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03 Junho 2025

"Há uma espécie de tragédia em nossa história: o daimon foi praticamente recalcado e esquecido", escreve Leonardo Boff, ecoteólogo, filósofo e escritor. Autor, entre outros livros, de Cuidar da Casa comum: pistas para protelar o fim do mundo (Vozes).

Eis o artigo.

Indubitavelmente entre as tantas crises que assolam nossa civilização atual a crise da consciência ética e moral é uma das mais graves. Há analistas que consideram o eclipse da ética uma das causas principais dos impasses atuais, da desesperança e da angustiante pergunta: A seguir o curso atual que recalcou a consciência ética e com isso o sentido de corresponsabilidade por “uma comunidade global de destino comum para toda a humanidade” para usar uma feliz expressão frequente na boca de Xi Jinping da China, nos poderá, por nossa culpa, levar a uma gravíssima situação, eventualmente final de nossa existência nesse planeta.

Não pretendemos aprofundar esta linha de pensamento com toda a plausabilidade que ela contém. Nosso propósito é mais singelo: em momentos de gravosa perplexidade, da erosão de utopias esperançadoras e das incertezas sobre que destino nos espera, urge voltar aqueles dados mínimos de onde surge a consciência ética e redizê-los para o nosso momento atual.

Tomo como referência dois conceitos gregos, pois, foi na Grécia, no seio de uma grande crise de passagem de uma visão mítica do mundo para uma visão racional com os grandes filósofos como Platão e Aristóteles e os teatrólogos como Sófocles, Eurípides e Ésquilo, que se elaborou a filosofia e o pensamento ético, válidas ainda hoje. As categorias são gregas mas tocam um valor universal: o “daimon” e o “ethos”.

De saída cabe aclarar que “daimon” não tem nada a ver com o demônio. Ao contrário, é o anjo bom e protetor. O “daimon” para os gregos clássicos é sinônimo da consciência profunda e interior (syneídesis) aquela voz que nunca se cala, como um juiz que nos conclama para o bem e nos produz má consciência pelo mal que fizermos. Ela pertence à natureza humana tanto quanto a inteligência e a vontade.

Sócrates que sempre se deixava orientar por ele, o chama de “voz profética dentro de mim, proveniente de um poder superior” ou também de “sinal de Deus”. Mais tarde o grande pensador Sêneca considerava a consciência interior a sede onde habita Deus (prope est a te Deus, tecum est, intus est). Filon de Alexandria, também grande filósofo, via na consciência a presença do Divino na alma.

O fato é que o daimon (consciência) significa aquela voz da interioridade que sempre nos acompanha. Não está em nosso poder calá-la. O criminoso ou corrupto (e há tantos entre nós) podem fugir para longe, esconder-se da justiça, mas está sempre sendo aguilhoado pelo juiz interior que o condena pelo malfeito e que não o deixa tranquilo.

Ou aquele sentimento vivo e profundo que aplaude o gesto de generosidade que tivermos feito para com o faminto da rua. Todos são portadores da “consciência-daimon” pelo simples fato de sermos humanos com espírito, subjetividade (o nosso profundo) e com livre arbítrio, homens e mulheres, capazes de fazer coisas hediondas (mesmo a mais ocultas) ou coisas honradas que nos gratificam.

Ethos é outro conceito grego donde nos vem a palavra ética. Ethos significa a morada humana, não simplesmente o edifício material. A moradia deve ser entendida existencialmente como aquele espaço trabalhado por nós, que nos protege, dentro do qual vivemos e convivemos, distribuímos todos os espaços, o lugar da sala de visita, os quartos de dormir, a cozinha e a dispensa.

Toda morada-ethos deve ter a sua aura boa que nos faz sentir “em casa”, especialmente quando retornamos do trabalho ou de uma viagem. A ela pertence o cantinho sagrado (o lugar da deusa Héstia, protetora da morada), onde guardamos fotos e memórias queridas, a vela que arde ou os santos de nossa devoção. Ao ethos-moradia pertencem os cuidados e a boa relação para com os vizinhos.

Heráclito, genial filósofo pré-socrático (500 a.C), uniu as duas palavras no aforismo 119: “o ethos é o daimon do ser humano” vale dizer, “a casa é o anjo protetor do ser humano”. Esta formulação esconde a chave para toda uma construção ética em termos simples e práticos, válida para nossos tempos sombrios.

Ser fiel a esse anjo bom faz com que moremos bem na casa, a individual, a cidade, o país e o planeta Terra, a Casa Comum. Tudo que fizermos para que se more bem juntos (felicidade) é ético e bom, o contrário é antiético e mau.

No entanto, há uma espécie de tragédia em nossa história: o daimon foi praticamente recalcado e esquecido. Em seu lugar, os filósofos antigos referidos ou os modernos como a moral cristã ou como Immanuel Kant e outros, colocaram sistemas éticos, com princípios e normas morais, não raro, tidas como válidas para todos, desconsiderando a singularidade de cada cultura e a mudança dos tempos.

Mas, independente destes fatores cambiantes, a voz do anjo bom não deixa de falar e de se fazer sentir independentemente de nossa vontade, mesmo quando é confundida com as mil outras vozes, que se fazem ouvir na sociedade. Se quisermos uma revolução ética duradoura devemos liberar o daimon – consciência, coberto de cinzas do nosso egoísmo, do consumismo e do espírito de maledicência e de brutalidade nas relações pessoais e sociais.

Para desmontar nosso paradigma inumano por um novo libertador devemos começar a auscultar o daimon de novo e tomar a sério o ethos, como casa não só pessoal, mas planetária. No termo, é o bom senso ético. Ele nos sugerirá como ordenar a casa que é a cidade, o Estado e a Casa Comum planetária. Não temos outra saída.

Escutar o daimon e cultivar o ethos que afetam cada pessoa, universalmente, podem trazer alguma paz geral e fazer surgir uma atitude de respeito para com a natureza e uma ética do cuidado da Casa Comum. Isso nos poderá salvar. Então poderá irromper uma reconciliação geral entre os humanos e com a natureza.

Leia mais

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