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Por: Jonas | 11 Fevereiro 2016

O Papa não visita um país, mas, sim, vários, e dentro desta multiplicidade também emitirá uma mensagem ao vizinho do norte, hoje imerso em uma repugnante campanha contra os imigrantes.

A reportagem é de Eduardo Febbro, publicada por Página/12, 10-02-2016. A tradução é do Cepat.

 
Fonte: http://goo.gl/SqsyOl  

Uma complexa geometria social feita de opulência moderna, pobreza, violência do crime organizado, desaparecimentos contínuos, assassinatos, políticas inclusivas, exclusão e corrupção. A visita que o papa Francisco empreende, neste dia 12 de fevereiro, no México, coloca na superfície a polifônica problemática do país e de um Episcopado que ainda carrega em suas entranhas as pegadas conservadoras e monárquicas de seu predecessor, Bento XVI. A própria geografia da capital mexicana reflete essas dualidades profundas. Nos bairros ricos como Polanco, as cabines telefônicas estão decoradas com fotos do Papa. Nas regiões mais pobres, há bem menos cabines, o Papa não aparece, mas estão presentes ali, no meio das calçadas, os coloridos altares da Virgem de Guadalupe. “Francisco, o doce guerreiro”, diz a manchete do número especial editado pelo semanário progressista Proceso. Bela definição. No entanto, esse “doce guerreiro” terá ao seu redor guerreiros sem piedade.

Francisco não visita um país, mas, sim, vários, e dentro dessa multiplicidade também emitirá uma mensagem ao grande e problemático vizinho norte-americano, hoje imerso em uma repugnante campanha contra os imigrantes mexicanos. Poucas viagens papais contaram com um dramatismo de tais proporções e abraçaram tantas esperanças: todos esperam do Sumo Pontífice uma palavra salvadora, um resplendor humano entre tantas contradições. Cada etapa da viagem é um campo minado: Ecatepec, Chiapas, Michoacán, Ciudad Juárez: violência urbana, exclusão indígena, narcotráfico e corrupção, desaparecimentos e imigração. Em Ciudad Juárez, Francisco se aproximará da fronteira entre o México e os Estados Unidos e estenderá sua mão para o outro lado, esse universo rico e desenvolvido a partir do qual a imbecibilidade racista mundial se encarnou no candidato republicano Donald Trump e em seus contínuos ataques contra os mexicanos. Em Chiapas, terra da revolta dos zapatistas, liderada há 22 anos pelo subcomandante Marcos, o Papa se inclinará diante da sepultura de quem foi a figura eclesiástica mais comprometida com os indígenas, com sua cultura, com seus direitos e com o movimento zapatista, dom Ruiz, o falecido bispo de San Cristóbal de las Casas, a quem os indígenas chamam de Tatic. Ruiz foi, a sua maneira, a semente que vai de Bergoglio a Francisco e sua hoje universal Igreja para os pobres. Ruiz foi o bispo dos excluídos, o antagonista das castas católicas e políticas. Para a Cúria Romana e o papa João Paulo II, Tatic foi uma espécie de satanás a quem, tantos anos depois, Francisco rende uma homenagem em um claro gesto de reivindicação de seu legado. Em Chiapas, o idioma do império deixará sua sonoridade para outros. O Sumo Pontífice virá a estas terras com um decreto que autoriza o emprego dos idiomas indígenas nas missas. Sua missa será ouvida em três idiomas locais.

Francisco não vem mudar um país, mas, sim, renovar uma Igreja ainda encravada em seus privilégios e silêncios, para tentar restaurar uma fé em declive. O Papa pulou a cerca das tentações oficialistas, dos passeios coloridos e abalizados pelas narrativas oficialistas e do ecumenismo político que proclama que mesmo que tudo esteja ruim, existe Deus para nos salvar. Entre um passeio inocente e outro arriscado e comprometido, escolheu mergulhar no segundo.

Para renovar a Igreja, o Papa necessita da base pastoral que o venera, contra uma cúpula acomodada que o cheira com desconfiança e temor. E para chegar a essa base, é preciso estar presente ali onde as fraturas são como animais è espreita. Violência e miséria, essa é a figura geométrica que Francisco encontrará em seus percursos e evocará com suas palavras. Porém, a visita papal ao México pode ser muito mais que o próprio México. Este país intenso e fascinante envolve em sua geografia e em seus hábitos políticos cada uma das problemáticas que fazem o mundo se desequilibrar: a corrupção, é claro, com seu sistema universal de lavagem de dinheiro e evasão fiscal, montado pelos grandes bancos globalizados; a imigração e seu drama sem fim, que hoje encurrala a timorata união europeia; o narcotráfico, problema planetário igualmente facilitado pelos circuitos bancários e as cumplicidades incrustradas nos poderes políticos de cada continente; a pobreza extrema e seu aumento mundial frente ao estreito, mas infinitamente mais poderoso espelho dos ricos. Com sua retórica moralista e simplista, a imprensa mundial dirá sem dúvidas que o México é isto e aquilo, mas o México é em um só território nosso próprio mundo.

As narrativas pastorais de Francisco suscitam no país um entusiasmo palpável. O Papa do “fim do mundo” vem espalhar a esperança a um mundo prisioneiro de dramas abismais. Pobres, vítimas de abusos policiais ou do crime organizado, famílias de desaparecidos, indígenas, imigrantes, cada setor espera um milagre. Esse é o segredo da esperança: que do nada, que das mãos vazias, surja algo que transtorne e transforme. Em um âmbito mais político, os meios de comunicação locais afirmam que o governo mexicano tentou “interceptar” a agenda de Francisco e atenuar seu alcance. A tentativa parece ter obtido resultados.

Ninguém foi capaz, até agora, de domesticar o Papa. É lícito reconhecer que a agenda papal é uma exposição, na própria carne, de tudo aquilo que incomoda o governo: desaparecidos, corrupção, narcotráfico, assassinatos. Não obstante, a presença do Papa também é um êxito para o presidente Peña Nieto. Ainda que se distancie muito de se assemelhar aos bucólicos e irrelevantes passeiozinhos de João Paulo II e Bento XVI, a viagem do Papa legitima um presidente mexicano que compreendeu muito melhor que seus colegas latino-americanos que, muitas vezes, inclusive caso possam ser em determinado momento adversas, a melhor coisa é deixar que as narrativas dos meios de comunicação circulem. O México é também fundamental para o Papa: trata-se do segundo país com maior presença de católicos no mundo – o primeiro é o Brasil. Alguns analistas afirmam que o mandatário mexicano se arrependerá de ter buscado com tanto afinco que o Papa venha ao México. Outros, ao contrário, apostam que as imagens dos dois dirigentes e o efeito “beatificador de Francisco” suavizarão o impacto.

Longe dessas especulações de passagens reais, a população o espera, e o espera sinceramente. Necessita dele porque não há solidão mais desgarradora que aquela da vítima que não tem quem a escute e compreenda sua dor. O céu não responde, o poder não faz justiça. Francisco, ao menos, fala a essas almas que nas complexas situações do mundo vivem na periferia do sofrimento. Ele as colocou no centro de sua geometria.


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