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Gaza 2025: um plano de paz para continuar perpetrando um crime colonial. Artigo de Ignacio Gutiérrez de Terán Gómez-Benita

Foto: Wikimedia Commons | Jaber Jehad Badwan

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15 Outubro 2025

Este suposto acordo de paz constitui uma manobra dos Estados Unidos para salvar seu grande vassalo no Oriente Médio e, com ele, o projeto comercial, econômico e político que haviam desenhado para a região.

O artigo é de Ignacio Gutiérrez de Terán Gómez-Benita, professor do Departamento de Estudos Árabes e Islâmicos e Estudos Orientais da Universidade Autônoma de Madri, publicada por El Salto, 15-10-2025. 

Eis o artigo. 

Talvez seja esta a única imagem que expressa uma verdade nos dias que se seguiram ao chamado plano de paz dos Estados Unidos para Gaza: dezenas de milhares de pessoas, com trouxas, malas velhas ou simplesmente com a roupa do corpo, retornando às ruínas da cidade de Gaza. Ou, se as deixarem, seguindo mais ao norte, para Beit Hanun e Beit Lahiya, onde o grau de destruição supera até mesmo o sofrido pela capital da Faixa.

On Tuesday, October 7, a group of Spanish photojournalists assembled outside Parliament to honour the over 240 journalists who have lost their lives in Israeli strikes on Gaza during the past two years.

Dressed in press vests and helmets, and clutching their cameras, the… pic.twitter.com/98DPV6TqC1

— TRT World (@trtworld) October 8, 2025

As primeiras estimativas indicam que três em cada quatro casas estão inabitáveis; estradas, praças, avenidas, reservatórios de água, repetidores elétricos… tudo o que poderia servir para abrigar alguém e dar uma mínima sensação de segurança foi destruído pela passagem das hordas do regime de Tel Aviv.

Nas últimas semanas — como demonstram os vídeos gravados pelos próprios soldados israelenses em tom “festivo”, e que a imprensa ocidental, como tantas outras coisas, nunca mostra — eles se dedicaram a explodir edifícios inteiros com carros carregados de explosivos. Naturalmente, esses automóveis pertenciam a residentes palestinos que ainda estavam por ali. A onda expansiva levou junto edifícios com seus alicerces, calçadas, ruas e fiações elétricas.

Mas o povo de Gaza é assim: resistente como o figo-da-índia de que falava o poeta, e ama sua terra. Natural: eles não são colonos nem forasteiros que aparecem e desaparecem da Palestina ocupada quando se lembram de que fazem parte do “povo escolhido” e têm um suposto direito imperial de ficar com uma terra que não lhes pertence, inventando uma infinidade de histórias estúpidas e insuportáveis sobre um mandato divino para tomá-la de seus legítimos donos. Muitos cidadãos israelenses têm outra nacionalidade, porque nasceram em outros lugares ou mantêm vínculos com os países onde nasceram seus pais; os moradores de gaza, não. Eles vêm sendo expulsos de sua terra há décadas e, por isso, resistiram nesses dois anos como nenhum outro povo seria capaz de fazer. O sionismo não descansa, sobretudo quando está mergulhado em uma etapa de colonização total — não só em Gaza, também na Cisjordânia.

A expulsão — objetivo final dessa campanha de genocídio — foi contida, em parte, pela própria brutalidade dos dirigentes sionistas e sua incapacidade de compreender os limites de sua relação com Washington. Ver todo aquele povo, sem nada, mas com tudo ao se agarrar à sua terra, é a imagem perfeita do horror que esteve prestes a acontecer, não fosse a tenacidade dos gazenses. Eles frustraram o plano do regime de Tel Aviv de forçar a saída da maior parte da população e completar o esvaziamento da Faixa, à espera de fazer o mesmo, por outros meios, na Cisjordânia.

Os Estados Unidos são um império — Israel, uma extensão do projeto colonial europeu e ocidental no Oriente Médio — e têm suas próprias prioridades. Por mais que o presidente norte-americano tenha falado de projetos turísticos em uma nova “Riviera mediterrânea” e insinuado levar os gazenses a lugares tão improváveis quanto Indonésia, Sudão do Sul ou Líbia, a política dos impérios consiste em atender a muitos interesses e aliados ao mesmo tempo, buscando equilibrá-los conforme a vontade da capital imperial.

