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Generosidade é termo desconhecido no mundo em que os jovens habitam

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12 Setembro 2017

"Os jovens estão com medo, e com razão. Não se pode confiar em vínculos afetivos duradouros. O egoísmo é a grande revolução moral moderna. Quase todo mundo é instrumental (termo chique para interesseiro). As pessoas não confiam uma nas outras porque estão mais "críticas" (isto é, mais chatas). Todo mundo quer serviços e direitos. Generosidade é um termo desconhecido no mundo em que os jovens habitam", escreve Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor e ensaísta, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 11-09-2017.

Segundo ele, os jovens "correm como podem atrás de uma promessa que jamais acontecerá: a realização da tal vida equilibrada entre "valores" que transcendem o mundo material e as escandalosas provas evidentes de que serão julgados pelos critérios mais cruéis que regem qualquer alma de um banqueiro".

Eis o artigo.

Uma pergunta que ouço com frequência é: "Você acha que os jovens estão prontos para fazer um mundo melhor?". Ou "um Brasil melhor?" Detesto quando me perguntam isso.

Convivo diariamente com jovens há 20 anos. Tenho discutido isso com eles há algum tempo desde que passei a sentir esse estranhamento quando muita gente insiste em me fazer essa pergunta, na maioria da vezes, usando daquele tom de "assunto sério" cheio de suposta preocupação com "um mundo melhor".

Já disse antes, e reitero, que não confio em quem diz querer construir um mundo melhor, mas aqui a coisa vai mais longe.

Vou responder para você diretamente se os jovens estão prontos para fazer um mundo melhor. E, adianto que a suspeita de que minha "amostra" é viciada é uma suspeita, ela sim, viciada. O universo de jovens com quem converso hoje vai além da sala de aula imediata, devido às redes sociais, principalmente. Várias classes sociais. E mais: não precisa ser um gênio para saber o que ocupa as mentes dos mais jovens nesse mundo sem Deus em que vivemos.

Não, os jovens não estão preparados para fazer um mundo melhor. Nenhum jovem nunca esteve. Essa ideia é um fetiche vagabundo de alguns poucos jovens dos anos 1960 e adjacências. Ou de artistas que fazem desse fetiche seu mercado de consumo.

Os jovens estão com medo, e com razão. Querem estágios, mas, cada vez mais as empresas querem que eles trabalhem de graça ou, as mais "descoladas", que eles (quase) paguem para estagiar nelas. A ideia é que eles estariam ganhando experiência e a chance, divina, de conviver com profissionais superbacanas.

Os jovens estão com medo, e com razão. Olham para o mercado de trabalho e sabem o que os espera, à medida que o capitalismo se faz chinês. Salários miseráveis, competição avassaladora (esse papo de economia colaborativa é para gente bacana feita de silício), incerteza como substancia essencial do futuro. Hoje você tem emprego, amanhã quem sabe. Os horários são flexíveis. Que legal! Trabalhe o tempo todo, 24/7 (24 horas por dia), via WhatsApp, Facebook, o diabo a quatro.

Os jovens estão com medo, e com razão. Não se pode confiar em vínculos afetivos duradouros. O egoísmo é a grande revolução moral moderna. Quase todo mundo é instrumental (termo chique para interesseiro). As pessoas não confiam uma nas outras porque estão mais "críticas" (isto é, mais chatas). Todo mundo quer serviços e direitos. Generosidade é um termo desconhecido no mundo em que os jovens habitam.

O elemento natural desse mundo é a demanda, a exigência, o ressentimento e a raiva. Além, claro, da intolerância para qualquer coisa fora da "cartilha do bem" que enfiam goela abaixo deles nas escolas que são mais igrejas do que qualquer outra coisa.

Os jovens estão com medo, e com razão. Olham para os mais velhos e veem um bando de gente imatura fingindo que tem 25 anos mentais. O culto do retardamento mental como forma de autonomia. Professores que mais parecem mendigos em busca de autoestima.

E quem adora atormentar esses coitados, cobrando deles o que é impossível entregar?

Gente chata que acha que fracassou na vida e, por isso, vive sonhando com um mundo melhor, em que ele ou ela pudesse ter a felicidade que não conseguiu ter na sua vida que já passou em alguma medida.

Falam coisas como "ensinar aos jovens amar e respeitar a todos", como se todo mundo de fato "merecesse" ser amado no mundo.

O ódio, o desencanto, a desesperança têm seu lugar no panteão de reações possíveis na vida. E você não é, necessariamente, um fracassado porque se ressente de ter sido derrotado pela máquina do mundo. A máquina do mundo tritura esperanças, projetos e corpos a cada dia mais e de modo mais veloz.

Essa velocidade é, exatamente, o que os jovens sentem na pele. Correm como podem atrás de uma promessa que jamais acontecerá: a realização da tal vida equilibrada entre "valores" que transcendem o mundo material e as escandalosas provas evidentes de que serão julgados pelos critérios mais cruéis que regem qualquer alma de um banqueiro.

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