Desastres socioambientais: a saúde da população em contínuo risco

Brumadinho 2019 (Fonte: Wikimedia Commons)

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Por: Jonas Jorge da Silva | 14 Junho 2022

 

Vânia Rocha, pesquisadora colaboradora do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde - CEPEDES, da Fundação Oswaldo CruzFIOCRUZ, é muito clara: muitos dos desastres socioambientais, com impactos imediatos e de longa duração na saúde das populações, tem relação direta com o processo de produção hegemônico capitalista e são as populações dos países menos desenvolvidos as mais vulneráveis a essa dinâmica.

 

No último dia 11 de junho, a pesquisadora abordou o tema Impactos da emergência socioambiental na saúde coletiva em áreas rurais e urbanas, pelo quarto encontro da série de debates [online] Brasil: emergências socioambientais e horizontes políticos.

 

André Langer, do CEPAT, e Vânia Rocha, do CEPEDES/FIOCRUZ, na atividade: "Impactos da emergência socioambiental na saúde coletiva em áreas rurais e urbanas"

 

A iniciativa promovida pelo CEPAT conta com a parceria e o apoio de diversas instituições: Instituto Humanitas Unisinos - IHU, Núcleo de Direitos Humanos da PUCPR, Conselho Nacional do Laicato do Brasil - CNLB, Observatório Nacional Luciano Mendes de AlmeidaOLMA e Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Maringá.

 

Em coautoria com Luciana Londe, em 2021, Vânia Rocha publicou o livro Desastres: velhos e novos desafios para a saúde coletiva, que integra a coleção Temas em Saúde, pela editora FIOCRUZ.

 

“Secas, inundações, escorregamento de terras, derramamento de óleo, rompimento de barragens e pandemia de Covid-19. Todos esses eventos fazem parte de um conjunto de desastres - causados pelos mais diversos fatores - enfrentados pela população brasileira”, aponta a editora, ressaltando que as autoras do livro “abordam desastres que fazem parte da rotina de diversas regiões do país já há bastante tempo, assim como ocorrências mais recentes, como é o caso da emergência sanitária causada pelo novo coronavírus”.

 

E foi a partir de uma série de exemplos de desastres recentes em território brasileiro (rompimento de barragens, derramamento de óleo, chuvas intensas etc.) que Vânia Rocha contextualizou os riscos, impactos e a importância da prevenção desses fenômenos no que diz respeito à saúde da população.

 

Chamando a atenção para uma agenda promotora de uma cultura da prevenção e fortalecimento da cidadania contra os danos dos desastres à saúde da população, Rocha elencou alguns pontos centrais:

 

- Ter presente os multirriscos presentes em um fenômeno;

- Desenvolver metodologias para avaliar tais riscos;

- Incorporar a perspectiva da interdisciplinaridade e a intersetorialidade na observação dos fenômenos e no planejamento das ações;

- Ter ciência de que na comunicação de risco não basta apenas repassar informações, mas também é preciso criar canais de escuta das populações;

- Fortalecer a participação e o controle social, o SUS, as políticas públicas, a democracia e a autonomia institucional.

 

Abaixo, disponibilizamos a íntegra da exposição e debate.

 

 

 

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