14 Junho 2021
O cardeal Reinhard Marx permanecerá no cargo como arcebispo de Munique e Freising, na Alemanha. O Papa Francisco rejeitou, nessa quinta-feira, 10 de junho, com uma carta pessoal ao cardeal publicada em Roma, a renúncia que Marx lhe havia apresentado na sua carta do dia 21 de maio.
O cardeal emitiu uma declaração sobre a carta do Papa Francisco, publicada no sítio da Arquidiocese de Munique e Freising, 10-06-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A carta do Papa Francisco me surpreendeu. Eu não esperava que ele reagiria tão rapidamente e também não esperava a sua decisão de que eu continue o meu serviço como arcebispo de Munique e Freising.
Fico comovido com os detalhes e o tom muito fraterno da sua carta e sinto como ele compreendeu e acolheu as minhas preocupações. Em obediência, aceito a sua decisão, como lhe havia prometido.
Para mim e para o nosso trabalho conjunto na Arquidiocese de Munique e Freising, isso também significa a necessidade de refletir sobre quais novos caminhos podemos tomar – também diante de uma história de múltiplos fracassos – a fim de anunciar e testemunhar o Evangelho.
O bispo não está sozinho nisso, e, nas próximas semanas, refletirei sobre como podemos contribuir juntos ainda mais com a renovação da Igreja aqui na nossa arquidiocese e como um todo, porque o papa retoma muitas das coisas que eu mencionei na minha carta a ele e nos oferece impulsos importantes.
Continua válido aquilo que eu também ressaltei na minha declaração: que eu devo assumir uma responsabilidade pessoal e também tenho uma “responsabilidade institucional”, especialmente em relação às vítimas, cuja perspectiva deve ser ainda mais incluída.
Considero essa decisão do papa um grande desafio. Tanto para mim quanto para a arquidiocese, o caminho não pode ser simplesmente voltar ao trabalho de sempre.
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“Tanto para mim quanto para a arquidiocese, o caminho não pode ser simplesmente voltar ao trabalho de sempre.” A resposta do cardeal Marx a Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU