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'Rede Katahirine', uma constelação de mulheres indígenas reinventando o cinema brasileiro

Foto: Da vid | Pexels

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25 Setembro 2025

Com apenas três anos de existência, a rede conecta, treina e apoia 89 cineastas indígenas no Brasil e está ajudando a mudar a forma como as comunidades as veem.

A reportagem é de Bernardo Gutiérrez, publicado por El País, 24-09-2025

Filmes de ficção, videoclipes e muitos documentários: a Rede Katahirine, lançada oficialmente no final de setembro de 2022, já se espalhou por quase todos os cantos do Brasil. Inicialmente composta por 47 mulheres indígenas, a rede conta hoje com 89 integrantes e acolhe simultaneamente iniciantes no mundo audiovisual e nomes consagrados como Txai Suruí (produtora do documentário The Territory, da National Geographic ), Olinda Tupinambá e Glicéria Tupinambá (representando o Brasil na 60ª Bienal de Veneza, em 2024), e Sueli Maxacali (cujo documentário mais recente, Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá, foi exibido), entre outras. “Não é um catálogo, é um movimento vivo de mulheres indígenas. Não queríamos criar uma rede de profissionais. Há aquelas com experiência, mas também aquelas que fazem o que fazem pela memória do seu povo”, disse Mari Corrêa, uma das fundadoras da Rede Katahirine, à América Futura.

“Com a minha linguagem artística, faço justiça”

Bárbara Kariri, formada em teatro e doutora em artes plásticas, confessa que, quando recebeu o convite para participar da iniciativa, achou que era “um daqueles catálogos”. Mas, após um primeiro encontro presencial em 2023, em Pirenópolis (GO), ficou fascinada. “A Rede Katahirine me dá autoestima para fortalecer a comunidade. Porque a maioria dos indígenas não tem o material necessário para fazer música, teatro ou cinema. Com a minha linguagem artística, faço justiça”, diz ela em entrevista por telefone.

A Rede Katahirine nasceu do Instituto Catitu, que realiza oficinas em aldeias desde 2009 e incentiva mulheres indígenas a contarem suas próprias histórias. Mari Corrêa, fundadora do Instituto Catitu, começou a pensar nisso durante a pandemia. "Percebi que quase ninguém conhecia a maioria das cineastas indígenas. Achei que seria bom ter algum tipo de polo para dar visibilidade ao trabalho delas", diz Mari.

Rede Katahirine

A palavra Katahirine, que significa constelação na língua manchineri, surgiu durante um encontro presencial de mulheres de cinco etnias em Rio Branco, capital do estado amazônico do Acre, em setembro de 2022. Nesse encontro de fundação, elas concluíram que queriam um espaço coletivo para que cada cineasta indígena se destacasse em relação às demais. Foi criada uma diretoria, composta majoritariamente por mulheres indígenas, que tomava decisões coletivamente. Também foi criado um grupo de articuladoras para incentivar as conexões entre mulheres de diferentes territórios. “Durante a pandemia, as pessoas começaram a assistir a mais filmes indígenas, principalmente os feitos por mulheres. Como mais pessoas estavam em casa durante o lockdown, as mulheres indígenas puderam participar de mais eventos e fazer a curadoria de exposições”, afirma Sophia Pinheiro, uma das quatro coordenadoras da rede, cujo mapeamento de cineastas indígenas realizado em seu doutorado foi crucial para o lançamento da iniciativa.

Uma das facilitadoras é Suyani Terena, que, com apenas 20 anos, apresentou recentemente seu documentário Rainha das formigas (2023) no Festival Douarnenez, na França. Em uma mensagem de áudio, Suyani confessa que a Rede Katahirine é sua principal motivação: “Quando entrei, eu nem sabia que poderia ser cineasta sem um diploma de bacharel. A rede criou um círculo muito forte de mulheres, que está incluindo cada vez mais mulheres. Muitas estão ganhando reconhecimento em festivais tanto no exterior quanto no país.”

Para incentivar a criação audiovisual de mulheres indígenas, a Rede lançou o Prêmio Katahirine, que, mais do que uma competição, é um espaço para um grupo de mentoras apoiar doze projetos cinematográficos. "A única regra é que o filme tenha uma protagonista feminina", esclarece Mari Corrêa. A médio prazo, a Rede Katahirine, que conta com um cineclube, pretende criar uma produtora de filmes indígenas feitos por mulheres.

Da luta íntima à luta coletiva

O catálogo da Rede Katahirine inclui obras históricas como "Das Crianças Ikpeng para o Mundo" (2001), primeira produção audiovisual com direção feminina, e "A História da Cotia e do Macaco" (2011), obra das mulheres do Parque Indígena do Xingu, a primeira terra indígena reconhecida no Brasil. No entanto, a maioria das mulheres da rede tende a abordar temas ignorados pelo cinema indígena masculino. "Elas tratam de temas mais íntimos e pessoais. Mas íntimo não é sinônimo de individual. Em suas obras, a presença das mulheres nas aldeias, que antes era invisível, é evidente", destaca Mari Corrêa.

Em Rainha das formigas, Suyani Terena retrata o rito da puberdade das mulheres do povo Nambiquara, do Mato Grosso. Em Kaimanepa (2024), Helena Corezomaé retrata o marido falando sobre e com o filho autista. Aida Harika Yanomami e Roseane Yariani Yanomami narram o rito de um xamã Yanomami em Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando (2023) por meio de uma narradora feminina. Lily Baniwa reflete sobre a relação entre a água do Rio Negro e as mulheres em Ooni (2022). “Antropólogos e jornalistas sempre buscaram lideranças masculinas. Retratar o íntimo é abordar questões importantes que ninguém está percebendo”, diz Mari. O íntimo também pode fazer parte de uma luta coletiva. Em Mensageiras da Amazônia (2022), o coletivo Munduruku Daje Kapap Eypi tece uma metanarrativa em que mulheres se retratam, com a ajuda de drones, expulsando garimpeiros e madeireiros de suas terras.

Em alguns casos, a criação de uma obra audiovisual muda para sempre o papel das mulheres em suas próprias aldeias. Em 2024, onze mulheres da etnia Shawadawa, do Acre, embarcaram em uma expedição inédita fora de suas aldeias para reabrir os caminhos da Terra Indígena Arara e proteger suas terras de invasões. Na sala de estar do Instituto Catitu, Caylandia Shawadawa, 25, Catilane Shawadawa, 19, e Fátima Shawadawa, 40, refletem sobre como os homens ridicularizaram sua tentativa. "Disseram que não conseguiríamos resistir. Sofremos com a chuva, falta de comida, cólicas. Voltamos para a aldeia e agora vamos exibir o documentário para o país inteiro", diz Catilane.

Fátima Shawãnawa, mãe de seis filhos e avó de quatro, confessa que nunca se aventurou muito longe da aldeia São Luiz: “Nunca tínhamos caminhado assim, no meio da mata. Dormíamos entre cobras e panteras. Caminhamos com a ajuda de GPS.” Elas reabriram as trilhas em nove dias. Depois, plantaram árvores altas para marcar o território e protegê-lo de intrusos. As três mulheres, agora oficialmente parte da Rede Katahirine, confessam que tudo mudou depois da expedição. Catilane se tornou uma liderança jovem da Terra Indígena Arara. Caylândia se sentiu “totalmente apoiada” pelos homens. “Alguns anciãos nos disseram: se vocês não estivessem aqui nos gravando, não teríamos contado essas histórias para vocês”, diz Catilane. Após a produção do documentário ainda sem título sobre as mulheres Shawãnawa, os homens querem que elas participem e gravem os encontros.

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