Francisco: “Quanto me resta para fazer? Tudo”

Mais Lidos

  • O sínodo secreto que está ocorrendo em Roma. Artigo de Phyllis Zagano

    LER MAIS
  • Papa responde às “dubia” de cinco cardeais

    LER MAIS
  • O Sínodo e as dubia dos cardeais

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

26 Mai 2023

  • Um emigrante sempre sente falta do "ar nativo. O chimarrão que a tua mãe, a tua tia, a tua avó te dão acabado de fazer não é o mesmo que tu mesmo fazes".

  • "Quando fui eleito, coloquei em prática essas coisas: o sistema econômico, as novas leis do Estado do Vaticano, a pastoral do Serviço do Vaticano, que é muito importante".

  • Ucrânia: "A paz será alcançada no dia em que os dois possam conversar, ou eles dois ou através de outros".

A reportagem é publicada por Efe, e reproduzida Religión Digital, 25-05-2023.

O Papa Francisco lamentou o drama e o “gravíssimo problema” dos imigrantes indocumentados, daqueles que migram “por necessidade”, e denunciou que a África continua a ser um continente “explorado” por potências estrangeiras que “colocam aí suas indústrias e não fazem nada para o país crescer, mas para explorá-lo".

Da Cidade do Vaticano e em entrevista em espanhol ao jornalista Julio Vaqueiro, da Telemundo, Francisco contou sua própria história como filho de imigrantes (o pai era contador de um banco na Itália quando emigraram para a Argentina) e disse sentir saudades de sua terra natal, a Argentina, que "você sempre deixa alguma coisa".

A um emigrante sempre “falta o ar nativo. O chimarrão que a tua mãe, a tua tia, a tua avó te dão acabado de fazer não é o mesmo que tu mesmo fazes”, respondeu à pergunta do jornalista.

Ele também conversou com o repórter hispânico sobre sua saúde, aborto, abuso sexual, mudanças na Igreja e o pedido feito pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, entre outros assuntos.

Sobre esses dez anos de papado e as mudanças vividas, Francisco disse que “muitas coisas mudaram” na Igreja Católica, mas o que ele colocou em prática foi o que “os cardeais nas reuniões pré-conclave haviam dito que deveria ser feito."

"E quando fui eleito, coloquei em prática essas coisas: o sistema econômico, as novas leis do Estado do Vaticano, a pastoral do Serviço Vaticano, que é muito importante", enfatizou.

As mulheres entraram no Vaticano

Nesse contexto de mudança, ele destacou que "parte dessa pastoralidade incluiu as mulheres (...) que são muito executivas, muito práticas: a vice-governadora é uma mulher. E muitas coisas foram mudadas", afirmou o Papa na entrevista.

Francisco, que foi eleito Papa em 2013 quando era o cardeal Jorge Bergoglio, em Buenos Aires, sua cidade natal, minimizou dizendo que "tudo isso foi solicitado pelos cardeais nas reuniões pré-conclave".

O encontro ocorreu no Vaticano pouco antes de uma reunião com jovens da fundação Scholas Occurrentes, que ele criou em seu país natal há 30 anos e que se expandiu para o mundo desde que se tornou Papa, relatou a rede de televisão hispânica.

Perguntado sobre o que lhe falta fazer, o Papa de 86 anos afirmou que "tudo".

"À medida que você vai envelhecendo, percebe que falta tudo, é uma coisa insaciável isso", comentou ao jornalista.

Aborto e assassinos de aluguel

Questionado sobre o aborto, um tema de debate "muito grande" nos Estados Unidos atualmente, enfatizou que, "no primeiro mês de concepção, antes que a mãe perceba, todo o sistema está formado e o DNA é claro. É um ser vivo".

"É lícito eliminar um ser vivo para resolver um problema? É lícito contratar um assassino de aluguel para resolver um problema?", questionou o Papa.

Sobre a guerra na Ucrânia, opinou que é "um problema político" e que "a paz será alcançada no dia em que eles dois possam conversar, seja entre eles ou através de outros".

Quanto à sua saúde (recentemente teve uma bronquite grave) e aos problemas em seu joelho, disse estar "muito melhor" e que já consegue caminhar.

"O joelho está melhorando e antes eu não conseguia andar. Agora voltei a andar. Alguns dias são mais dolorosos, como hoje. Em outros dias, não é, mas faz parte do processo", disse.

Nota do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

A íntegra da entrevista com o Papa Francisco pode ser acessada, em espanhol, aqui.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Francisco: “Quanto me resta para fazer? Tudo” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU