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Estudo revela que 23 milhões de animais foram mortos na Amazônia

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17 Novembro 2016

Um levantamento inédito em registros de entrepostos comerciais na Amazônia revela a dimensão do dano provocado pela caça a grandes animais da região ao longo do século XX. Em pouco mais de seis décadas, entre 1904 e 1969, 23,3 milhões mamíferos e répteis selvagens, de ao menos 20 espécies, foram caçados por causa de suas peles, provocando dano irreparável a algumas populações. Os números apontam dois períodos críticos, sendo o primeiro durante a Segunda Guerra Mundial, por causa da chegada de dezenas de milhares de colonos para exploração da borracha, e o segundo durante a década de 1960, provocado pela alta nos preços internacionais puxados pela indústria da moda.

A reportagem é de Sérgio Matsuura, publicada por O Globo, 15-11-2016.

— E esses números são subestimados — diz Carlos Peres, professor da Universidade de East Anglia, do Reino Unido, e coautor do estudo publicado na quarta-feira, na “Science Advances”. — Isso é somente na região ocidental da Amazônia brasileira, e não conta a mortalidade collateral. Muitos dos animais mortos não chegam a ser coletados pelos caçadores, e muitas peles apodrecem antes de chegar no entreposto.

Os registros mostram que nos primeiros anos do século passado a caça comercial era praticamente inexistente, mas após o colapso da borracha, em 1912, o mercado de peles começou crescer, para substituir a renda antes gerada pelo látex. O aumento foi gradual até a década de 1930, quando os EUA se consolidaram como principais importadores do produto. Com a captura pelos japoneses das plantações de borracha na Malásia durante a Segunda Guerra Mundial, dezenas de milhares de colonos chegaram à região para o segundo ciclo da borracha, e eles tinham na caça um complemento para a renda.

Os caçadores eram, sobretudo, ribeirinhos que atuavam na indústria extrativista que, no tempo livre, caçavam para subsistência, esticavam o couro do animal e vendiam para comerciantes e exportadores. O Censo de 1950 registrou cerca de 89 mil pessoas trabalhando na extração da borracha e da castanha, e apenas 528 que se declaravam caçadores.

Com o fim da guerra, os preços das peles caíram, e só voltaram a subir no início da década de 1960, puxados pela indústria da moda. O segundo pico aconteceu em 1969, quando foi registrado o comércio de 860 mil peles. Durante quatro décadas, entre os anos 1930 e 1960, os dez animais mais explorados movimentaram US$ 500 milhões. Apesar de a caça ter sido banida oficialmente no país em 1967, acordos permitiram uma sobrevida da exploração, para liquidação dos estoques, até 1969.
— Hoje, não é politicamente correto ostentar um casaco de peles, mas nos anos 1950, 1960, era a coisa mais chique do mundo — diz Peres.

Animais aquáticos não se recuperam

Comparando os dois períodos, os pesquisadores descobriram que as espécies aquáticas foram mais impactadas pela exploração, com algumas delas ainda se recuperando do dano causado no início do século passado. Entre os animais terrestres, os volumes de peles comercializadas são praticamente os mesmos nos anos 1930 e 1960, mas entre os que habitam os rios, a queda é acentuada.

O caititu — um porco selvagem — foi a espécie mais caçada, segundo os registros analisados. Entre 1904 e 1969 foram comercializadas 5.443.795 peles desse animal. Curiosamente, na década de 1960 foram caçados 15% mais caititus que em 1930, mostrando uma recuperação das populações. As espécies aquáticas não tiveram a mesma sorte. Para o jacaré açu, por exemplo, o número de peles comercializadas na década de 1960 foi apenas 8% do registrado nos anos 1930. Reduções similares foram observadas para a capivara, ariranha, lontra e peixe-boi.

— Isso mostra que elas não conseguiram se recuperar. A ariranha chegou a ser extinta localmente em vários rios da região — diz André Antunes, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e da Wildlife Conservation Society.


A ariranha foi extinta em alguns rios da Amazônia por causa da caça excessiva (Foto: Wikipedia Open Commons)

A explicação está no modelo de ocupação da região e alcance das áreas de caça. Na Amazônia, a maior parte da população se concentra ao longo dos rios. Com canoas, os caçadores conseguiam alcançar áreas distantes, a dezenas de quilômetros das comunidades. Por terra, a caça era concentrada nas vizinhanças das regiões habitadas, por causa da dificuldade de locomoção.

— O caçador sai de casa e anda por alguns quilômetros no meio da mata, não vai andar 40 ou 50 quilômetros. Com a canoa, ele ia até a última lagoa, enchendo o barco com as peles que extraía ao longo do caminho — explica Antunes.
Por isso, as florestas conservaram uma ampla área intacta, onde os animais podiam se reproduzir livremente, sem a interferência humana. De acordo com Antunes, essas zonas de refúgio permitiram a recuperação das populações das espécies terrestres, o que não aconteceu com as aquáticas. E essa descoberta pode ajudar nos esforços atuais de conservação.

— Essas áreas de refúgio talvez sejam o principal mecanismo de resiliência na Amazônia. Com elas, os animais podem se reproduzir e repovoar as áreas de caça — diz o pesquisador. — Quando você começa a abrir estradas, essas zonas são reduzidas e o mecanismo colapsa. Aí sim a caça começa a ter um efeito muito mais severo. Esse é o nosso alerta.

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