Lideranças Guarani e Kaiowá realizaram um ato em frente ao Ministério da Justiça , em Brasília , cobrando o fim dos ataques de fazendeiros contra as comunidades indígenas em Douradina (MS) .
A informação é publicada por Conselho Indigenista Missionário (Cimi) , 09-08-2024.
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Na tarde de quinta-feira, 08-08-2024, lideranças Guarani e Kaiowá realizaram um ato em frente ao Ministério da Justiça (MJ ) em apelo pelo fim do massacre promovido por fazendeiros da região de Douradina (MS ), contra as comunidades da Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica . Os ataques armados sistemáticos duram quase um mês e já resultaram em mais de uma dezena de feridos.
A comunidade exige a desmobilização de um acampamento ruralista instalado dentro da terra indígena, cuja violência e permanência é instigada por políticos locais . As lideranças também reivindicam medidas efetivas de proteção e segurança da comunidade e avanço na demarcação de sua terra.
A TI Panambi – Lagoa Rica foi identificada e delimitada em 2011, com 12 mil hectares, e aguarda desde então a emissão da portaria declaratória, uma atribuição do MJ . Desde 2018, a pasta encontra-se em completa paralisia em relação às terras indígenas. São cinco anos sem nenhum avanço nesta etapa do processo demarcatório.
Para Celso Alziro , cacique da TI Panambi – Lagoa Rica , a demarcação é o único caminho possível para o fim dos ataques. Para ele, “se não tiver demarcação, o povo Kaiowá e Guarani vai continuar morrendo”. Integrantes do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) somaram-se ao ato, em solidariedade aos Guarani e Kaiowá .
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