20 Dezembro 2016
Ministério Público Federal entrou na Justiça para que suspeito volte à prisão. Segundo o MPF, empresário monitorava a floresta via satélite.
A reportagem é publicada por G1, 17-12-2016.
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou esta semana novas informações sobre como age o homem considerado um dos maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. Na semana passada, o MPF entrou na Justiça com novas denúncias para que o empresário Antônio José Junqueira Vilela Filho volte a ser preso.
Segundo as investigações do Ibama e do Ministério Público Federal, o suspeito usava várias inovações tecnológicas, inclusive o monitoramento via satélite da floresta. De São Paulo, ele conseguia monitorar todo o trabalho que era feito pelo grupo de desmatamento e queimadas em Altamira, no sudoeste do Pará.
O MPF aponta ainda que Antônio Vilela utilizava a seguinte técnica para disfarçar o crime ambiental: as árvores mais altas não eram desmatadas, apenas aquelas mais baixas, para dificultar o monitoramento dos órgãos ambientais.
Toda a área desmatada de 2012 a 2015 , quando esse grupo de 24 pessoas agia, equivale a 330 mil metros quadrados, quase o tamanho de municípios como Fortaleza, Belo Horizonte e Recife.
O órgão estima que o esquema possa ter movimentado cerca de R$ 2 bilhões. As pessoas que trabalhavam no esquema criminoso eram submetidas a condições semelhantes à escravidão, espalhados na mata, procurando essas áreas que já haviam sido monitoradas pelo suspeito.
O G1 tenta contato com o advogado de defesa de Antônio Vilela Filho.
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MPF divulga forma como age um dos maiores desmatadores da Amazônia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU