30 Março 2017
Nossos ativistas surpreenderam hoje a companhia francesa na sua sede em Paris e em uma de suas refinarias na Bélgica com ações para denunciar ao mundo os controversos planos da empresa de explorar petróleo na costa da Amazônia
A reportagem foi publicada por Greenpeace Brasil, 28-03-2017.
Com escaladores, banners e óleo falso derramado em frente ao prédio, ativistas do Greenpeace alertam para o risco de vazamento de petróleo na região dos Corais da Amazônia (Foto: Greenpeace)
No início de 2017, nosso navio Esperanza realizou uma expedição a 100 quilômetros da costa norte do Brasil para registrar as primeiras imagens dos Corais da Amazônia. À bordo estava a equipe de cientistas brasileiros que confirmou a existência do recife em 2010. As imagens superaram nossas expectativas. Conseguimos observar um bioma único, composto por diferentes espécies de corais, esponjas e rodolitos, lar de um número imensurável de animais marinhos – e três possíveis novas espécies de peixes.
Mas uma grande ameaça está se aproximando desse tesouro. Companhias petrolíferas, incluindo a empresa francesa Total e a britânica BP, querem perfurar a região em busca de petróleo. Mas isso significa trazer o risco iminente e constante de um derramamento, ameaçando todo o ecossistema da Bacia da Foz do Amazonas. O bloco mais próximo dos Corais da Amazônia fica a apenas 8 km de distância. E é de propriedade da Total.
A gigante do petróleo que afirma ser “verde” foi fundada pela França em 1924. Cinco anos depois, começou a expandir suas operações internacionalmente, a ponto de operar hoje em 130 países.
A primeira vez que a Total perfurou o fundo do mar foi em 1961, no mar do Gabão, bem longe do seu próprio país. Já a primeira operação de perfuração em águas profundas foi realizada vinte anos depois no Mediterrâneo.
Em 2014, a Total revelou seu novo slogan e lema: “Comprometidos com a melhoria da energia”. É uma mensagem bastante destoante para um gigante da indústria do petróleo. No entanto, essas belas palavras serão vazias se a Total insistir no plano absurdo de explorar petróleo na região dos Corais da Amazônia. Juntamente com outras companhias, incluindo a BP, a Total gastou US$ 300 milhões para adquirir cinco blocos de exploração e deverá investir mais US$ 300 milhões na primeira fase de perfuração exploratória.
O tempo está passando e a empresa quer começar a explorar já neste ano. Mas não podemos deixar a ganância de uma gigante da indústria petrolífera colocar em risco esse novo bioma.
Os ativistas do Greenpeace também colocaram uma gigantesca imagem dos corais da Amazônia em um dos tanques da refinaria da Total, na Bélgica (Foto: Greepeace)
Até este 27 de março, a Total não mostrou que está disposta a abandonar seus planos de explorar petróleo próximo aos Corais da Amazônia. Este é o momento de você se posicionar. Junte-se mais de 800 mil pessoas pessoas ao redor do mundo que já estão defendendo esse tesouro natural.
Assine nossa petição, compartilhe as notícias em suas redes sociais. Defenda os Corais da Amazônia!
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Total, fique longe dos Corais da Amazônia! - Instituto Humanitas Unisinos - IHU