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O grande salto da renda per capita do Vietnã. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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22 Julho 2022

 

"O Brasil está preso à 'armadilha da renda média', enquanto o Vietnã está deixando para trás a situação de pobreza e caminha para ser um país de alta renda", escreve José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador em meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 20-07-2022.

 

Eis o artigo.

 

“Você não pode mudar o vento,
mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”
Confúcio (551 a.C. – 479 a.C)

 

O Vietnã está localizado no leste da península da Indochina, no Sudeste Asiático. O país faz fronteira com a República Popular da China a norte, Laos e Camboja a oeste, com o Golfo da Tailândia a sudoeste, e a leste e sul com o Mar da China Meridional. A história do país está documentada há mais de 2500 anos, sendo que durante cerca de mil anos, esta região foi dominada por sucessivas dinastias do império chinês, mas obteve a independência em 938 quando a dinastia Ngô foi estabelecida. O período dinástico terminou no século XIX, quando o país foi ocupado pela França, em 1858, dando início a quase um século de ocupação na chamada “União da Indochina” – Vietnã, Laos e Camboja.

 

Mapa do Vietnã e suas fronteiras. (Foto: Blog de Geografia)

 

Em 1940, os alemães ocuparam a França, que perdeu controle sobre suas colônias da Indochina. Em 1941 os japoneses invadiram o Vietnã. Terminada a guerra, em agosto de 1945, o líder comunista Ho Chi Minh protestando contra os colonizadores levou avante a luta pela independência criando a República Democrática do Vietnã. Em 1965, os primeiros soldados americanos desembarcaram no país ampliando a Guerra do Vietnã, que causou milhões de vítimas. Mesmo com a ajuda dos Estados Unidos, o Vietnã foi dividido em dois países separados: Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. Em dezembro de 1974, o Vietnã do Norte iniciou uma ofensiva em grande escala, que culminou com a queda de Saigon em 30 de abril 1975. Em 2 de julho de 1976, o Norte e o Sul do Vietnã foram fundidos para formar a República Socialista do Vietnã.

 

Em seguida e nos dez anos seguintes, o país viveu o período da “economia subsidiada” (Bao Cap), marcado pela coletivização da agricultura, pelos campos de reeducação forçada, pelo aumento da pobreza e pela carestia generalizada. Houve a fuga de centenas de milhares de refugiados vietnamitas, conhecidos como “boat people”. Em 1986, o país estava falido e com uma inflação de mais de três dígitos (700% ao ano). O Vietnã estava ficando para trás não só em relação às economias mais avançadas (Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura), mas também em relação à Tailândia, Malásia e, especialmente a China.

 

Para mudar este quadro, o partido comunista iniciou o período chamado de “renovação” (Doi Moi), em 1986, permitindo a substituição da coletivização das terras e o controle estatal generalizado pela paulatina abertura econômica do país, com reformas liberalizantes, privatizações e atração de investimentos externos – uma economia de mercado com orientação socialista, seguindo o exemplo da China. A partir destas mudanças, o Vietnã deu início a um período de crescimento acelerado da economia, com redução da pobreza.

 

A renda per capita vietnamita era de apenas US$ 538 em 1980, quando a renda brasileira era de US$ 11,4 mil, uma diferença de 21 vezes. Até 1987 a renda per capita do Vietnã estava abaixo de US$ 1 mil. Mas este quadro mudou com as reformas ocorridas na década de 1980 e o país do leste asiático iniciou um processo de rápido crescimento econômico, segundo o gráfico abaixo. Em 2014, a renda per capita brasileira era de US$ 15,8 mil, mais de 2,2 vezes superior aos US$ 7,3 mil da renda vietnamita. Mas a partir de 2015 a renda brasileira caiu enquanto a renda do Vietnã continuou subindo. As estimativas do FMI mostram uma renda per capita do Vietnã de US$ 15,3 mil em 2024, acima da renda do Brasil de US$ 15,1 mil em 2024. Em 2027, a renda do país asiático já estará 20% superior à do país latino-americano. Entre 1980 e 2027 a renda per capita do Vietnã deve crescer 36 vezes e a do Brasil somente 1,4 vezes.

