Lideranças da Igreja endossam tradução da Bíblia “mais inclusiva”

Mais Lidos

  • “O Papa Francisco está isolado. Nas redes sociais a ala tradicionalista da Igreja está muito mais viva”. Entrevista com Enzo Bianchi

    LER MAIS
  • “A Economia, ela está morta, porque ela deveria estar a serviço das pessoas”, afirma cardeal Steiner na inauguração da 1ª Casa de Francisco e Clara na Amazônia

    LER MAIS
  • São Charles de Foucauld. O irmão universal, místico do silêncio no deserto

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

16 Julho 2021

 

A possibilidade de a Igreja Católica irlandesa optar por usar um texto bíblico inclusivo em seu Lecionário parece cada vez mais provável.

A reportagem é de Sarah Mac Donald, publicada em The Tablet, 14-07-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O executivo da Associação de Lideranças Missionárias e Religiosas da Irlanda (AMRI) recomendou que a Conferência Episcopal Irlandesa use a Revised New Jerusalem Bible (RNJB).

A associação, que representa 150 organizações religiosas, sociedades missionárias e grupos apostólicos na Irlanda, com quase 7.000 membros, prestou homenagem à disponibilidade dos bispos de fazer uma ampla consulta sobre o assunto. A The Tablet entende que os bispos irlandeses estão levando em consideração a RNJB.

Em sua submissão à consulta, a AMRI disse: “Como ouvintes da Palavra, permitimos que as Escrituras nos influenciem e nos alimentem. Portanto, é importante que tenhamos um texto linguístico confiável e inclusivo, que seja igualmente atraente, acessível, fácil de usar e memorável”.

O grupo alertou que uma tradução do Lecionário que usa expressões arcaicas e uma linguagem excludente seria uma barreira para todos, mas especialmente para quem não tem o inglês como sua primeira língua.

A AMRI também apresentou uma série de comparações entre a English Standard Version (ESV), cuja edição católica será usada no novo Lecionário na Inglaterra, País de Gales e Escócia, e a RNJB em sua apresentação, para enfatizar as suas preocupações.

Ela criticou a tradução da ESV dos livros deuterocanônicos como “uma redação muito leve da antiga RSV [Revised Standard Version] de muitos anos atrás. Existem um ou dois ajustes por capítulo. Em outras palavras, não se trata de uma tradução nova, mas de uma reimpressão um tanto preguiçosa. O mesmo pode ser dito geralmente sobre a ESV. O inglês, da forma como é falado, avançou”.

David Rose, secretário-geral da AMRI, disse que o executivo e a equipe da AMRI consultaram um estudioso das Escrituras e, assim, chegaram à sua conclusão. “As comparações de amostras aleatórias entre as duas versões na nossa submissão, por exemplo nas Cartas de São Paulo, ilustram a questão de que a Revised New Jerusalem Bible é provavelmente uma tradução mais precisa e definitivamente mais inclusiva no uso da linguagem.”

Ele acrescentou que “a realidade existente está reconhecendo a igualdade das mulheres, e a AMRI como um órgão de liderança eclesial tenta refletir isso na Igreja sempre que possível. Por isso, defendemos o uso de uma linguagem que seja inclusiva em relação às mulheres, e não excludente”.

 

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Lideranças da Igreja endossam tradução da Bíblia “mais inclusiva” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU