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A verdade sobre o Pe. Paolo Dall’Oglio, desaparecido há cinco anos na Síria: quem eram seus inimigos?

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30 Julho 2018

Passaram-se cinco anos desde o desaparecimento de Paolo Dall’Oglio na Raqqa do fim de julho 2013 controlada pelo ISIS e dilacerada pela violência da guerra civil síria. Apenas cinco anos, mas a figura do jesuíta incômodo por antonomásia já foi distorcida e manipulada, especialmente mas não só, pelos defensores da restauração imposta com punho de ferro pela ditadura de Bashar Assad apoiada pelo Irã, Rússia e o Hezbollah xiita libanês.

A reportagem é de Lorenzo Cremonesi, publicada em Corriere della Sera, 28-07-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Padre, “Abuna”, Paolo torna-se, nessa leitura simplificada, censurada e distorcida, uma das muitas vítimas dos grupos extremistas islâmicos, uma espécie de sonhador ingênuo que, na vã e ilusória utopia de buscar um diálogo de pacificação nacional, foi brutalmente assassinado (já são pouquíssimos que duvidam que ele esteja morto) por aquelas mesmas forças do mal que agora os militares de Assad e seus aliados finalmente debelaram.

Mas para quem teve a oportunidade de encontrar e conhecer Paolo Dall’Oglio é evidente que a realidade é muito diferente, senão até oposta. Dito de modo brutal: tanto o regime quanto grande parte da Igreja local síria eram inimigos acérrimos do jesuíta italiano. Uma hostilidade que se tornara total nos últimos meses antes da sua viagem fatal à cova do ISIS, mas que, de forma menos aguda, perdurava há anos.

E isso pelo fato de Paolo ser um personagem incômodo, inconveniente, puro demais e desejoso de uma verdade coerente para poder conviver com a antiga e orgânica aliança entre a ditadura – os seus aparatos de segurança, a sua repressão organizada – e a nomenklatura das Igrejas cristãs locais.

Na primavera de 2012, encontramos Paolo Dall’Oglio durante dois longos dias no seu eremitério de Mar Musa, no meio do deserto, a mais de 100 quilômetros de Damasco. Nas conversas noturnas, ele lembrou a sua militância juvenil nos círculos em Turim da Lotta Continua nos anos 1970, a escolha de se unir aos jesuítas, a primeira fase do seu trabalho no Líbano, o seu amor pelo Islã, o seu profundo conhecimento da língua e da cultura árabes, a sua defesa contra aqueles que o acusavam de ser sincretista demais ao promover o necessário valor do diálogo islâmico-cristão.

E, sobre a questão síria, ele foi imediatamente muito claro: as revoltas insurrecionais contra o regime eram legítimas, justas e deviam ser apoiadas. Era preciso, para esse fim, suavizar os aspectos extremistas dos grupos jihadistas que estavam crescendo entre as curvas da revolta popular e dos confrontos de rua. Ele estava bem ciente dos crescentes temores entre a população cristã local. E, precisamente por esse motivo, era preciso diálogo.

Em síntese: deviam ser criadas as bases para uma nova Síria tolerante e democrática, destinada a substituir os horrores do regime. Ele temia os agentes e os assassinos de Assad, entre eles também cristãos. Ele falava com desprezo da famigerada “Shabiha”, composta por esquadrões de militantes que, muitas vezes, se disfarçavam de jihadistas para eliminar brutalmente os elementos moderados da revolução.

Mas havia mais. O Pe. Paolo, há muito tempo, estava em confronto aberto com os bispos sírios. Sua posição era apoiada por alguns elementos do Vaticano. Se fosse pela hierarquia eclesiástica de Damasco, ele teria sido expulso ao exterior há muito tempo. Ele não ficava em silêncio. No Vaticano, denunciava continuamente a corrupção e a moralidade duvidosa de alguns altos prelados sírios.

Por exemplo, ele denunciou a pedofilia de Dom Isidoro Battikha, nascido em Aleppo em 1952, onde havia sido ordenado sacerdote da Ordem Basiliana Aleppina dos Melquitas e, depois, arcebispo emérito de Homs. Uma acusação que tinha sido recebida pela Sacra Rota, a ponto de levar o alto tribunal vaticano, com o consentimento do Papa Bento XVI, a transferir o prelado, às pressas e em sigilo, para a Venezuela.

Em 2012, a raiva reinava nas Igrejas sírias. “Paolo é um espião do Mossad, um agente da CIA, um inimigo da Síria e dos sírios”, denunciavam abertamente, inclusive ao enviado do Corriere della Sera.

Em Qamishli, na região semiautônoma curda na fronteira com a Turquia, o Patriarcado Armênio informou ainda que, há dois anos atrás, após o sequestro de Paolo, os chefes do ISIS em Raqqa teriam oferecido uma troca de reféns com o regime. Mas não teria havido nenhum prosseguimento. Os aparatos do regime teriam rejeitado imediatamente a proposta.

Na verdade, Damasco teria ficado muito feliz com a sua eliminação. Com um valor a mais: o inimigo Paolo, morto, paradoxalmente, poderia servir para legitimar novamente a causa de Assad aos olhos do mundo cristão ocidental. Além do dano, o deboche: o íntegro jesuíta, vítima da manipulação da sua memória, torna-se o involuntário cúmplice da ditadura que agora se tornou mais vital e agressiva do que nunca.

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