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"686 dias de prisão sem acusações, só pelo jaleco". Entrevista com Ahmed Muhanna

Foto ilustrativa de uma prisão. (Créditos: Eleni Afiontzi/Unplash)

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22 Outubro 2025

Em 17 de dezembro de 2023, o Dr. Ahmed Muhanna, falando a uma emissora de TV argelina, disse que não sabia quanto tempo duraria o cerco israelense ao seu hospital, Al-Awda, em Nuseirat. "Não vamos sair", concluiu, antes de retornar aos 38 pacientes que restavam no prédio há 12 dias, completamente cercados pelas forças de ocupação. O cerco havia começado em 5 de dezembro, e Gaza já chorava 19.000 mortos. Entre eles estavam dois profissionais de saúde do Al-Awda, mortos por atiradores no pátio.

A entrevista é de Chiara Cruciati, publicada por il manifesto, 16-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

A entrevista à TV de Argel foi o último de muitos apelos lançados pelo Dr. Muhanna do Nuseirat, que caíram no vazio. Poucas horas depois, soldados invadiram o complexo: todos os homens com 16 anos ou mais foram capturados, despidos e interrogados. A maioria foi libertada. Entre eles não estava Ahmed Muhanna, anestesista e diretor do Al-Awda.

O médico foi libertado na segunda-feira, juntamente com 55 profissionais de saúde. Desceu de um dos ônibus que transportavam os 1.718 prisioneiros de volta à Faixa, após longas detenções sem acusações. Vestiu o jaleco branco, embarcou em uma ambulância e chegou à frente de seu hospital.

Visivelmente mais magro, fez uma promessa aos mais de 110 médicos e profissionais de saúde ainda detidos: "Continuaremos nosso serviço médico e nossa missão humanitária... Israel decidiu atacar diretamente as equipes médicas como se fossem o pior inimigo, com seus jalecos brancos a serviço ao povo de Gaza."

Entramos em contato com o Dr. Muhanna por telefone.

Eis a entrevista.

Como está?

Não consigo descrever a alegria. A equipe do hospital me recebeu com carinho, uma sensação maravilhosa. Fiquei muito emocionado depois dos momentos difíceis que passei. Encontrei minha equipe onde a deixei, trabalhando com os feridos e doentes. Eles trabalham incansavelmente para prestar socorro aos pacientes em um momento tão difícil para o nosso país. Estão todos cansados, mas felizes. Infelizmente, um dos hospitais onde trabalhei, no norte, não existe mais: foi completamente destruído pelo exército israelense.

Pode nos falar sobre o dia da sua prisão?

Passei 686 dias nas prisões israelenses. Em 17 de dezembro de 2023, fui preso junto com um enfermeiro, um motorista de ambulância, um segurança e dois pacientes; um tinha uma perna amputada e outro tinha um ferimento abdominal.

Tem notícias deles?

Não, absolutamente não.

Para onde foi levado após sua captura?

Para um centro de interrogatório; não saberia dizer onde. Fizeram-me muitas perguntas, nenhuma de caráter médico. Queriam saber sobre pessoas que não tinham ligação com o hospital. Respondi que o Al-Awda é um hospital civil. Tentei explicar que tratamos principalmente de pediatria e obstetrícia, que não temos nenhuma ligação com grupos armados. Disse-lhes que fossem verificar por si próprios. Eles foram, e mesmo assim nos prenderam.

Foi acusado de algum crime nestes últimos meses?

Absolutamente não.

Em qual prisão você foi mantido?

Depois de 24 dias na primeira prisão — não sei qual —, me transferiram para outra por cerca de um ano. Depois, o último período, em uma terceira prisão.

Quais eram as condições em que viviam?

Terríveis. Éramos 40 em uma cela de poucos metros quadrados. No inverno, fazia muito frio, mas não nos davam roupas para vestir. Nos forneciam colchões por poucas horas por dia, das 23h às 5h. Pouca comida, nenhum atendimento médico, nenhum. Perdi 30 quilos, sofria de abscessos. Não só eu, todos os prisioneiros. De manhã, nos davam uma colher de arroz como café da manhã, outras cinco no almoço — arroz quase cru. E duas fatias de pão. Estávamos sempre com fome. Se pedíssemos por um médico, respondiam que não lhes interessava. Tive colegas que morreram na prisão. Entre eles, Adnan al-Bursh (chefe do departamento de ortopedia do Shifa, morreu pelos estupros sofridos em 19 de abril de 2024, ndr). Foi morto pelas torturas. Ele estava na mesma prisão que eu. Iyad al-Rantisi, chefe de obstetrícia do Kamal Adwan, o paramédico Hamdan Enaya e o enfermeiro Mohammed al-Dalu também morreram.

O senhor também foi torturado?

Abusos psicológicos e torturas físicas. Eles nos faziam ficar de joelhos no chão, mesmo por dez horas seguidas; não podíamos nos mover. Se o fizéssemos, nos puniam com mais horas de joelhos. Éramos algemados ao pulso o dia todo. Às vezes, nos vendavam.

Quando ficou sabendo que seria libertado?

No sábado à noite, uma delegação da Cruz Vermelha me disse que poderíamos ser libertados em breve, mas não disseram quando. Então, na segunda-feira, às 4 da manhã, começaram a nos embarcar nos ônibus. No caminho, nos espancaram.

Retornou a Gaza depois de 20 meses. O que encontrou?

Encontrei Gaza completamente destruída. Na prisão, não nos deram notícias; não sabia nada sobre o meu país, não sabia nada sobre a minha família. E eles não sabiam nada sobre mim. Nunca vi um advogado. Foi um alívio vê-los a todos quando voltei. Estavam me esperando: as listas de prisioneiros a serem libertados no domingo à noite apareceram nas redes sociais.

E então foi para o hospital.

Sim, às pressas. Abracei meus colegas novamente e disse a eles que voltaria ao trabalho em breve; só precisava de um pouco de descanso. Não mais do que uma semana.

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