 

Foto: Reprodução EcoDebate

 

O grande sucesso econômico do Vietnã se deve às altas taxas de investimento. Até 1993, o Brasil tinha taxas de investimento superiores às do país asiático. Mas o quadro mudou nas três últimas décadas e desde a recessão de 2015 as taxas de investimento do Brasil ficaram abaixo de 20% do PIB, enquanto o Vietnã tem taxas acima de 35%. Altos investimentos significam elevada incorporação de tecnologia e educação, alta produtividade dos fatores de produção e elevado crescimento econômico. Só existe desenvolvimento com progresso social quando as taxas de investimento permanecem acima de 25%.

 

Foto: Reprodução EcoDebate

 

Os últimos 40 anos do Vietnã são de grande crescimento demoeconômico. A população do Vietnã era de 28,3 milhões de habitantes em 1950 e passou para cerca de 100 milhões de habitantes em 2022. Para 2050, a estimativa é de 110 milhões na projeção média, devendo cair para 95 milhões de habitantes em 2100, conforme mostra o gráfico abaixo da Divisão de População da ONU. A densidade demográfica sempre foi alta, de 85 habitantes por quilômetro quadrado em 1950, passando para cerca de 280 hab/km2 em 2022 e podendo chegar a 313 hab/km2 em 2050.

 

Foto: Reprodução EcoDebate

 

O lado negativo do grande crescimento das atividades antrópicas do Vietnã se podem sentir no crescimento do déficit ambiental. Em 1961, o Vietnã tinha uma Biocapacidade per capita de 1,22 hectares globais (gha) e uma Pegada Ecológica per capita de somente 0,64 gha. Mas este quadro mudou e a Biocapacidade caiu para 0,94 gha e a Pegada Ecológica subiu para 2,27, o que gera um déficit ambiental de 141%. O Brasil ainda tem superávit ambiental, mas tem se reduzido bastante nas últimas décadas.

 

Foto: Reprodução EcoDebate

 

O contraste entre os dois países é evidente. O Brasil com uma economia estagnada e possui uma renda per capita em 2022 menor do que a de 2011 e só deve recuperar o mesmo nível do pico pré-recessão no final da atual década. O Brasil vive uma grande crise fiscal, possui baixos níveis de investimento e tem mais de 30 milhões de pessoas desempregadas ou subutilizadas. O déficit em transação corrente do Brasil mostra que o país tem uma economia submergente, pouco competitiva, que perde espaço no cenário global e que terá grandes dificuldades para resolver seus problemas sociais e ambientais.

 

O Brasil está preso à “armadilha da renda média”, enquanto o Vietnã está deixando para trás a situação de pobreza e caminha para ser um país de alta renda. O Vietnã está altamente integrado à economia global e, desde 2017, o comércio apoiou consistentemente o crescimento do PIB. O Vietnã tem relações comerciais com mais de 150 países, mas a maior parte de seu comércio está concentrada entre China, Coreia do Sul e Estados Unidos – formando um novo Triângulo Comercial do Pacífico (THO, 06/05/2022).

 

Nos 200 anos da Independência o Brasil não tem muitos motivos para comemorar. Há 80 anos, em 1941, o escritor austríaco Stefan Zweig publicou o livro “Brasil, País do Futuro”. O que se percebe hoje em dia é que o futuro está cada vez mais distante do Brasil e mais perto do Vietnã.

 

Referências:

 

ALVES, JED. Vietnã: o vencedor do duelo comercial entre EUA e China, Ecodebate, 14/08/2019. Disponível aqui.

ALVES, JED. Vietnã emergente e Brasil submergente, Ecodebate, 16/04/2021. Disponível aqui.

TRAN VAN THO. Vietnam and the new Pacific Trade Triangle, East Asia Forum, 6 May 2022. Disponível aqui.

 

Leia mais

 

  • IDH do Brasil, China, Venezuela e Vietnã em 2019. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Vietnã: o vencedor do duelo comercial entre EUA e China
  • Vietnã & um século de ensino católico sobre guerra e paz
  • Caminho do fracasso: Brasil tem uma das menores taxas de investimento do mundo. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • As 14 maiores economias do mundo de 1980 a 2022. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • China potência emergente e Brasil potência submergente. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Ásia emergente e América Latina submergente. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Brasil: quatro décadas de baixo crescimento econômico, sendo duas décadas perdidas

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