França. Reabre-se o caso dos padres pedófilos: cardeal Barbarin será julgado

Foto: Peter Potrowl /Flickr

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20 Setembro 2017

Reabre-se o caso dos padres pedófilos na França. O cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, será julgado de 4 a 6 de abril do ano que vem por não ter denunciado agressões sexuais contra menores cometidas por um padre da sua diocese há mais de 25 anos: é o que relata a Justiça francesa citada pela BFM-TV. O cardeal deve comparecer junto com outras seis pessoas. Em julho passado, o caso havia sido encerrado sem nenhuma hipótese de crime, mas as vítimas do Pe. Preynat o reabriram.

A reportagem é do sítio Vatican Insider, 19-09-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Após o arquivamento de meados do ano passado, o caso parecia definitivamente encerrado. Mas dez vítimas do Pe. Preynat – investigado no ano passado por abusos sexuais perpetrados até 1991 contra um grupo de escoteiros da região de Lyon – apresentaram outro recurso. De sua parte, a diocese de Lyon logo denunciou uma “obstinação”.

Barbarin, 66 anos, é acusado de não ter denunciado as ações do Pe. Preynat, embora soubesse delas, e de tê-lo mantido no seu posto ao lado de crianças até 2015. A advogada das vítimas, Nadia Debbache, ressalta que o caso “não diz respeito a uma única pessoa: cada uma no seu nível participou dele, inclusive no Vaticano”.

Além de Barbarin – escreve a versão francesa do Huffington Post – foram chamados a comparecer no tribunal o arcebispo de Auch, Maurice Gardès, e o bispo de Nevers, Thierry Brac de la Perrière, ex-membros da diocese de Lyon, e também Luis Ladaria Ferrer, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano.

Também foram citados a ex-chefe de gabinete do cardeal, Pierre Durieux, hoje em Nantes, Régine Maire, encarregada da célula de escuta às vítimas, e o vigário, Xavier Grillon, na época, superior hierárquico direto do Pe. Preynat.

Ladaria Ferrer é chamado a comparecer – escreve a agência Ansa – por ter sido consultado sobre o caso pelos prelados franceses. De acordo com uma carta apreendida durante as investigações, ele assegurou ao arcebispo de Lyon que havia tomado “todas as medidas disciplinares adequadas, evitando o escândalo público”. O que, de acordo com outro advogado das vítimas, Jean Boudot, significava “não se dirigir à Justiça”.

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