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A reversão do hiato de gênero na pós-graduação brasileira

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09 Março 2019

"Mas apesar destes exemplos a favor da educação universal e de qualidade, o Brasil das primeiras décadas do século XX continuava um país majoritariamente de analfabetos e com pouquíssimas chances de educação para as mulheres", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 08-03-2019.

Eis o artigo.

Os pensadores iluministas do século XVIII sonharam com uma educação de massa e de qualidade para todos os cidadãos e cidadãs do mundo. Nos primórdios da Revolução Francesa, o filósofo, matemático e revolucionário francês, Marquês de Condorcet (1743-1794), foi pioneiro na defesa da cidadania feminina. No dia 03 de julho de 1790 (um ano depois da Queda da Bastilha) Condorcet publicou o texto “Sobre a admissão do direito de cidadania às mulheres” (ver link na referência abaixo) onde defende igualdade de direitos e a presença cidadã das mulheres em todas as áreas de atuação da República.

 (Foto: EcoDebate)

Em 1792, a pioneira feminista Mary Wollstonecraft (mãe de Mary Shelley), publicou o livro “Reivindicação dos Direitos da Mulher”, onde ecoa a defesa da cidadania feminina feita por Condorcet e enfatiza a necessidade da educação de massa para a formação das mulheres e para o rompimento da situação de submissão e inferioridade feminina em relação aos poderes masculinos. A feminista brasileira Nísia Floresta (1810-1885), foi uma seguidora de Mary Wollstonecraft e uma lutadora em favor da educação das mulheres brasileiras, ainda no século XIX.

Mas apesar destes exemplos a favor da educação universal e de qualidade, o Brasil das primeiras décadas do século XX continuava um país majoritariamente de analfabetos e com pouquíssimas chances de educação para as mulheres. Contudo, a situação começou a mudar depois de 1932, quando foi conquistado o direito de voto feminino e nos anos seguintes as mulheres entraram em grande quantidade na educação fundamental. Mas as portas para a universidade só foram abertas na década de 1960.

O fato é que o hiato de gênero (gender gap) foi superado e, em sequência, foi revertido como mostram Beltrão e Alves (2009). No ensino fundamental, no ensino secundário e na graduação do ensino superior as mulheres superaram os níveis educacionais dos homens antes do final do século XX. No plano internacional, a redução do hiato de gênero e o maior acesso das mulheres à educação foram objetivos prioritários da IV Conferência Mundial das Mulheres, em Beijing, no ano de 1995, dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) em Nova Iorque, 2000, assim fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da agenda global pós-2015 da ONU.

Mas na pós-graduação, a reversão do hiato de gênero no Brasil só ocorreu na primeira década do século XXI. Como mostra o gráfico acima, a percentagem de mulheres concluintes do mestrado ultrapassou 50% na virada do milênio e os anos 2000 começaram com mais mulheres concluindo o mestrado em relação aos homens. E esta diferença se ampliou nos anos seguintes com aumento da vantagem feminina. No doutorado, a paridade de gênero foi atingida por volta de 2007 e a partir de 2008 a percentagem de mulheres concluintes do doutorado ultrapassou a percentagem masculina. E da mesma forma, que nos graus anteriores, a diferença em favor das mulheres está se ampliando.

O gráfico abaixo mostra que o processo de reversão do hiato de gênero na educação brasileira é um fenômeno histórico e intergeracional. Nota-se que os homens acima de 60 anos possuem uma maior percentagem de mestres do que as mulheres. Mas abaixo dos 60 anos a vantagem é feminina e a percentagem de mulheres com título de mestrado aumenta para as gerações mais novas, especialmente entre 20 e 34 anos. Entre os doutores acontece algo semelhante, só que a vantagem masculina se dá a partir dos 45 anos e a vantagem das mulheres com título de doutorado acontece nas coortes entre 10 e 34 anos, mas em menor proporção do que no caso do mestrado.

 (Foto: EcoDebate)

Quando se trata de observar o hiato de gênero na educação, o Brasil já superou as metas estabelecidas nos Objetivos do Milênio e nos ODS. Hoje em dia, nesta área, as desigualdades são reversas e as mulheres ampliam as vantagens educacionais sobre os homens, inclusive na pós-graduação.

Referências:

ALVES, J.E.D, CORREA, S. Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil: um panorama preliminar, 15 anos depois do Cairo. In: ABEP, Brasil, 15 anos após a Conferência do Cairo, ABEP/UNFPA, Campinas, 2009.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/outraspub/cairo15/Cairo15_3alvescorrea.pdf 

BELTRÃO, K., ALVES, J.E.D. A reversão do hiato de gênero na educação brasileira no século XX. Cadernos de Pesquisa, FCC, São Paulo, V. 39, n. 136, jan/abr 2009, pp 125-156.
http://www.scielo.br/pdf/cp/v39n136/a0739136.pdf 

Marie-Jean-Antoine-Nicolas Caritat, Marquis de Condorcet, The First Essay on the Political Rights of Women. A Translation of Condorcet’s Essay “Sur l’admission des femmes aux droits de Cité” (On the Admission of Women to the Rights of Citizenship). By Dr. Alice Drysdale Vickery (with preface and remarks) (Letchworth: Garden City Press, 1912).
http://oll.libertyfund.org/titles/condorcet-on-the-admission-of-women-to-the-rights-of-citizenship 

Rodolfo Almeida e Gabriel Zanlorenssi. Qual o gênero e a idade de mestres e doutores no Brasil, NEXO, 23/05/2018 https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/05/23/Qual-o-g%C3%AAnero-e-a-idade-de-mestres-e-doutores-no-Brasil 

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