se mostrando capaz de fechar-se em um egoísmo que o desumaniza, mas ele sempre pode se abrir para sofrer e se alegrar com o outro, para viver autenticamente: a compaixão morre onde nós a matamos dia após dia, mas a dignidade humana está viva, onde mesmo uma única pessoa reconhece seu semelhante no sofrimento, se inclina sobre ele, o abraça e, ao fazê-lo, o salva", escreve Enzo Bianchi, monge italiano, fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Repubblica, 10-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O que estamos nos tornando? Um dos principais argumentos na complexa questão das migrações diz respeito à suposta ameaça à nossa identidade que o influxo de uma determinada tipologia - étnica, religiosa, de renda - de estrangeiros representaria para a sociedade italiana. Mas, atualmente, a preocupar mais não deveria ser uma hipotética futura “substituição” da italianidade - seja qual for o significado desse termo - com elementos estranhos à história e à cultura de país, mas sim uma já ocorrida mudança na maneira de pensar, de falar e de agir que até poucos anos atrás era um patrimônio amplamente compartilhado.

Durante anos tenho insistido preocupado com os pequenos passos cotidianos em direção à barbárie: ora estamos imersos, de modo que sentimentos e emoções dos quais no passado nos envergonhamos, pelo menos em público, agora são exibidos como troféus de guerra. Ao mesmo tempo, atitudes de solidariedade, compartilhamento, bondade, compaixão são desfiguradas e ridicularizadas. "A piedade morreu" se cantava durante a resistência ao nazi-fascismo, reivindicando o direito de repagar com a mesma moeda da crueldade que se manchava com crimes contra a humanidade. Agora que há mais de meio século nossas sociedades e as legislações dos Estados baniram este conceito de "justa vingança", eis que vemos todos os dias afirmar-se uma proclamação tácita: "A compaixão morreu".

Parece ter morrido aquele sentimento pelo qual, atingidos pelo sofrimento de um outro, assumimos a sua dor, a ponto de senti-la com ele como nossa: a dor do outro torna-se a minha dor. Ter compaixão é essencialmente "sofrer juntos": uma qualidade muito humana que nunca foi fácil viver em profundidade, mas que hoje é ridicularizada como bobagem para boas almas. O contexto cultural, pelo menos da década de 1960, criou uma possibilidade de percepção do mal muito diferente do passado: basta pensar na remoção que nossas sociedades sabem fazer da morte e, simultaneamente, da espetacularização e da exposição do sofrimento, até do horror, do macabro ao vivo, através dos meios de comunicação. Por um lado, nos acostumamos com a visão do mal, mantendo-o de fato longe através da mediação do meio de comunicação; pelo outro, nos sufocamos, reduzindo a uma emoção mórbida, o que deveria ao contrário ser um chamado, uma pergunta a ser respondida.

A mídia realmente põe barreiras, muros entre nós e a dor alheia, e nos condena cada vez mais a um cotidiano de solidão e isolamento. Paradoxalmente, achamos difícil nos tornarmos próximos do outro: nos tornamos facilmente próximos virtualmente, e multiplicamos a nossa proximidade virtual com contatos "líquidos", inversamente proporcionais às relações concretas, "sólidas". E assim a morte da proximidade é experimentada como negação ou "morte do próximo". Mas nos últimos anos, na Itália, como em muitos países ocidentais, a situação exacerbou-se ainda mais: orgulhamo-nos da crueldade para com os mais fracos, sejam eles os pobres "da nossa casa", os imigrantes ou os membros de determinadas etnias.

A solidariedade, o histórico "socorro mútuo", o apoio entre os seres humanos marcados pelo sofrimento, o "sofrimento juntos" se transformou - primeiro na linguagem e depois no comportamento - numa busca obsessiva por "sentir-se bem sozinho", sem os outros, na verdade, contra eles. Se, no entanto, esse é tragicamente o quadro predominante, o que prevalece nos argumentos brandidos por uma certa política, bem como pelos meios de comunicação de massa, não devemos nos resignar a transformar essa tendência deletéria majoritária em um sentimento universal. Um esforço de resistência autêntica é necessário não apenas para defender pessoalmente a ética da compaixão, mas também para saber discernir, reconhecer, dar voz àqueles que a solidariedade com seus irmãos e irmãs na humanidade nunca parou de mostrá-la e continua a fazê-lo no silêncio de muito ou mesmo no escárnio de outros. O ser humano está se mostrando capaz de fechar-se em um egoísmo que o desumaniza, mas ele sempre pode se abrir para sofrer e se alegrar com o outro, para viver autenticamente: a compaixão morre onde nós a matamos dia após dia, mas a dignidade humana está viva, onde mesmo uma única pessoa reconhece seu semelhante no sofrimento, se inclina sobre ele, o abraça e, ao fazê-lo, o salva. Porque "quem salva uma vida, salva o mundo inteiro".

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