Proibição do sacerdócio feminino pode trazer uma “lenta morte” para a Igreja

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14 Fevereiro 2019

Uma ministra do governo irlandês alertou que a proibição do sacerdócio feminino do catolicismo é uma “discriminação descarada”, e poderia provocar a “lenta morte” da Igreja.

A reportagem é publicada por The Tablet,12-02-2018. A tradução é de Natalia Froner dos Santos.

Em um discurso intitulado “Uma Comunidade de Fé: Por que a Igreja Católica deve abrir todos os ministérios às mulheres”, a ministra da Cultura, Patrimônio e Gaeltacht, da Irlanda, Josepha Madigan, disse que o papel das mulheres no sacerdócio ainda é considerado um tabu nos mais altos níveis da Igreja Católica. “Do que a Igreja tem medo?” perguntou ela.

Seu discurso, que aconteceu essa semana ao fórum We Are Church, deveria ter sido realizado no Mercy International Center, em Dublin, mas teve que ser transferido para um hotel, após apoiadores pró-vida ameaçarem protestar contra o apoio da ministra ao aborto.

“No meu ponto de vista, como católica, não deveria causar surpresa ver uma mulher no altar, até mesmo no próprio sacerdócio”, disse a política, que serviu como Ministra da Palavra em sua paróquia em Dublin.

A ministra do Fine Gael destacou que ela estava falando como membro da Igreja, uma das milhões em todo o mundo.

“Realmente acreditamos que Deus discriminaria contra [mulheres que sentem o chamado para o sacerdócio] como faz a Igreja Católica puramente baseada no gênero?”

Ela pediu para as mulheres terem um envolvimento maior em sínodos e em comissões do Vaticano.

“Uma igreja sem mulheres em sua liderança é uma igreja mais fraca. Uma mudança de paradigma sobre a liderança da igreja é extremamente necessária”, ela disse. “Eu sou uma filha, uma esposa, uma mãe, eu sou uma mulher e posso dizer-lhes agora que se queremos uma igreja adequada para nossas filhas, corações e mentes precisam mudar. As mulheres estão esperando. As mulheres estão assistindo.”

Manifestantes do lado de fora do local pediam que a ministra fosse “publicamente excomungada” pela Igreja, por causa de suas opiniões sobre o aborto e sacerdócio feminino.

A ministra Madigan disse: “Sempre haverá alguns elementos exigindo que eu seja excomungada, isso não é uma surpresa para mim e não me machuca mais.” Diferentemente dos padres que poderiam ser censurados pelo Vaticano, ela disse que é “membro comum da Igreja Católica” e “portanto tenho liberdade para falar sobre inadequações e discriminações que eu vejo na Igreja.”

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