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'Extra ironiam nulla salus'. Não há salvação sem o riso

Foto: Dombrowski/ Flickr

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23 Junho 2017

Gianfranco Ravasi, cardeal, comenta o livro de Hugo Rahner, O homem que brinca, em tradução livre, recentemente republicado na Itália. Segundo Ravasi, o teólogo alemão, jesuíta, "teceu um palimpsesto extraordinário de referências e citações, mas também ao mais sério Lutero, que não hesitou em assim descrever a glória celestial: “Então o homem com o Céu e com a Terra, brincará com o Sol e com todas as criaturas. E todas as criaturas experimentarão um prazer imenso e uma felicidade lírica e rirão contigo, Senhor”.

O artigo do presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, é publicado por Il Sole 24 Ore, 18-06-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A Bíblia conta que "as ruas de Jerusalém se encherão de meninos e meninas brincando". O papel da ironia, alegria e jogo no plano salvífico.

No mundo acadêmico existe de longa data um ritual que tem sua codificação em um livro, identificado geralmente pelo idioma considerado mais "científico", o alemão, Festschrift (livro de homenagem). Como se sabe, é uma coleção de artigos destinados a marcar a celebração de algum aniversário ou a docência de um catedrático: naquelas páginas convergem ensaios diferentes, às vezes bem relevantes, outras vezes (é preciso confessar) textos engavetados que são espanados e arejados para a ocasião. Na minha idade muitas vezes já fui convidado a escrever alguns prefácios gerais para tais publicações. Aconteceu, então, que no ano passado redigi uma introdução para uma coleção de estudos dedicados a um teólogo criativo que sempre leio com bastante interesse e que já tive oportunidade de analisar em resenhas aqui na revista, o lombardo Roberto Vignolo.

O que me surpreendeu, por causa de sua provocação, inclusive teológica, foi o título dessa série de ensaios, Extra ironiam nulla salus (Glossa, Milão 2016). Um título certamente caro ao homenageado que muitas vezes aventurou-se nessa virtude (não confundir com a zombaria, o sarcasmo ou o escárnio vulgar) que aparece até mesmo na Bíblia. Isto é o que acontece no episódio protagonizado pelo profeta Jonas, até se chegar a um inesperado João evangelista, passando pelo mestre Kohelet / Eclesiastes, que teve séculos mais tarde como discípulo ideal Montaigne: autores que foram todos visitados por Vignolo justamente pelo seu especial viés irônico. Claro, a aristocrática eironeia grega foi etimologicamente uma "simulação" e celebrava o seu esplendor com a tragédia clássica, mas também com a gnosiologia socrática, como princípio de educação intelectual e moral (como atesta A República de Platão).

Mas a ironia muitas vezes aventura-se em outro horizonte humano capital, o jogo, tanto que Schiller em seu tratado A educação estética do homem (1795) não hesitou em declarar que "O homem joga somente quando é homem no pleno sentido do termo, e somente é homem pleno quando joga". Mas o paradoxo é que essa atividade tão humana destinada a cunhar o slogan homo ludens (quem não conhece o homônimo ensaio que o estudioso holandês Johan Huizinga publicou em 1938?) tornou-se uma das maiores analogias para representar Deus. Só para voltar às origens, basta pensar que a própria Bíblia não se envergonhava em retratar a Sabedoria criadora divina como uma garota que dançava alegremente no horizonte daquele mundo que estava florescendo de suas mãos (Provérbios 8,30-31).

Pois bem, Medusa, uma pequena editora de Milão - que nunca é banal em suas escolhas e que sempre deve ser espreitada por aqueles que amam as leituras refinadas, inesperadas, mas inteligentes, recuperadas muitas vezes dos arquivos do esquecimento injustificado - recentemente reapresentou um pequeno texto admirável de um importante teólogo alemão, Hugo Rahner, que não deve ser confundido com o irmão mais famoso Karl, este último um dos maiores pensadores religiosos do século passado. Na verdade, uma diferença objetiva logo salta aos olhos: a leitura de Karl Rahner é extremamente exaustiva pela própria complexidade da sua redação, aliás, por seu alemão tão aglutinante a ponto de resultar muitas vezes intraduzível, enquanto as páginas Hugo são deliciosas, agradáveis também por serem recheadas de referências literárias, artísticas, simbólicas (não é à toa que ele "ironizava" dizendo que, quando chegasse à aposentadoria, iria traduzir finalmente "para o alemão" as obras de seu irmão; mas a morte o atingiu antes, em 1968, aos 68 anos).

