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O nome dele era Aylan Kurdi e tinha apenas 3 anos de idade

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03 Setembro 2015

"Muitas imagens já me chocaram, mas por alguma razão, talvez pela proximidade da idade dos meus filhos, não sei, esta imagem me chocou e me incomodou. Ela me tirou um ânimo, me deixou sem coragem e sem crença, algo estranho, pois foi capaz de atacar a nossa (a minha) fragilidade. Ela nos deixou nus e sem reação. Ninguém acolheu o menino, ninguém o tocou, apenas as águas frias da praia, que suavemente o abraçavam e lavavam do seu rosto as lágrimas de uma face sofrida, sentida e já sem esperança", escreve Cesar Kuzma, teólogo leigo, professor da PUC-Rio e casado e pai de dois filhos.

Segundo ele, "enquanto isso... Ora, os debates teológicos discursam para si mesmos e a instituição se torna mais importante que o mistério que se revela num Reino que nos conclama a justiça. Enquanto isso... Ora, o menino Aylan continua tendo que fugir, a buscar novas terras, novas esperanças e uma chance para poder viver e sentir um toque de amor, de cuidado e de carinho, que não chegaram e que não chegam!"

Eis o artigo.

O nome dele era Aylan Kurdi e tinha apenas 3 anos de idade. Dia 02 de setembro de 2015, Turquia. Diante da imagem que nos revelou a sua história e que percorreu as mídias de todo o mundo, não precisaríamos dizer mais nada, pois até mesmo o nosso silêncio seria uma afronta, e qualquer palavra pronunciada seria uma infeliz tentativa de dizer o que não pode ser dito, já que nós não dissemos, ou não nos importamos em falar algo antes...

Indiferença? Violência? Pecado humano? Guerra? Política? Religião? Acho que é mais do que qualquer uma dessas coisas, é desumanização. Isso mesmo, desumanização. E o é no sentido mais profundo que esta palavra pode alcançar. Parece que perdemos o rumo, perdemos a razão das coisas, nem mesmo o sentido faz mais sentido e o que era óbvio já tem outra realidade. Qual é o sentido de tudo?

As pessoas acordam, trabalham, programam as vidas, dinheiro entra e dinheiro sai, crises acontecem a cada hora, estruturas mudam e transformam o nosso entorno. Nós nos enchemos com tantas coisas que nos esquecemos do mais importante, nós não sabemos quem somos e não sabemos quem está do nosso lado. Parece que a pergunta dirigida a Caim e a pergunta sobre o próximo, apontada por Jesus, nunca nos foram tão fortes e significantes. Onde está o nosso irmão que sofre e que morre na nossa indiferença, cujo sangue e lágrimas clamam em todo lugar? Onde estamos diante do irmão que sofre, que morre e no qual o nosso cuidado e atenção não se fizeram acontecer? Nós nos desumanizamos. E temo que isso – muitas vezes – venha a ser um fato. Isso me dá medo, me assusta! Muito!

Na cultura e sociedade que vivemos a violência está a nossa porta. No Brasil, no Rio de Janeiro, onde moro, a morte é algo constante, também no que toca as crianças, vítimas de toda a barbárie e perseguição. Nós nos incomodamos e protestamos (às vezes!), sentimos a dor (muitas vezes!), mas infelizmente nós nos acostumamos com ela, ela se torna rotina e é algo que se vive, se convive e se esquece. Isso amedronta!

O menino Aylan já morreu muitas vezes em nossas favelas e comunidades, em nossas casas e ruas; morte causada pelo mesmo descaso e indiferença que nos levou o pequeno Aylan nas águas de uma Europa fechada e de uma humanidade trancada em medos e em mundos com muros mesquinhos, presas na própria pequenez da cerca que a protege do grito e da dor dos que sofrem. O mesmo acontece aqui, nas nossas diferenças culturais e sociais, entre o norte e o sul, entre pobres e ricos, e entre muitas barreiras criadas sem razão e sem sentido. Nada toca a nossa realidade de dor que parece se achegar sempre mais perto. Vem, então, um novo dia, e o jovem Aylan morrerá de novo, e de novo, e de novo, no mesmo descaso e na mesma indiferença, na mesma desumanidade. Triste meio que ainda está longe de seu fim. Até quando terá que morrer?...

O nome dele era Aylan Kurdi e tinha apenas 3 anos de idade. Muitas imagens já me chocaram, mas por alguma razão, talvez pela proximidade da idade dos meus filhos, não sei, esta imagem me chocou e me incomodou. Ela me tirou um ânimo, me deixou sem coragem e sem crença, algo estranho, pois foi capaz de atacar a nossa (a minha) fragilidade. Ela nos deixou nus e sem reação. Ninguém acolheu o menino, ninguém o tocou, apenas as águas frias da praia, que suavemente o abraçavam e lavavam do seu rosto as lágrimas de uma face sofrida, sentida e já sem esperança.

Desumanização. Esta foi a palavra mais forte que achei, pois ela nos fere naquilo que achamos que somos, humanos. Será? Ela nos fere enquanto sociedade, pois acusa a falsidade das nossas pretensões. E ela nos fere também enquanto pessoas de fé, enquanto religião, enquanto Igrejas, em meu caso específico, enquanto cristão e católico. Onde está o nosso coração? Onde está o meu irmão? Onde estou eu como próximo do pequeno Aylan que falece na praia de águas frias e que todos os dias morre ao redor de minha casa e na cidade em que vivo?

Enquanto isso... Ora, os juros sobem, as bolsas caem e sobem novamente, os governos entram e saem e continuam sendo corruptos. Enquanto isso... Ora, as Igrejas enchem e esvaziam, os lucros entram de muitas formas, as portas continuam fechadas e a “mesa de todos” continua ainda sendo “mesa de alguns”.

Enquanto isso... Ora, os debates teológicos discursam para si mesmos e a instituição se torna mais importante que o mistério que se revela num Reino que nos conclama a justiça.

Enquanto isso... Ora, o menino Aylan continua tendo que fugir, a buscar novas terras, novas esperanças e uma chance para poder viver e sentir um toque de amor, de cuidado e de carinho, que não chegaram e que não chegam!

Enquanto isso... Ora, o pequenino Aylan, ao modo de Jesus, precisa fugir, buscando um Egito seguro, na esperança de encontrar a paz.

Enquanto isso... Ora, Jesus continua carregando a sua cruz e morrendo a cada dia, no Aylan e em tantos outros que ao nosso lado falecem e são esquecidos, e nem sequer enxergamos.

Isso me leva a pensar que estamos errados em nossas intenções e que esquecemos a verdade de uma fé que traz um Deus que se fez carne, que se humanizou, e que assumiu tudo, para que tudo fosse transformado em seu amor. Se é impossível crer num Deus sem carne, é inconcebível imaginar um ser humano desumanizado. E temo que esquecemos as duas coisas!

“Era estrangeiro e me acolhestes” (Mt 25,35).

O nome dele era Aylan Kurdi e tinha apenas 3 anos de idade!

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