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A política de ódio e o assassinato do indigenista Bruno e do jornalista Dom

Servidores da Funai denunciam desmonte deliberado da política de proteção de terras indígenas pelo governo Jair Bolsonaro | Foto: Brasil de Fato/Divulgação

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21 Junho 2022

 

"Estamos convencidos de que nenhuma sociedade se constrói sobre o ódio ou sobre a pulsão de morte, mas sobre a convivência pacífica entre todos, no cuidado de uns para com os outros e da grande Casa Comum, a natureza incluída, especialmente a Amazônia, bem comum da humanidade", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

 

Eis o artigo.

 

O assassinato do conhecido indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips comoveram o país e o mundo. Esse crime só é compreensível no quadro de uma política de ódio e perseguição que o atual governo estabeleceu como políica normal, atingindo principalmente os povos originários, os negros, os de outra opção sexual e os pobres em geral. Só no tempo no nazifascismo se instalou tal prática política. Ela é expressão de barbárie, quando se passa por cima do contrato social que regula relações civilizadas entre os cidadãos.

 

Esse assassinato precisa ser investigado até o fundo e ter em conta a atmosfera de ódio, de violência estimulada de cima que tomou conta do país. Quem tem afirmado que a revolução de 64 errou em torturar pois deveria ter matado, quem explicitamente declara que se precisariaa fuzilar 30 mil esquerdistas e faz aberta apologia de um notório torturador, não está isento da atmosfera que propiciou o bárbaro crime cometido no Vale do Javari amazônico. Por que a PF suspendeu as investigações? A mando de quem? As instituições jurídicas estão submetidas à prova. Devem atuar.

 

Apesar desta verdadeira tragédia nacional não queremos perder a esperança de que tudo virá à luz e os culpados diretos e indiretos sejam punidos. O país vai encontrar o seu verdadeiro destino. Inspira-nos o legado de um dos maiores pensadores do Ocidente, o africano Santo Agostinho (354-430), dizia: jamais devemos perder a esperança porque sua alternativa é o suicídio. Mas confiem nela pois ela possui duas formosas irmãs: a irmã Indignação e a irmã Coragem. A indignação para rejeitar tudo que é mau e perverso. A coragem para mudar esta situação em benéfica. Nesse momento sombrio de nossa história temos que enamorarmo-nos da irmã indignação e da irmã coragem.

 

A irmã indignação

 

Indignamo-nos contra um governo que se propôs como tarefa destruir todo nosso passado cultural e impor outro modelo que pretende nos conduzir a tempos obscuros de outrora. Subserviente aos interesses norte-americanos, aliou-se ao mais atrasado e reacionário existente naquele país.

 

Indignamo-nos por um chefe de estado, que por sua alta função, deveria viver valores e virtudes que gostaria que o povo também vivesse. Ao contrário, se excede nos maus exemplos. Tem difundido a partir de cima uma onda de ódio, de mentiras, de violências e de fake news como política de estado. Tal atitude insuflou na sociedade e nos órgãos policiais situações de barbárie com uso indiscriminado da violência dirigida contra os mais desvalidos. Mostrou-se absolutamente irresponsável em questões ambientais, de modo particular quanto à Amazônia e ao Pantanal.

 

Indignamo-nos por ter-se aliado à Covid-19, negando sua importância, tentando impor a imunização de rebanho, sacrificando com isso centenas de pessoas, e prescrever medicinas sem qualquer efeito imunizador. Negou a eficácia das vacinas a ponto de, a seu tempo, recusar a sua aquisição. Ele é responsável de boa parte dos mais de 660 mil vitimados pela Covid-19 quando poderia tê-lo evitado. Raras vezes, de forma ritual, mostrou empatia e solidariedade pra com as famílias enlutadas.

 

Indignamo-nos por desprezar as leis e a Constituição, atacar o STF e o TSE, ameaçar com um golpe de estado e claramente afirmar que reconhece nas eleições apenas um único resultado, a sua reeleição. Caso contrário haverá convulsão social, manipulando sua base fanatizada e armada.

 

Indignamo-nos por ter traído a si mesmo e ao povo brasileiro, retomando inescrupulosamente a velha política que queria superar, aliando-se a grupos políticos oportunistas e conservadores com os quais articulou vergonhosamente um orçamento secreto,fonte de alta corrupção.

