30 Março 2021
Giulio Mignani somou-se aos que consideram a proibição das bênçãos a casais homossexuais “um absurdo”.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 29-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
O pároco da pequena cidade de Bonassola, na Ligúria (noroeste da Itália), Giulio Mignani, não quis abençoar as palmeiras e os ramos de oliveira na missa deste domingo como forma de protesto após o recente documento do Vaticano que proíbe a bênção das uniões homossexuais.
O padre, já conhecido por alguns gestos que suscitaram polêmica, explicou no seu sermão o seu protesto perante uma Igreja que, disse, “já benzeu armas, e hoje, como pode proibir a bênção de um casal que se ama apenas porque é homossexual?”, informou a imprensa italiana.
Em 2017, o padre manifestou-se a favor das uniões entre homossexuais, e por isso alguns setores chegaram a pedir a sua destituição do sacerdócio. Neste domingo, segundo a imprensa italiana, padre Giulio explicou que a bênção das palmeiras está “ligada à procissão em memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém” e, por não poder fazer esta procissão devido às regras anti-covid, não fazia sentido abençoar as palmeiras.
E acrescentou que ficou muito feliz com sua decisão de não abençoar as palmeiras e oliveiras porque veio poucos dias depois da publicação do documento da Congregação para a Doutrina da Fé em que era considerado ilegal abençoar uniões homossexuais.
O padre confirmou que, portanto, não abençoar os ramos de oliveira era uma forma de protesto contra o que considerava uma “proibição absurda” e, mais grave ainda, “o fato de o seu amor ainda se chamar pecado”, como está escrito no Documento do Vaticano, aprovado pelo Papa Francisco.
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Um padre italiano negou-se a abençoar os Ramos em protesto pela proibição da bênção às uniões homossexuais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU