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O Novo Testamento lido pelos judeus. Artigo de Roberto Mela

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08 Fevereiro 2024

"O conhecimento do ambiente judaico da ação e da pregação de Jesus induz os cristãos a cautela e prudência na sua ação interpretativa", escreve Roberto Mela, padre dehoniano, teólogo e professor da Faculdade Teológica da Sicília, em artigo publicado por Settimana News, 06-02-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O monumental volume publicado pela Queriniana coloca à disposição dos leitores italianos uma obra muito importante em vários níveis. Publicada na primeira edição em 2011 e republicada e ampliada em 2017, tem a curadoria de dois professores eméritos. A.-J. Levine é emérita da Vanderbilt University Divinity School e leciona Novo Testamento e estudos judaicos no Hartford Seminary, enquanto M.Z. Brettler é emérito da Brandesi University e leciona estudos judaicos na Duke University.

Reuniram cerca de oitenta estudiosos para ler com olhar de especialistas do mundo exegético judaico o texto fundamental do cristianismo, o Novo Testamento.

Percebe-se imediato a riqueza contida no texto, considerando a história não muito rica de relações positivas entre os mundos judaico e cristão no que diz respeito ao NT, exceto pelas figuras de Jesus e Paulo.

Comentários, caixas e mapas

Depois dos dois Prefácios e das Abreviações (pp. V-XX), o volume reúne, numa primeira parte, os comentários a cada um dos livros do NT (pp. 1-616).

É apresentada a tradução da CEI 2008 e o comentário segue os versículos individuais ou curtas perícopes. Os termos gregos são transliterados de modo científico. Os versículos comentados são citados em negrito, facilitando a consulta.

Acima do texto bíblico, no topo da página, há cerca de uma centena de caixas dedicadas a pontos específicos sobre temas e personagens de particular interesse. Citamos, por exemplo, a genealogia de Jesus proposta por Mateus, o grito de sangue, o “grito de abandono” de Jesus, os fariseus em Lucas, diversas parábolas, os filhos do diabo, o Paráclito, os judeus e a morte de Jesus, Gamaliel, Paulo e os Judeus, a Lei, Deus é um para toda a humanidade, Cristo como o objetivo da Torá, Liberdade da Lei, costumes sexuais, amaldiçoar Jesus, visões judaicas de amor, leitura da antiga aliança, a disciplina nas sinagogas Os sete céus – Nem judeu nem grego, o código doméstico, expressões particulares em Colossenses e Efésios, o “muro de separação” – “aboliu a lei” – “um só novo homem”, o homem do pecado que se opõe e se levanta contra  (2Ts 2,3-4), inspiração, fábulas judaicas, a escravidão no Império Romano, a perfeição pelo sofrimento, a Palavra plantada, Balaão na tradição judaica e cristã, o servo sofredor de Isaías e o sofrimento sob a perseguição, o anticristo, a expiação , a literatura sobre Enoque no Judaísmo do Segundo Templo, Profecia oral e escrita, Cristo como aspecto visível de Deus, as cartas às sete Igrejas, os chamados judeus e suas sinagogas de satanás, etc.

Há também doze mapas relativos à geografia dos quatro Evangelhos, as terras natais dos peregrinos de Pentecostes, os locais das primeiras atividades missionárias cristãs, as três viagens missionárias de Paulo, a viagem de Paulo a Roma, os lugares mencionados em Gálatas 1-2, as sete igrejas do Apocalipse.

Cinquenta ensaios

A segunda grande parte da obra (pp. 619-881) é dedicada a cinquenta e quatro ensaios monográficos relativos a diferentes áreas temáticas do NT e que encontram uma interface no mundo judaico e na sua literatura da época e posterior ao NT.

A interpretação rabínica e talmúdica de várias temáticas ajuda a esclarecer o ambiente em que Jesus e a Igreja primitiva atuaram e permite perceber diferenças, descontinuidades e continuidade entre os dois mundos culturais e religiosos, além das diferenciações presentes dentro do próprio Judaísmo.

Três ensaios são dedicados à história (contexto greco-romanos do NT; história judaica de 331 AEC a 135 EC; revoltas contra Roma) e sete à sociedade: Judaísmo e identidade judaica; Iudaios; A arqueologia da terra de Israel na época de Jesus; a vida da família judaica no I século EC; casamento e repúdio; gênero.

Depois são ilustrados os movimentos judaicos do período do NT: fariseus, movimentos messiânicos, o Jesus histórico; Paulo e o Judaísmo; judaizantes, Judaico-Cristãos e outros.

Quatro ensaios analisam as relações entre judeus e gentios: opiniões judaicas sobre os gentios; o conceito de próximo na ética judaica e cristã; alimento e comunhão na mesa; Birkat Ha-Minim: uma maldição judaica contra os cristãos?

A seguir são examinadas as práticas religiosas. São revistas a lei, o sacrifício e o templo, a sinagoga, a oração, o tempo com calendários e as festividades, a circuncisão, o batismo e a Eucaristia, o sepultamento de Jesus entre textos e arqueologia.