E esvaziar Gaza, deixando de lado a ideia absurda de espalhar os palestinos pelo mundo, implicaria encher a península do Sinai com dezenas de acampamentos de refugiados. O governo egípcio sabia que um fluxo desse tamanho levaria a uma crise interna enorme e, possivelmente, à queda do regime. E se há algo que os regimes árabes alinhados a Washington temem mais do que as ameaças dos EUA, é perder o controle interno.

O Cairo compreendeu, desde 8 de outubro de 2023, que o objetivo final era expulsar o maior número possível de habitantes de Gaza. E ainda que desejasse a destruição de seu “inimigo” Hamas e das milícias palestinas, se opôs ao grande objetivo de Netanyahu. Este, com seus discursos e mapas sobre o “Grande Israel” — que incluiria partes generosas da Síria, Líbano, Jordânia, Iraque, Egito, e até Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos — espalhou pavor entre os governantes árabes aliados dos EUA. Com um aliado assim, pensam eles, qualquer dia ele poderá reivindicar que Israel se estenda do Nilo ao Eufrates — e então, para que servem os demais?

Depois veio o debate dentro dos EUA sobre até que ponto sua política externa está subordinada aos interesses sionistas. Nos anos 1930, o projeto sionista importava pouco em Washington; nos anos 1950, durante a crise de Suez, Israel não era prioridade. O fato de ser hoje central mostra a evolução da concepção imperial americana no Oriente Médio. Mas o assassinato de Charlie Kirk, ativista pró-Trump, reacendeu esse debate — entre outras coisas porque Kirk, como tantos outros conservadores, dizia que já era hora de deixar de subordinar a política externa dos EUA a Israel. As suspeitas sobre a suposta participação do Mossad na sua morte forçaram Netanyahu a negar qualquer envolvimento. Mas a polêmica estava lançada entre setores nacionalistas: por que continuar apoiando incondicionalmente um Estado cujas políticas nem sempre servem aos interesses do império?

Por tudo isso — porque este suposto acordo de paz é uma manobra dos EUA para salvar seu vassalo no Oriente Médio e seu projeto econômico-político para a região — estamos diante de um conjunto de ficções. O objetivo é restaurar a força e o prestígio perdidos do regime de Tel Aviv. Os governos ocidentais já não sabem como conter a crescente indignação de setores significativos de suas opiniões públicas, e os aliados árabes temem a reação popular diante de sua passividade, quando não conivência, com o cerco brutal do sionismo sobre Gaza.

Os vinte pontos do chamado “plano Trump” são ambíguos e vagos, exceto no que realmente interessa: a libertação dos prisioneiros israelenses em mãos de grupos armados palestinos. O restante permanece uma incógnita.

As tropas israelenses não se retiraram — nem se retirarão — completamente da Faixa de Gaza. O documento oferece brechas suficientes para que o regime de Tel Aviv repita seu modelo de “trégua” no Líbano, vigente desde novembro de 2024: arrogar-se o direito de decidir se a outra parte cumpre suas obrigações e, caso contrário, voltar a bombardear “de forma seletiva”. A qualquer momento podem interromper os comboios de ajuda humanitária e fechar Gaza hermeticamente. Não se sabe ainda quem administrará localmente a Faixa; mas o regime de Tel Aviv, evidentemente, se reserva o direito de decidir quem e como fará isso. Um ponto espinhoso será o desarmamento do Hamas e de outras milícias — algo que certamente gerará pressões intensas dos EUA.

A pergunta é quando o governo israelense tentará recomeçar sua ofensiva em Gaza e até que ponto os dirigentes norte-americanos o impedirão. Os rostos sorridentes dos líderes sionistas em 13 de outubro, após a libertação dos soldados presos, os aplausos no parlamento israelense ao presidente Trump, os discursos triunfalistas… Nada disso esconde que, por ora, a grande aposta da “solução final” sionista foi neutralizada. Mas já voltamos a ouvir falar de bombardear Irã, atacar o Hezbollah no Líbano e os houthis no Iêmen.

O projeto sionista hoje sintetiza aquilo que Gore Vidal definiu como a base da política externa dos EUA no Oriente Médio: “guerra perpétua pela paz perpétua”. Ou seja, fazer a paz para continuar fortalecendo campanhas bélicas, expansão e tensão permanentes. A imagem política dos EUA na região sempre foi cheia de falsas aparências; Trump apenas a degradou a um espetáculo de declarações rimbombantes, mentiras e contradições. A tenaz resistência dos cidadãos gazenses guarda verdades. Não contam muito, nem importam para os poderosos — mas possuem o valor incomensurável da autenticidade.

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