 

Indignamo-nos, por fim, por ser corrupto no sentido originário da palavra: ter um coração (cor) corrupto (corruptus). Pior que a corrupção monetária existente no atual governo mas impedida de ser investigada ou colocada sob sigilo, é a corrupção de sua mente e de seu coração. Ele é visivelmente tomado pela pulsão de morte, pelo descuido que mostra da vida das pessoas e da natureza. É desta corrupção fundamental que nasce seu ódio, sua boçalidade, as palavras de baixo calão as mentiras e a distorção da realidade. Como pode dizer ainda que tem Deus no coração?

 

A irmã coragem

 

Encorajam-nos à oposição e à resistência de políticos ligados aos interesses gerais da nação, especialmente dos movimentos sociais populares do campo e da cidade e de vários estratos maltratados por seu governo como artistas e atrizes, os cultores da cultura, os negros, os quilombolas, os indígenas e os pobres.

 

Encorajam-nos os meios de informação e de opinião alternativos seja impressos, seja pelas midias virtuais que mantém viva a consciência crítica e denunciam os desmandos governamentais e parlamentares.

 

Encorajam-nos os vários manifestos de professores e professoras, de intelectuais, artistas, gente dos movimentos sociais e do povo organizado contra as reformas que desmontaram conquistas históricas de direitos dos trabalhadores e de aposentados, entre outros.

 

Encoraja-nos a consciência nacional e coletiva em defesa de nossa democracia representativa que embora não seja de alta intensidade, comparece com o grande instrumento político para a manutenção de um estado de direito, da vigência e respeito à constituição e às leis, sendo o espaço das liberdades de opinião e da elaboração dos consensos.

 

Encorajam-nos as iniciativas populares e dos movimentos sociais, a despeito da falta de apoio dos órgãos oficiais, de viverem concretamente a ética da solidariedade em tempos de pandemia, ofecendo toneladas de alimentos orgânicos e milhões de quentinhas aos milhares e milhares de desempregados e afetados pela Covid-19.

 

Encorajam-nos os centenas de encontros virtuais, via LIVES, promovidos por grupos ou organizações sobre temas atuais, reforçando o engajamento e a esperança. Cabe enfatizar o alto valor civilizatório do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) fundado pelo ex-banqueiro Eduardo Moreira e seu grupo, oferecendo, virtualmente, 145 cursos, ministrados pelas melhoras cabeças nacionais e internacionais, atingindo mais de 60 mil alunos a preço de um sanduiche (42-49 reais) podendo por esse preço seguir todos os cursos.

 

Encoraja-nos a possibilidade de elegermos representantes políticos desde as assembleias estaduais e do parlamento que poderão dar sustentação a um eventual governo de resgate da democracia, dos direitos perdidos e de uma soberania ativa e altiva com repercussão internacional.

 

Encoraja-nos o apoio internacional às nossas forças democráticas, contra o autoritarismo, a barbárie social e resgatando nossa importância conquistada nas relações internacionais, especialmente pelas políticas de combate à fome e pelas demais políticas de inclusão social, técnica e universitária.

 

Encoraja-nos, por fim, a relevância que nosso país possuí, devido à sua privilegiada situação ecológica, no equilíbrio dos climas, na manutenção do sistema-vida e do sistema-Terra em beneficio nosso e de toda a humanidade.

 

Estamos convencidos de que nenhuma sociedade se constrói sobre o ódio ou sobre a pulsão de morte, mas sobre a convivência pacífica entre todos, no cuidado de uns para com os outros e da grande Casa Comum, a natureza incluída, especialmente a Amazônia, bem comum da humanidade.

 

Leia mais

 

  • Não é incompetência nem descaso: é método. Com o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, um limite foi ultrapassado na Amazônia – a nós, que estamos vivos, só nos cabe a luta
  • Por que chegamos a Jair Bolsonaro? Uma disquisição histórico-filosófica. Artigo de Leonardo Boff
  • A sombra tenebrosa do bolsonarismo. Artigo de Leonardo Boff
  • Relatório internacional destaca ameaça de Bolsonaro à democracia brasileira
  • No projeto autoritário de Bolsonaro, o importante é fechar a democracia. Entrevista especial com André Singer
  • Sob Bolsonaro: a democracia como farsa e as instituições como disfarce
  • O silêncio engravida o grito resiliente
  • A crise planetária e o resgate da democracia. Artigo de Antônio Sales Rios Neto
  • Salivando ódio contra indígenas: um balanço dos seis meses da (anti)política indigenista do governo Bolsonaro
  • Morte, ameaças e intimidação: o discurso de Bolsonaro inflama radicais
  • A esperança fugiu do Brasil. Ficaram só o ódio e o medo
  • Da esperança ao ódio: Juventude, política e pobreza do lulismo ao bolsonarismo

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