30 Outubro 2024
Inclusão das árvores na Lista Vermelha da IUCN mostra dado assustador: pelo menos 16.425 das 47.282 espécies avaliadas estão em risco de extinção.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 30-10-2024.
A primeira Avaliação Mundial das Árvores publicada na 2ª feira (28/10) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) indica que 38% das espécies arbóreas do mundo estão ameaçadas de extinção. O documento mostra que, das 47.282 espécies identificadas, 16.425 podem desaparecer.
Ilhas são particularmente vulneráveis, com a maior proporção de árvores ameaçadas devido ao desmatamento para desenvolvimento urbano e agricultura, destaca o Down to Earth. Espécies invasoras, pragas e doenças exacerbam ainda mais as ameaças em territórios insulares.
Na América do Sul, continente com a maior diversidade de árvores do mundo, 3.356 das 13.668 espécies avaliadas estão ameaçadas de extinção. As maiores ameaças às árvores nesse continente são o desmatamento para dar lugar a plantações e criação de gado [olá, agronegócio brasileiro!].
Além do desmatamento, as mudanças climáticas aumentam a ameaça às espécies arbóreas, principalmente nos trópicos, explica o EcoWatch. O risco crescente se deve ao aumento da temperatura, mudanças no regime de chuvas, tempestades mais fortes e frequentes e à elevação do nível do mar.
A lista vermelha da IUCN, inventário global do estado de conservação de espécies vegetais e animais, foi atualizada com outros números alarmantes, informam Folha, Correio Braziliense, Exame, InfoMoney, Estadão, O Globo, New York Times, Al Jazeera e O Globo. Do total de 166.061 espécies avaliadas, 46.337 estão ameaçadas de extinção e 10.235 estão em perigo crítico. Mais de 900 já desapareceram. E pela primeira vez a maioria das árvores foi incluída na lista.
“As árvores são essenciais para sustentar a vida na Terra por seu papel vital nos ecossistemas, e milhões de pessoas dependem delas para suas vidas e meios de subsistência. Enquanto a Lista Vermelha da IUCN celebra 60 anos de impacto, essa avaliação destaca sua importância como um barômetro da vida, mas, crucialmente, também como uma ferramenta única para orientar ações que revertam o declínio da natureza,” disse Grethel Aguilar, diretora geral da IUCN.