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Slow Food, economia local e comunitária: antídotos ao soberanismo. Entrevista com Carlo Petrini

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22 Setembro 2018

Os “no global”, ou ativistas antiglobalização, nascidos na virada do milênio, foram um movimento forte, generalizado, eficaz. Poderíamos até dizer que foram justamente eles que chamaram a atenção para os novos grandes problemas que a globalização estava produzindo no mundo.

A reportagem é de Luciana Castellina, publicada por Il Manifesto, 20-09-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foram um movimento de esquerda, porque identificaram no capital financeiro e no liberalismo o motor da nova estrutura. Há algum tempo, a partir destes anos de crise, o ataque contra a globalização parte principalmente de outro lado: dos soberanistas de todos os tipos, que, em nome do retorno às “pequenas pátrias”, entrelaçam-se quase sempre com o racismo.

“Cada um na sua casa”, em suma, é a opinião sobre o livre movimento dos humanos associado com o liberalismo, que, por sua vez – como bem sabemos –, exclui da mobilidade justamente eles, enquanto solicita uma ilimitada e desregulada troca de mercadorias, serviços e capitais.

Falamos a respeito disso com Carlo Petrini, fundador do Slow Food, às vésperas da 12ª edição do Terra Madre, o Salão Internacional do Sabor que começou nessa quinta-feira, 20, em Turim, Itália.

Eis a entrevista.

Não há o risco de criar uma grande confusão também em torno de muitos slogans do Slow Food: o queijo Rochefort, por exemplo, impugnado por José Bové na grande manifestação de Seattle que, em 1999, desafiou a Organização Mundial do Comércio que, naquela cidade, realizava a sua cúpula, era uma reivindicação patriótica? Ou, em vez disso, com aquele gesto, o camponês francês reivindicava o valor, também cultural, de um produto que trazia a marca do território onde foi concebido e reproduzido durante séculos, protestando contra a padronização dos alimentos, contra a “sottillette” rainha dos McDonald’s? O “mercadinho quilômetro zero” não corre o risco de se tornar a bandeira dessa regurgitação soberanista, ou é possível dar a entender que a defesa da diversidade não é um localismo fechado?

É preciso estar atento ao equívoco das palavras. Para o Terra Madre, assim como em geral para todo o movimento Slow Food, a globalização é o sistema econômico-financeiro que sufoca as pequenas realidades empresariais locais em nome das multinacionais e dos grandes poderes que dominam o mundo. O objetivo do nosso movimento é deslocar o centro de gravidade das decisões para colocá-las nas mãos daqueles que atuam no território, mas isso não tem nada a ver com o localismo e, em vez disso, solicita e promove a vitalidade econômica e, para isso, busca o debate com o mundo.

Não somos contra a troca, mas defendemos uma troca da qual os protagonistas sejam os seres humanos que atuam nos territórios, não as multinacionais e os seus epígonos: os supermercados. Isso é modernidade, não aquela de poucos, que foca seus serviços para poucos, um modo totalmente centrado no valor de troca, e não na colaboração, na fraternidade.

O que eu quero dizer é que a economia local não é uma dimensão restritiva, fechada, mas é a economia daqueles que atuam no próprio território e querem dialogar e trocar experiências e criatividade com outros territórios. Nós somos otimistas. Em um tempo em que tudo parece degenerar, pelo menos alguma coisa vai bem: há um retorno de jovens que se engajam na pequena empresa e que gostam de debater, compartilhar. A redescoberta de uma dimensão comunitária não tem nada a ver com o fechamento soberanista e racista. Ela é hoje um grande recurso contra a crise da participação, que se esforça para encontrar canais, dada a crise e, portanto, o declínio das formas tradicionais, os partidos, os sindicatos, acima de tudo.

Fritjof Capra, um dos maiores ecologistas do nosso tempo, sempre repete, com razão, que a comunidade será a dimensão da convivência do futuro, porque, na comunidade, a segurança é confiada à afetividade. É um grande desafio, que não suprimirá, mas, ao contrário, tornará a troca mais plural, não mais restrita a um punhado de protagonistas. Em uma palavra, ampliará a participação no mundo.

“Ajudemo-los na casa deles”: eis outro slogan de significado ambíguo. É claro que isso seria preciso, e os primeiros a ficar contentes em ficar na própria casa seriam os migrantes, aliás. Na realidade, no entanto, esse slogan soa diferente. Ele diz: “Vão para a casa de vocês”. Seria possível hoje – e se sim, como – realmente ajudar os povos daquele que outrora chamávamos de “terceiro mundo”, que eram então os continentes ex-coloniais?

Conhecemos as devastações que o colonialismo produziu, impondo monoculturas, trocas desiguais, depredando esses países de preciosas energias humanas. Deve-se somar a isso, hoje, a catástrofe climática. Hoje, as culturas devem ser deslocadas 150 quilômetros mais ao norte e 150 metros mais para cima para aguentarem as mudanças ocorridas. Para bloquear os processos em curso, a agricultura desempenha um papel decisivo.

De fato, esse setor é, ao mesmo tempo, vítima e carnífice, isto é, produtor de degradação climática. Hoje, no seu conjunto, ela incide em 34% afetam nessa frente. Muito mais do que a mobilidade, que geralmente é considerada como o principal fator do desgaste. Mas a agricultura pode ou poderia ser a solução. Se conseguíssemos obter uma mudança dos modelos alimentares da humanidade.

Então, acima de tudo, “ajudá-los na casa deles” significaria reduzir o impacto climático, reduzindo em pelo menos 50% o nosso consumo de carne. Mas essa redução deve ser feita pelos habitantes do Norte, são eles que consomem uma média de 92 quilos de carne por ano por pessoa (125 quilos nos Estados Unidos), uma quantidade insustentável. Eles se tornam a primeira causa que empobrece a todos, mas, em particular, a agricultura do Sul do mundo, afetada pela seca e todo o resto.

Eu não sou vegano, mas me comprometo e peço a todos que reduzam em 50% o seu próprio consumo de carne. No fundo, há 100 anos, consumíamos 22 quilos por ano e sobrevivemos mesmo assim. Essa não é uma escolha que pode ser imposta pelos governos, com uma lei. É uma escolha de comportamento, que deve ser adotada por cada um. Os comportamentos hoje incidem enormemente. É preciso subjetividade dos comportamentos individuais e coletivos. Adotá-los é política.

É preciso impedir a catástrofe climática, mas também criar as condições para um desenvolvimento ecossustentável, impossíveis enquanto os mercados dos países pobres continuarem sofrendo a invasão de produtos estrangeiros (e dos relativos modelos culturais), as leis da troca desigual.

É o grande engano das “ajudas”, cada vez mais voltadas para a criação de estruturas e de condições para absorver as exportações, e não para permitir um desenvolvimento sustentável da agricultura. As chamadas ajudas hoje na África são entregues nas mãos de governantes canalhas, que as usam para abrir as portas para a invasão (e para chegar à Europa de avião, em vez de barco).

As ajudas da União Europeia poderiam realmente ajudar se, em vez de serem voltadas ao incremente do comércio mundial, fossem usadas para responder às exigências – acima de tudo alimentares – locais. No sentido, obviamente, de ajudar a construir as estruturas que possibilitem que as populações conquistem a soberania alimentar, que não fiquem mais à mercê de alguns pacotes de presente.

Não é possível resolver o problema das migrações massivas que hoje ocorrem se não entendermos o que a globalização, ou seja, o poder excessivo do capital financeiro e das multinacionais, está produzindo no mundo.

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