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Grifes de luxo usam couro proveniente de desmatamento ilegal no Pará, diz estudo

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25 Junho 2025

Investigação da ONG Earthsight, com colaboração da Repórter Brasil, identificou a rede de fornecedores de couro de marcas como Chanel, Balenciaga e Gucci; Segundo a pesquisa, parte da matéria-prima exportada vem de curtume abastecido pela Frigol, frigorífico apontado como comprador de gado criado em terras indígenas e áreas embargadas.

A reportagem é de Poliana Dallabrida, publicada por Repórter Brasil, 24-06-2025. 

Grifes internacionais estão comprando couro de empresas que têm vínculos com fazendas que criam animais em terras indígenas e em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. Esta é a conclusão de um estudo publicado nesta terça-feira (23) pela organização não-governamental britânica Earthsight.

A investigação, realizada em colaboração com a Repórter Brasil, analisou decisões judiciais, imagens de satélite, registros de embarques e se infiltrou em feiras do setor para desvendar a rede de fornecedores de couro de marcas como Chanel, Balenciaga e Gucci.

Segundo a Earthsight, na base desta cadeia produtiva está o frigorífico Frigol, abatedouro apontado como comprador de gado criado em áreas embargadas por desmatamento e em fazendas instaladas ilegalmente dentro da Terra Indígena (TI) Apyterewa, em São Félix do Xingu (PA).

Conexão Itália-Pará

De acordo com o estudo, a quase totalidade do couro exportado do Pará para a Europa tem como destino a Itália. Parte desse produto é comprado pelas empresas Conceria Cristina e Faeda, dois curtumes da região italiana de Vêneto, onde é processado e rebatizado como couro italiano. As empresas italianas são fornecedoras de dezenas de grifes dos setores de moda, automotivo e design de interiores.

Além das já citadas Chanel, Balenciaga e Gucci, a Conceria Cristina fornece o couro adquirido do Brasil para a grife americana Coach, marca que tem a Geração Z como público-alvo e vende bolsas entre R$1.900 e R$3.800, valores considerados “acessíveis” para o mercado de luxo. A relação comercial entre a Coach e a Conceria Cristina foi informada por um representante do curtume italiano aos pesquisadores da Earthsight.

A investigação aponta que um fornecedor-chave das empresas italianas é a Durlicouros, maior exportador de couro do Pará para a Europa. Segundo registros de exportação analisados pela Earthsight, a Durlicouros exportou para a Itália 90% de todos os couros produzidos no Pará entre 2020 e 2023, totalizando 14,7 mil toneladas. À Earthsight, a Durlicouros confirmou que compra as peles de animais do frigorífico Frigol.

Histórico de irregularidades

A Frigol é um dos cinco maiores frigoríficos do país, com capacidade de abate de 2,4 mil cabeças de gado por dia em suas instalações no estado do Pará, de acordo com dados do estudo da Earthsight.

Em outubro de 2024, o Ibama multou a Frigol e outros frigoríficos pela compra de 18 mil cabeças de gado criadas em floresta amazônica desmatada ilegalmente nos estados do Pará e Amazonas.

A investigação da Earthsight obteve documentos, via pedidos de Lei de Acesso à Informação (LAI), que apontam, segundo a ONG, que a Frigol havia comprado 3.643 cabeças de gado criadas ilegalmente em duas áreas embargadas em uma fazenda em São Félix do Xingu (PA) em 2019. Por adquirir o animal de áreas embargadas, onde a pecuária é proibida, a empresa foi multada em quase R$ 2 milhões.

Apesar disso, segundo a ONG britânica, entre janeiro de 2020 e outubro de 2023 a Frigol continuou comprando gado da propriedade com áreas embargadas. A Earthsight analisou imagens de satélite para comprovar que não houve tempo para a recuperação da área desmatada ilegalmente.

Gado criado em Terra Indígena

O frigorífico ligado à cadeia de fornecimento da Coach, Chanel, Balenciaga e Gucci é também apontado no estudo como comprador de gado de pecuaristas processados por criar animais ilegalmente na Terra Indígena (TI) Apyterewa, em São Félix do Xingu (PA). Localizada no sul do Pará, a TI Apyterewa tem 773 mil hectares. Em outubro de 2023, o governo federal iniciou a operação de desintrusão (retirada de ocupantes irregulares). No entanto, indígenas Parakanã que vivem no território afirmam que a tensão e os ataques por parte dos invasores continuam.

