05 Mai 2022
O Papa Francisco foi atacado por uma onda de comentários negativos na Polônia pelas palavras pronunciadas sobre as causas da guerra na Ucrânia, essencialmente atribuíveis àquele "ladrar da OTAN" que teria irritado e provocado Putin. A entrevista papal concedida ao Corriere della Sera continua a ser um assunto incandescente nos países europeus que fazem fronteira com a Rússia e que não compreendem de forma alguma esta leitura dos fatos.
A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 04-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Os principais jornais, blogs, rádios não pouparam o Papa Bergoglio de pesadas críticas. O conhecido historiador Jarosław Makowski definiu como "perturbadoras" as afirmações do pontífice e o uso de termos, como aquele ladrar, identificado para rastrear a atividade da Aliança como motivo para a reação agressiva do Kremlin. “O Papa dá a impressão de um homem que relativiza as atrocidades que vemos todos os dias. E a afirmação sobre o ladrar da OTAN enquadra-se na propaganda do Kremlin”, sublinhou.
O Papa, por vários meios de comunicação poloneses, é comparado com Pio XII. Se Pacelli entrou para a história como o pontífice dos silêncios sobre Hitler, Bergoglio corre o risco de se tornar o papa de Putin.
Também a outra frase - “Por enquanto não vou a Kiev. Primeiro tenho que ir a Moscou, tenho que me encontrar com Putin. Mas eu também sou um padre, o que posso fazer? Eu faço o que eu posso. Se Putin abrisse a porta ...” - causou perplexidade. Makowski, chefe do Instituto Cívico, referiu que Bergoglio é uma decepção: "Não gosto nada disso e dizer que ele parecia ser uma pessoa cheia de compaixão e compreensão".
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Papa Francisco atacado na Polônia por críticas negativas, irritação com a “linha pró-Putin” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU