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O cardeal belga que realmente moldou o destino de Francisco

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25 Julho 2018

Cardeal Cardijn (Foto: Reprodução Youtube)

“De fato, não é possível fazer uma linha reta entre o legado do Cardijn e Papado de Francisco – a história é complicada demais para isso, e existem muitos pontos intermediários ao longo do caminho o belga do século XX e o primeiro Papa vindo do mundo em desenvolvimento no século XXI”, escreve John L. Allen Jr., jornalista, em artigo publicado por Crux, 24-07-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

"Ainda assim, - conclui o jornalista - a história de Cardijn é um lembrete de que Francisco não veio do nada. Seu papado pode ser visto como a confluência de uma série de energias e impulsos que vêm sendo construídos no catolicismo há mais de um século - contestados e, às vezes, sufocados, com certeza, mas nunca totalmente contidos".

O Cardeal belga Joseph Cardijn com jovens trabalhadores. (Crédito: Associação Internacional de Cardijn)

Eis o artigo.

Fãs de intrigas do Vaticano, sem dúvida, diriam que o cardeal belga com maior influência direta sobre o Papa Francisco é Godfried Danneels de Bruxelas, membro do chamado "Grupo St. Gallen". É dito que este grupo com viés progressista tentou bloquear a eleição de Bento XVI em 2005, e cujos remanescentes, se alega, ajudaram a alçar Francisco ao papado.

Observadores mais sóbrios, no entanto, provavelmente diriam que a resposta correta é na verdade o cardeal belga Joseph Leo Cardijn, famoso pioneiro do método "Ver-julgar-agir" na aplicação da doutrina social católica, cuja morte completa 51 anos no dia de hoje.

A ligação entre Francisco e Cardijn passa, em parte, por Santo Alberto Hurtado, reverenciado jesuíta chileno muito familiar ao futuro Papa, então padre Jorge Mario Bergoglio. Este último passou o ano de 1960 vivendo na mesma casa de estudos onde Hurtado viveu e trabalhou durante grande parte da sua carreira.

Olhando para história católica dos últimos 135 anos desde o nascimento de Cardijn, em 1882, é fácil ligar os pontos entre a agenda do primeiro Papa argentino da história e seu legado.

Cardjin nasceu em uma família de classe trabalhadora. Seus pais eram inicialmente superintendentes de um bloco de apartamentos. Depois, seu pai se tornou pequeno comerciante de carvão enquanto sua mãe trabalhava numa cafeteria.

O jovem Cardijn decidiu que queria ser padre e alegremente entrou no seminário menor em 1897. Quando chegou de férias em casa pela primeira vez, no entanto, ficou chateado ao ser recebido de maneira fria por seus antigos amigos filhos de trabalhadores. Estes pensavam que Cardijn teria tomado partido contra eles ao entrar para a Igreja.

Em 1903, quando seu pai morreu, Cardijn jurou dedicar sua vida a servir a classe trabalhadora. Em1925, seu movimento que viria a se tornar o "Juventude Operária Cristã" tinha muita força, basta dizer que ele conseguiu uma audiência com o Papa Pio XI, que o recebeu com um abraço caloroso.

"Finalmente eis alguém que vem falar comigo sobre as massas! ... A igreja precisa dos trabalhadores e os trabalhadores precisam da Igreja”, disse o Pontífice.

"Não só abençoamos seu movimento, como o fazemos nosso", acrescentou Pio.

Dois elementos fundamentais da visão do Cardijn, que seriam aplicados na América Latina através do movimento das "comunidades de base" e no ensino da Conferência Episcopal da América Latina (CELAM), parecem ressoar especialmente bem com Francisco.

O primeiro é o seu famoso método de "Ver-julgar-agir" para discernir prioridades pastorais. Significa olhar ao redor para a realidade social, chegar a conclusões sobre o que o evangelho tem a dizer sobre isso e então colocar essas conclusões em prática.

É uma abordagem efetiva e indutiva, ao invés de dedutiva, que começa não com a doutrina a priori, mas olha para o que está acontecendo no concreto aqui-e-agora. Isso foi ratificado explicitamente pelo Papa São João XXIII, em sua Encíclica de 1961 Mater et Magistra, um documento para o qual o Pontífice pediu a Cardijn servir como um dos principais assessores.

Para Francisco, que constantemente alerta dos perigos da "rigidez" intelectual e da exclusão das vidas de pessoas comuns, o apelo é óbvio. É, sem dúvida, por isso que "Ver-julgar-agir" é a estrutura básica do documento de Aparecida de 2007 dos Bispos Latino-Americanos, do qual o então cardeal Jorge Mario Bergoglio era um dos principais redatores.

O segundo pilar do pensamento do Cardijn envolve a primazia dos leigos em termos de evangelizar as classes trabalhadoras.

Como jovem pastor, Cardijn tinha sido encarregado da Paróquia Real de Laeken, em Bruxelas, localizada perto do Palácio do Rei e da Rainha. Na época, a área da paróquia também serviu de lar a 13.000 cansados e mal-pagos trabalhadores. Cardijn tentou acompanhá-los no chão de fábrica, mas ficou consternado ao encontrar placas em que se lia "apenas trabalhadores."

Num sentido muito literal, percebeu que, se o Evangelho era para ser levado para dentro da fábrica, teria de ser pelos próprios trabalhadores.

Este instinto, também, claramente conflui com a perspectiva de Francisco, que tem repetidamente convocado maior protagonismo leigo no catolicismo, especialmente no que toca as mulheres. (Vale notar, a propósito, que o grupo original de trabalhadores que Cardijn organizou era de jovens mulheres trabalhadoras.)

Cardijn tinha forte apoio dos papas de sua época, apesar de ter muitos críticos ao longo dos anos que o acusaram de ser um comunista enrustido e de relativizar a fé em favor de um consenso social maleável.

Em 1950, por exemplo, Papa Pio XII nomeou Cardijn "Capelão de Sua Santidade", permitindo-lhe usar o título de "Monsenhor". Em 1965, apenas dois anos antes de sua morte em 24 de julho de 1967, o Papa Paulo VI o nomeou cardeal.

De fato, não é possível fazer uma linha reta entre o legado do Cardijn e Papado de Francisco – a história é complicada demais para isso, e existem muitos pontos intermediários ao longo do caminho do belga do século XX e o primeiro Papa vindo do mundo em desenvolvimento, já no século XXI.

Ainda assim, a história de Cardijn é um lembrete de que Francisco não veio do nada. Seu papado pode ser visto como a confluência de uma série de energias e impulsos que vêm sendo construídos no catolicismo há mais de um século - contestados e, às vezes, sufocados, com certeza, mas nunca totalmente contidos.

Leia mais

  • O pensamento de Jorge Mario Bergoglio. Artigo de Massimo Borghesi. Cadernos Teologia Pública, Nº 132
  • O cardeal que ensinou a Igreja a "ver, julgar e agir"
  • Ver, julgar e agir: 50 anos de prática social católica
  • A JOC belga não é mais nem operária nem católica
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  • O movimento operário morreu. Só a Igreja está tentando reagir. Entrevista com Fausto Bertinotti
  • A história dos padres operários depois de 1965 ainda está por ser escrita

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