23 Março 2017
A instalação do empreendimento hidrelétrica de Teles Pires, entre o Pará e Mato Grosso, está causando a escassez de peixes na região do Rio Teles Pires e impactando as aldeias indígenas no entorno. “O peixe está magro, está morrendo. Não só os peixes, os botos também”, relata a indígena Iandra Waro Munduruku, da Aldeia Teles Pires.
A reportagem foi publicada por Amazônia, 21-03-2017.
O depoimento faz parte do projeto Vozes dos Atingidos, que semanalmente divulga vídeos com opiniões dos atingidos pelo empreendimento hidrelétrico. Realizado pelo Fórum Teles Pires, o objetivo é dar espaço para vozes que tendem a ser ignoradas durante o processo de consolidação de grandes empreendimentos na Amazônia.
A saúde e a cultura também foram impactadas, segundo o relato. “Hoje em dia está muito grande o número de crianças com micose, com conjuntivite e outras coisas que não sabemos o que é. A preocupação é grande porque afeta a gente, afeta a cultura e a nossa crença”, afirma.
Assista ao vídeo:
A primeira entrevista foi com a indígena Judite Kayabi, da Da Aldeia Kururuzinho, que fica de um lado do braço do rio Teles Pires, no Pará. Ela também criticou a qualidade da água do Rio Teles Pires e sobre os impactos nos peixes. Veja aqui.
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“O peixe está magro e está morrendo”, afirma indígena Munduruku sobre o rio Teles Pires - Instituto Humanitas Unisinos - IHU