A embaixada dos Estados Unidos no Vaticano estendeu uma bandeira pelo mês do Orgulho LGBT

Foto: U.S. in Holy See/Twitter

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03 Junho 2021

 

A sede diplomática estadunidense na Santa Sé exibiu o maior símbolo da diversidade em uma de suas paredes. A mensagem do governo de Joe Biden.

A reportagem é publicada por Infobae, 01-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Alguns membros do clero, funcionários e empregados que vivem ou trabalham no Vaticano se surpreenderam esta manhã ao passar diante da Embaixada dos Estados Unidos. Ali estava, estendida de um dos muros exteriores do edifício, a bandeira arco-íris que representa o orgulho LGBTQ+.

A imagem foi além disso compartilhada pela conta oficial do Twitter da sede diplomática estadunidense. Na mensagem, ficou claro que o símbolo permanecerá ali durante todo o mês.

“A Embaixada dos Estados Unidos ante a Santa Sé celebra o Mês do Orgulho com a bandeira do Orgulho exposta durante o mês de junho. Estados Unidos respeita a dignidade e igualdade das pessoas LGBTQI+. Os direitos LGBTQI+ são direitos humanos”, diz o tuíte.

 

Da sua parte, o presidente Joe Biden emitiu nesta terça-feira uma proclamação sobre os direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queer. O mandatário, que se mostrou sempre próximo da causa dos que lutam contra a discriminação sexual, reconheceu em sua mensagem as contribuições da comunidade LGBT à sociedade estadunidense e solidarizou com quem segue sendo vítima de perseguição apenas por ter uma identidade diferente.

“O levante de Stonewall Inn em junho de 1969 desencadeou um movimento de libertação, um chamado à ação que segue nos inspirando para cumprir a promessa da nossa nação de igualdade, liberdade e justiça para todos. O Orgulho é o momento de recordar as provas que sofreu a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queers (LGBTQ+) e de se alegrar dos triunfos dos pioneiros que lutaram valentemente – e seguem lutando – pela plena igualdade”.

“O Orgulho é uma celebração comunitária de visibilidade e uma celebração pessoal de valor próprio e dignidade. Neste Mês do Orgulho, reconhecemos as valiosas contribuições das pessoas LGBTQ+ nos Estados Unidos e reafirmamos nosso compromisso de nos solidarizarmos com os americanos LGBTQ+ em sua luta contínua contra a discriminação e a injustiça”, disse Biden na proclamação.

“Durante o mês do orgulho LGBTQ+”, continua o presidente, “reconhecemos a resiliência e a determinação de muitas pessoas que lutam para viver livre e autenticamente. Ao fazer isso, eles estão abrindo corações e mentes, e lançando as bases para uma América mais justa e igualitária. Neste Mês do Orgulho, afirmamos nossa obrigação de defender a dignidade de todas as pessoas e nos dedicar a proteger os mais vulneráveis entre nós. Agora, portanto, eu, Joseph R. Biden Jr., Presidente dos Estados Unidos da América, em virtude da autoridade a mim investida pela Constituição e pelas leis dos Estados Unidos, proclamo o mês de junho de 2021 como Mês do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual, Transgênero e Queer. Exorto a população dos Estados Unidos a reconhecer as realizações da comunidade LGBTQ+, a celebrar a grande diversidade do povo americano e a agitar bem alto suas bandeiras de orgulho”.

Em outro momento, a presença da bandeira poderia ter sido interpretada como uma provocação, dada a posição histórica do Vaticano perante a comunidade LGBTQ+. No entanto, durante o papado de Francisco, a Santa Sé começou a relaxar sua posição. De fato, o Sumo Pontífice destacou em outubro do ano passado que apoia as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Ele fez isso no documentário Francesco, apresentado no Festival de Cinema de Roma. Embora mais tarde, em março passado, o Vaticano tenha esclarecido que não aprovaria esse tipo de união por enquanto porque Deus “não pode abençoar o pecado”.

Biden é um católico fervoroso e admira profundamente Francisco. De fato, ele tem uma foto com o pontífice em seu escritório na Casa Branca.

 

Nota do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

 

Nos dias 11 e 21 de junho de 2021, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU realiza o evento A Igreja e a união de pessoas do mesmo sexo. O Responsum em debate, que tem como objetivo debater transdisciplinarmente os pressupostos teológicos, antropológicos e morais subjacentes à resposta negativa da Congregação para a Doutrina da Fé à bênção de uniões de pessoas do mesmo sexo e suas implicações pastorais para as comunidades eclesiais.

 

A Igreja e a união de pessoas do mesmo sexo. O Responsum em debate

 

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