Qualquer comentário ao seu texto L’uomo che gioca (O homem que brinca, em tradução livre) é quase supérfluo. Nessa edição italiana, a versão de Alessandro Paci é prefaciada por um belo texto de Martino Doni, que talvez seja a única guia de leitura significativa, também porque amplia o horizonte temático criativamente, sob a insígnia do "paradoxo ludo-teândrico". Sim, porque o texto de Rahner é cadenciado ao longo dos quatro pontos cardeais que veem em ação a divindade e a humanidade.

Primeiramente, entra em cena o Deus ludens, um aspecto descrito com base naquela passagem do livro bíblico dos Provérbios que mencionamos acima, porque - como cantava nos seus Carmina, Gregorio de Nazianzo (século IV), um dos Padres da Igreja da Capadócia - "o sublime Logos joga: com as imagens mais coloridas adorna, a seu gosto e com toda forma, o cosmos". O mais especial "brinquedo" divino (já falava Platão) é, no entanto, a criatura humana livre.

A segunda pedra fundamental do livro é, então, o homo ludens, cuja serenidade jocosa é, no entanto, hibridizada pela seriedade, porque comédia e tragédia são muitas vezes contíguas (vejam-se as considerações do Filebo platônico): "não há jogo - afirma Rahner – sem uma profunda seriedade e até mesmo as crianças, quando brincam, penetram com uma força quase mítica no círculo mágico de dever absoluto e na sombra de uma possível perda". Entende-se, então, quão diferente é o jogo autêntico do regozijo grosseiro e narcotizante, não obstante o fato de que, mesmo nesse caso, extinto o prazer, assoma prepotente a tristeza, um pouco como os confetes espalhados na calçada e encharcados pela chuva noturna, após o carnaval dos Vitelloni de Fellini. Mas, para a festa, as criaturas humanas reúnem-se em comunidades porque, como Mark Twain escrevia em Seguindo o Equador (1897), "a dor basta a si mesma, mas para extrair o máximo da alegria é preciso ter alguém com quem partilhá-la".

Eis, então, o terceiro ponto cardeal, a Ecclesia ludens. Já a cidade ideal da profecia bíblica, a Jerusalém pacificada, experimentava "uma infantilidade redimida", que deveria agora brilhar na Igreja, a civitas Dei por excelência: "As ruas de Jerusalém se encherão de meninos e meninas brincando" (Zacarias 8.5). A irrupção da graça divina e o ritual festivo da liturgia deveriam criar na comunidade dos fiéis aquele maravilhoso retrato pintado por Notker, o monge gago de São Galo, que morreu em 912: “Aqui, sob as videiras amenas, ó Cristo, brinca em paz toda a Igreja, na segurança do jardim" que é, aliás, uma antecipação do “paraíso” (cujo significado básico é precisamente ‘jardim’). Somos, assim, levados para a última etapa do mapa "do jogo" de Rahner.

É a "dança celestial", ou seja, o jogo escatológico e transcendente que participa da harmonia astral: o classicismo, mas também a ciência clássica, reconhecem que nós já somos misturados com uma matéria estelar.

Aqui, no entanto, devemos deixar a palavra não só para a narrativa do teólogo que - como em todas as demais páginas de seu ensaio - teceu um palimpsesto extraordinário de referências e citações, mas também ao mais sério Lutero, que não hesitou em assim descrever a glória celestial: “Então o homem com o Céu e com a Terra, jogará com o Sol e com todas as criaturas. E todas as criaturas experimentarão um prazer imenso e uma felicidade lírica e rirão contigo, Senhor”.

Hugo Rahner, L’uomo che gioca, Medusa, Milão, pp. 130, € 13

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