O estudo da Earthsight menciona uma investigação da ONG norte-americana EIA (Agência de Investigação Ambiental, na sigla em inglês), publicada em maio de 2024, que apontou que uma fazenda que abastecia a Frigol havia comprado gado de sete fazendas ilegais na TI Apyterewa. Em setembro de 2022, uma investigação da Repórter Brasil já apontava que parte do gado criado ilegalmente na terra indígena abastecia o frigorífico.

Os animais, no entanto, não eram fornecidos diretamente para a Frigol. No Brasil, não é incomum que o gado seja transferido de fazendas em terras desmatadas ilegalmente ou sobrepostas a territórios indígenas para fazendas legais antes de ser vendido para os frigoríficos, ocultando sua verdadeira origem.

O estudo da Earthsight aponta que o MPF está processando 33 fazendeiros e duas empresas, alegando que 47,2 mil cabeças de gado foram criadas ilegalmente na TI Apyterewa. A Earthsight afirma ter confirmado que 14 dos fazendeiros processados pelo MPF venderam mais de 17 mil cabeças de gado para a Frigol entre 2020 e 2023, o suficiente para produzir 425 toneladas de couro. A ONG não conseguiu determinar o número exato de bovinos criados originalmente na TI Apyterewa.

“Os consumidores de produtos de luxo esperam que os altos preços ofereçam alguma garantia de que não estejam contribuindo para o desmatamento ou a invasão de terras indígenas. Esta investigação mostra que essa confiança é equivocada. Até que as marcas de moda comecem a realizar uma auditoria adequada em suas próprias cadeias de suprimentos não podem garantir que seus produtos estejam livres dessas ilegalidades”, afirma Rafael Pieroni, líder da equipe da Earthsight para a América Latina.

O que dizem as empresas

À Earthsight, a Frigol disse que não identificou irregularidades em fornecedores direitos acusados de adquirir gado criado dentro da TI Apyterewa. Também disse que sua política de compras está alinhada ao Boi na Linha, protocolo de monitoramento de aquisição de gado desenvolvido pela ONG Imaflora em parceria com o MPF. Com isso, 100% do gado adquirido de seus fornecedores diretos, aponta a Frigol, foi criado em conformidade com critérios socioambientais. A empresa também afirma ser capaz de monitorar seus fornecedores indiretos de primeiro nível – os últimos pecuaristas a fornecem aos fornecedores diretos.

Em posicionamento enviado à Repórter Brasil, o frigorífico ressaltou que “esclareceu detalhadamente a cada uma das hipóteses apresentadas” no relatório da Earthsight, “demonstrando que todas as compras de gado estão em conformidade socioambiental”. A Frigol reforçou também que é signatária do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Pecuária Sustentável do Estado do Pará. Conhecido como TAC da Carne, o acordo foi criado em 2009 e estabelece que os frigoríficos devem se comprometer a não adquirir gado de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia após 2008. Auditorias anuais são realizadas pelo MPF e organizações parceiras para avaliar o cumprimento do pacto.

Segundo o frigorífico, a Frigol obteve 100% de conformidade nas aquisições de gado de seus fornecedores diretos pelos últimos três ciclos consecutivos de auditorias. A empresa também disse ter a meta de mitigar o desmatamento por fornecedores indiretos até 2030, “com intenção de antecipar para 2025 a mitigação do desmatamento indireto nível 1”. O posicionamento completo da empresa pode ser lido aqui.

Em resposta enviada à Earthsight, a Durlicouros não comentou relações comerciais específicas apresentadas no estudo. A empresa disse ter o compromisso com a “rastreabilidade e o abastecimento responsável de couro”. A empresa ressaltou ser signatária, assim como seus fornecedores, do TAC da Carne.

Chanel, Balenciaga e Gucci disseram à Earthsight que não usam couro brasileiro em seus produtos. A Chanel revelou também que encerrou recentemente seu relacionamento com a fornecedora italiana Faeda, após perder a confiança no sistema de rastreabilidade da empresa. A Faeda afirmou que não forneceu couro brasileiro às marcas de moda. A Conceria Cristina e a grife Coach não responderam aos pedidos de comentário da Earthsight.

A Repórter Brasil entrou em contato com a Durlicouros, com as marcas Coach, Chanel, Balenciaga, Gucci e com os curtumes italianos Faeda e Conceria Cristina para comentar o relatório da ONG britânica, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

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