Exclusão digital impede pleno desenvolvimento de crianças e jovens

Mais Lidos

  • Papa Francisco em Marselha: no meio de uma crise migratória, uma visita muito política

    LER MAIS
  • Mudança climática tornou tempestade mortal na Líbia 50 vezes mais provável

    LER MAIS
  • Da escola neoliberal à educação democrática. O papel da filosofia na revolução democrática da educação. Artigo de Christian Laval

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

19 Janeiro 2021

Relatório conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da União Internacional de Telecomunicações (ITU), numa coleta de dados em 85 países, mostrou que dois terços das crianças e adolescentes em idade escolar que vivem no planeta – 1,3 bilhão de meninas e meninos de 3 a 17 anos de idade – não têm conexão à internet em suas casas.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

How Many Children and Youth Have Internet Access at Home (Quantas crianças e jovens têm acesso à internet em casa?) constatou que 759 milhões de jovens, entre 15 e 24 anos de idade (63% da população mundial nesta faixa etária) estão nas mesmas condições. “O fato de tantas crianças e tantos jovens não terem internet em casa é mais do que um vão digital, é um cânion digital”, comentou a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore.

A exclusão digital, apontou o relatório, está perpetuando desigualdades que já dividem países e comunidades. Crianças e jovens de famílias mais pobres ficam cada vez mais para trás em relação aos seus pares com esse acesso e contam com poucas oportunidades de alcançá-los. Afinal, essa carência impede tais crianças e jovens de competirem na economia moderna e as isola do mundo.

“A falta de acesso à internet está custando o futuro à próxima geração”, definiu Henrietta. Menos de uma em cada 20 crianças em idade escolar de países de baixa renda tem conexão em casa; já quase nove em cada dez crianças em países de alta renda contam com esse suporte, segundo o relatório.

Por região, a África Central e Ocidental apresenta o quadro mais dramático, uma vez que 95% das crianças e jovens de 3 aos 17 anos não têm acesso à internet em casa. Na América Latina e Caribe esse índice fica em 49%. Levantamento de 2019 indicou que no Brasil 4,8 milhões de pessoas dos 9 aos 17 anos de idade – 17% da população brasileira nesta faixa etária – não dispunham de acesso à internet em casa.

A pesquisa brasileira mostrou que em torno de 6% de escolares sem internet em casa acessavam-na em outro locais, como escolas ou telecentros, isso antes da adoção de medidas de isolamento social. A exclusão era de 25% entre crianças e adolescentes das áreas rurais.

Ainda em 2019, o Unicef e a ITU lançaram o Giga, uma iniciativa global para conectar todas as escolas à internet, com o propósito de garantir que todas as crianças tenham acesso a informações, oportunidades e opções, assim que possam moldar o seu futuro. Atualmente, o programa está sendo desenvolvido em 11 países – El Salvador, Honduras, Cazaquistão, Quênia, Quirguistão, Níger, Organização dos Estados do Caribe Oriental, Ruanda, Serra Leoa, Uzbequistão e Zimbábue – conectando 86 mil escolas e 25,8 milhões de alunos e professores dessas nações. Mais detalhes estão disponíveis aqui.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Exclusão digital impede pleno desenvolvimento de crianças e jovens - Instituto Humanitas Unisinos - IHU