Quatro ensaios são dedicados à crença religiosa: taumaturgos judeus e magia no final do período do Segundo Templo; Seres sobrenaturais; Logos: uma palavra hebraica: o prólogo de João como midrash.

No que diz respeito à literatura, os dez ensaios examinam o cânon do NT, a linguagem do NT e a tradução da Bíblia, a Septuaginta, Midrash e parábolas, os Manuscritos do Mar Morto, Fílon de Alexandria, Flávio Josefo, O NT entre Tanakh (Bíblia Hebraica) e literatura rabínica, uma reflexão sobre as reivindicações cristãs, O cumprimento das Escrituras.

O último bloco de doze ensaios concentra-se nas respostas ao Novo Testamento. Eles analisam as respostas judaicas aos que creem em Jesus, Jesus na tradição rabínica, Jesus na tradição judaica medieval, Jesus no pensamento judaico moderno, Paulo no pensamento judaico, Maria na tradição judaica, Jesus e o Novo Testamento na moderna cultura iídiche e judaica, O Novo Testamento nas artes judaicas, Cristologia, Judaísmo Messiânico, Proferir falso testemunho: erros comuns sobre o Judaísmo primitivo, O Novo Testamento e as relações judaico-cristãs.

Tabelas, glossário, índice temático

O volume termina (pp. 882-935) com várias tabelas (cronologia, tabela cronológica dos governadores, alguns rabinos tanaíticos, alguns rabinos amoraicos, calendário, pesos e medidas, textos paralelos, cânones da Bíblia Hebraica/Antigo Testamento com acréscimos, bibliografia, divisões e tratados da Mishná, do Talmud e da Tosefta), o glossário, o índice temático (pp. 915-935), editores e colaboradores.

Riqueza interpretativa

O livro representa o exemplo de como também os estudiosos judaicos conhecem e aplicam o método histórico-crítico em sua abordagem aos textos bíblicos, enquanto, na interpretação tradicional, os judeus utilizam cadeias de comentários tradicionais para a sua exposição nas homilias (derashot), fundamentadas nas reflexões dos rabinos e dos místicos das gerações anteriores.

Os estudiosos responsáveis ​​pelos comentários estão convencidos de que os textos do NT foram originalmente concebidos e transmitidos em hebraico ou aramaico, antes de serem compostos em grego. Muitos gêneros literários nos quais se expressam pertencem ao mundo judaico do Segundo Templo. Várias temáticas e discussões religiosas são peças que pertencem ao variegado mundo judaico da época. João Baptista, Jesus, os seus movimentos (que podem ser vistos como conservadores ou inovadores) não podem ser totalmente compreendidos sem ter em mente esse mundo religioso da época.

Discute-se o quão novo seria o pensamento instaurado com Jesus em relação ao mundo das ideias da época e questiona-se se era necessário que a “separação dos caminhos” se tornasse um conflito aberto. Quais foram as forças que deram origem a uma mudança de práxis judaica que se tornou secular?

O conhecimento dos targumim, dos midrashim e das tradições rabínicas é de grande ajuda para iluminar e tornar as tradições presentes no NT ainda mais credíveis para os cristãos.

Os numerosos ensaios presentes no texto ajudam a ilustrar temáticas decisivas sobre as quais podem ser depositadas interpretações que não são mais sustentáveis.

O estudo sobre o Sinédrio, sobre sacrifícios, sobre casamento e divórcio, etc. fornecem informações valiosas para uma compreensão mais equilibrada do NT. A questão da relação com os pagãos (na qual Jesus oscila entre abertura e fechamento) também recebe mais esclarecimento.

O conhecimento do ambiente judaico da ação e da pregação de Jesus induz os cristãos a cautela e prudência na sua ação interpretativa.

Massimo Giuliani, numa recente apresentação da obra, conclui a sua exposição com as expressões que citamos no final das nossas notas. “Mesmo na Itália, uma ferramenta como este Novo Testamento lido pelos judeus, para além da curiosidade, só pode contribuir para superar ensinamentos obsoletos e homilias antijudaicas, aliás, para fazer crescer a consciência de que a identidade judaica de Jesus não é um obstáculo à sua compreensão no lado cristão, e que até mesmo a pregação paulina é melhor compreendida à luz do contexto religioso e político da sociedade judaica daquele dramático primeiro século”.

O livro apresenta-se, portanto, como uma ferramenta de grande valor para consulta relativa à interpretação de passagens do NT, bem como para um melhor conhecimento mais geral do mundo em que Jesus e os primeiros discípulos se moveram, o que colabora para explicar melhor o seu pensamento e a sua ação.

Os organizadores da obra expressam a certeza da profunda judaicidade de Jesus e de muitos de seus discípulos e visam dar a conhecer aos judeus a riqueza da literatura do Novo Testamento - Escritura para os cristãos e praticamente desconhecida do mundo judaico -, favorecendo um maior conhecimento mútuo entre Judeus e Cristãos.

Fonte

AMY-JILL LEVINE – MARC ZVI BRETTLER, l Nuovo Testamento letto dagli ebrei. Edição italiana editada por Flavio Della Vecchia, Queriniana, Brescia 2023 (or. Oxford University Press 2011, 22017), pp. 956, € 120,00, ISBN 9788839901217.

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