25 Abril 2022
Os representantes da Conferência Episcopal da França foram recebidos pelo Papa Francisco nesta quinta-feira, 21 de abril, como é costume após a sua assembleia plenária. O papa trouxe, de modo especial, novos detalhes sobre o Motu Proprio Traditionis Custodes.
A reportagem é publicada por Famille Chrétienne, 21-04-2022. A tradução é do Cepat.
Poucas semanas depois da assembleia plenária da primavera, realizada em Lourdes, o presidente da Conferência dos Bispos da França (CEF), dom Eric de Moulins-Beaufort, foi recebido em Roma pelo Papa Francisco. Uma visita de costume para fazer um balanço sobre temas importantes para a Igreja francesa. O arcebispo de Reims estava acompanhado de outros representantes do episcopado: dom Dominique Blanchet, bispo de Créteil, dom Olivier Leborgne, bispo de Arras e o padre Hugues de Woillemont, secretário geral da CEF.
Juntos, eles se debruçaram especialmente sobre o relatório da Ciase, mas também sobre o espinhoso Motu Proprio Traditionis Custodes. Muitas zonas cinzentas persistiram em torno deste último, após o decreto de aplicação publicado em dezembro pela Congregação para o Culto Divino que interpreta o texto em um sentido muito restritivo, depois um novo decreto do papa isentando a Fraternidade São Pedro das restrições, publicado em 11 de fevereiro.
O papa recordou “com força” que o decreto que isentava os sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pedro (FSSP) das disposições do Motu Proprio era de fato dele. Em fevereiro passado, o pontífice recebeu dois líderes desta fraternidade e explicou-lhes que ela não estava contemplada no seu Motu Proprio de julho de 2021.
“Ele insistiu muito no 2º parágrafo”, indicam os bispos. Este parágrafo explica que os membros da Fraternidade São Pedro têm a faculdade de celebrar a missa e os sacramentos conforme o Missal de 1962 apenas em suas próprias igrejas e oratórios.
Aos bispos franceses, o papa também não falou de uma possível extensão do decreto a outros institutos. Recordando a autoridade do bispo na avaliação das situações, o Papa Francisco também insistiu na necessidade de todos os padres aceitarem concelebrar “pelo menos na Missa do Crisma”. Esta missa, que é celebrada durante a Semana Santa, é sobretudo uma ocasião para os sacerdotes renovarem as suas promessas sacerdotais em torno do bispo local e demonstrarem a unidade da Igreja Católica.
Durante a conversa, o papa e a presidência da CEF não mencionaram a iniciativa da [associação] “A Via Romana”, formada por mães de sacerdotes ligadas ao rito tridentino que atualmente fazem uma caminhada de Paris a Roma. No dia 4 de maio, elas pretendem cumprimentar o Papa Francisco no final da sua catequese na manhã da quarta-feira, entregar-lhe cartas dos fiéis e pedir que retome o seu Motu Proprio.
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Os padres tradicionais devem concelebrar “pelo menos na Missa do Crisma” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU